Digestivo nº 316 | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

busca | avançada
111 mil/dia
2,5 milhões/mês
Mais Recentes
>>> Cia Truks comemora 35 anos com Serei Sereia?, peça inédita sobre inclusão e acessibilidade
>>> Lançamento do livro Escorreguei, mas não cai! Aprendi, traz 31 cases de comunicação intergeracional
>>> “A Descoberta de Orfeu” viabiliza roteiro para filme sobre Breno Mello
>>> Exposição Negra Arte Sacra celebra 75 Anos de resistência e cultura no Axé Ilê Obá
>>> Com Patricya Travassos e Eduardo Moscovis, “DUETOS, A Comédia de Peter Quilter” volta ao RJ
* clique para encaminhar
Mais Recentes
>>> A vida, a morte e a burocracia
>>> O nome da Roza
>>> Dinamite Pura, vinil de Bernardo Pellegrini
>>> Do lumpemproletariado ao jet set almofadinha...
>>> A Espada da Justiça, de Kleiton Ferreira
>>> Left Lovers, de Pedro Castilho: poesia-melancolia
>>> Por que não perguntei antes ao CatPt?
>>> Marcelo Mirisola e o açougue virtual do Tinder
>>> A pulsão Oblómov
>>> O Big Brother e a legião de Trumans
Colunistas
Últimos Posts
>>> O MCP da Anthropic
>>> Lygia Maria sobre a liberdade de expressão (2025)
>>> Brasil atualmente é espécie de experimento social
>>> Filha de Elon Musk vem a público (2025)
>>> Pedro Doria sobre a pena da cabelereira
>>> William Waack sobre o recuo do STF
>>> O concerto para dois pianos de Poulenc
>>> Professor HOC sobre o cessar-fogo (2025)
>>> Suicide Blonde (1997)
>>> Love In An Elevator (1997)
Últimos Posts
>>> O Drama
>>> Encontro em Ipanema (e outras histórias)
>>> Jurado número 2, quando a incerteza é a lei
>>> Nosferatu, a sombra que não esconde mais
>>> Teatro: Jacó Timbau no Redemunho da Terra
>>> Teatro: O Pequeno Senhor do Tempo, em Campinas
>>> PoloAC lança campanha da Visibilidade Trans
>>> O Poeta do Cordel: comédia chega a Campinas
>>> Estágios da Solidão estreia em Campinas
>>> Transforme histórias em experiências lucrativas
Blogueiros
Mais Recentes
>>> O Velho e o Grande Cinturão dos Peso-Pesados
>>> George Sand faz 200 anos
>>> Riobaldo
>>> André Mehmari, um perfil
>>> Do outro lado, por Mary del Priore
>>> 13 musas da literatura
>>> Mais Kaizen
>>> Anchieta Rocha
>>> O nome da Roza
>>> Máfia do Dendê
Mais Recentes
>>> Cuidado, Não Olhe Pra Trás! de Stella Carr pela Moderna (2003)
>>> Amor De Perdição de Camilo Castelo Branco pela Scipione (2006)
>>> Fala Serio Professor de Thalita Rebouças pela Fisicalbook (2006)
>>> Os Lusiadas de Rubem Braga e Edson R. Braga pela Scipione (1997)
>>> Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis pela Ciranda Cultural
>>> O Mulato de Aluísio de Azevedo pela Ciranda Cultural (2025)
>>> Senhora de José de Alencar pela Ciranda Cultural
>>> A Lírica Trovadoresca de Segismoundo Spina pela Grifo (1972)
>>> Kundalini de G. S. Arundale pela Pensamento (1987)
>>> Como Estimular A Inteligência Do Seu Filho de Vários Autores pela Reader´s Digest (2007)
>>> Gênese e Estrutura da Antropologia de Kant - A Ordem do Discurso de Foucault pela Folha de São Paulo (2015)
>>> O Zen na arte de conduzir a espada de Reinhard Kammer pela Pensamento (1987)
>>> Sugestões para o estudo do Bhagavad-Gitá de Annie Besant pela Pensamento (1987)
>>> Terceira Margem - Pensando o carnaval na academia de Vários Autores pela Ufrj (2006)
>>> A sabedoria dos Upanixades de Annie Besant pela Pensamento (1987)
>>> De Empreendedor E Louco Todo Mundo Tem Um Pouco de Linda Rottemberg pela Hsm (2015)
>>> A Moreninha de Joaquim Manuel de Macedo pela Paulus (2009)
>>> Reencarnação de Annie Besant pela Pensamento (1991)
>>> Dharma de Annie Besant pela Pensamento
>>> Os mestres de Annie Besant pela Pensamento
>>> Formalismo e Tradição Moderna - o problema da arte na crise da cultura de José Guilherme Merquior pela Edusp (1974)
>>> Do recinto externo ao santuário interno de Annie Besant pela Pensamento (1990)
>>> Dom Quixote de Miguel De Cervantes Saavedra pela Abril (1978)
>>> A Moreninha de Joaquim Manuel de Macedo pela Ciranda Cultural
>>> Saudades do Carnaval - introução à crise da cultura de José Guilherme Merquior pela Forense (1972)
DIGESTIVOS

Sexta-feira, 16/2/2007
Digestivo nº 316
Julio Daio Borges
+ de 3100 Acessos
+ 1 Comentário(s)




Além do Mais >>> O Jardim Abandonado
Tom Jobim morreu em outro tempo (1994): o CD experimentara seu apogeu (1992); o player, o CD-ROM, era caro em computador; ninguém sonhava em “copiar” disco laser em casa; não havia a pirataria ainda; nem a troca de arquivos (o Napster só seria inventado cinco anos depois, em 1999). Nos 80 anos de Tom Jobim (2007), as majors “ameaçam” liberar toda a música na internet, em MP3 (Steve Jobs corrobora...?); desistindo de vez do CD, desistindo até das receitas do iTunes (e agora, Jobs?) – então a homenagem ao compositor da “Garota de Ipanema” chega alternativamente DVD, uma mídia que já sofre com a pirataria mas que, no Brasil, ainda sobrevive. Foi a estratégia da gravadora Biscoito Fino, agora com a caixa de três DVDs, Maestro Soberano, quando a própria família Jobim prefere editar livros, pela Jobim Music, ou então participar de CDs mais low-profile. A mesma BF já colocou no mercado três CDs do (ou sobre o) Maestro, desde a sua fundação, mas, neste momento, prefere o DVD. E, realmente, em termos de programação visual, de embalagem, a caixa Maestro Soberano impressiona: fotos especialíssimas de Tom Jobim, que poderiam perfeitamente compor um álbum para fãs. Musicalmente, contudo, as novidades são poucas – ou nenhuma. Na salada de direitos que devem rondar o autor mundialmente mais executado do Brasil, no século XX, só foi possível reunir shows do Tom com a Banda Nova, aquela do disco Passarim (1987) em diante, embora ele, evidentemente, cante seus sucessos desde a bossa nova. Acontece que a Banda Nova está muito recente, na memória do público: estão todos cansados de vê-la na televisão. Tirando esses shows, de 1985 pra cá, sobra algum material efetivamente valioso – mas, provavelmente, não 100% inédito – na caixa de três DVDs. Melhores momentos: o depoimento de Nelson Motta (nos “extras”), a gravação para a TV Globo com Edu Lobo (“Luiza” e “Vento Bravo”), e o eterno clipe de “Águas de Março”, com Elis Regina (que já está até no YouTube...). Pecado grave: reproduzir imagens do vexaminoso show do réveillon de 1995-1996, na praia de Copacabana – em que a MPB teve abaladas suas estruturas. Como profetizou Dori Caymmi, a sucessão tumultuada parece que não protegeu completamente o legado do Tom. [Comente esta Nota]
>>> Maestro Soberano
 



Internet >>> Relationships Matter
Até há pouco tempo, quando a televisão dava as cartas, acreditava-se que as crianças pulavam da fase dos desenhos animados da Hanna-Barbera, ou do Cartoon Network, direto para a época da MTV e do consumo de música. Hoje na internet, mesmo com a erosão do consumo de mídia(s), surge uma analogia nova nos EUA: se aos 20 anos, o jovem quer fazer amigos, combinar programas e sustentar comunidades virtuais como o Orkut, o MySpace e o Facebook, aos 30, o jovem adulto está a procura de contatos para “alavancar” sua carreira – então surge o LinkedIn. Site ou comunidade para quem quer travar contatos estritamente profissionais, o LinkedIn está experimentando um crescimento significativo na internet dos Estados Unidos. Em pouco mais de 10 anos de Web comercial, será mesmo a reação daquela massa que antes tinha 20 e que agora tem 30? Alguns dos grandes investidores que fizeram o sucesso da internet recente, algo a ver com a Web 2.0, colocaram suas fichas no LinkedIn e projetam 100 milhões de dólares de faturamento anual, logo mais ali. No Brasil, onde o contato físico para fechar um negócio é imprescindível, o LinkedIn está presente, mas não muito – nunca tanto quanto o Orkut, com seus milhões de usuários, suas brigas com o Ministério Público e seus arranjos com a Polícia Federal. No LinkedIn, você se cadastra, procura alguém que deseja contatar; e o site traça, para você, a “seqüência” de contatos para chegar até aquela pessoa. Você explica brevemente por que quer contatá-la, sua mensagem vai sendo encaminhada, contato a contato, até a aprovação final e o contato direto com quem você procurava. Numa sociedade em que as pessoas são sempre as mesmas – a sociedade brasileira –, talvez ninguém precise de mais do que alguns telefonemas (ou e-mails) para chegar aonde quer. O Orkut, assim, se explicaria como um vagar sem direção, de perfil em perfil, em busca da balada perfeita. Será? Convém, no entanto, prestar atenção no LinkedIn – e comprar suas ações quando elas saírem na bolsa. [Comente esta Nota]
>>> LinkedIn
 



Música >>> La Catedral
Alguém poderia fazer um levantamento acerca da revalorização do violão brasileiro nos últimos tempos. Se na década de 90, Guinga aparecia sozinho no horizonte — mais por causa do heroísmo da gravadora Velas —, nos anos 2000, Yamandú despontou, Leandro Carvalho com mais consistência (agora é maestro e diretor de orquestra no Mato Grosso), até Paulinho Nogueira foi redescoberto (pela Trama!), e até Baden Powell foi relançado (em caixa e em performance inédita). Isso tudo mais ou menos desemboca em João Rabello, que tem o universo "conspirando" a seu favor para ser o grande violonista da segunda metade da década de 2000. A começar pela linhagem, duplamente nobre. De um lado, o fato de ser sobrinho do lendário Raphael Rabello, o maior virtuose do instrumento até a data de sua morte, em 1995. E de outro, de outro ramo, o simples fato de ser filho de Paulinho da Viola e, por conseqüência, neto de Cesar Faria, do igualmente lendário conjunto Época de Ouro. Com duas (ou mais) referências tão fortes, o leitor deve estar se perguntando por qual delas João Rabello optou, neste seu primeiro CD, o irrepreensível Roendo as Unhas (VR6, 2006). O sobrenome já indica, o jogo de luz e sombra, as calças e camisas, até a cabeça baixa, o olhar concentrado, e as poses... É ouvir para confirmar: João, embora toque (com) Paulinho da Viola, quis seguir seu tio, Raphael Rabello — até onde isso nos é permitido afirmar. São dez faixas instrumentalmente poderosas em Roendo as Unhas, e os compositores — praticamente não há nada de MPB cantada — marcam inequivocamente uma opção: Radamés Gnattali, Agustin Barrios e Garoto. ("Leme" e "Rubro" são de João Rabello, o próprio.) Incrível constatar como o animado rapazola de Meu Tempo é Hoje, imerso em cultura popular, se transformou nesse herdeiro sólido do violão clássico brasileiro. Villa-Lobos, mais que os 80 anos de seu seguidor, comemoraria hoje o renascimento do violão no Brasil. [Comente esta Nota]
>>> João Rabello
 

 
Julio Daio Borges
Editor
* esta seção é livre, não refletindo necessariamente a opinião do site

ENVIAR POR E-MAIL
E-mail:
Observações:
COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
16/2/2007
12h29min
Viva Tom! Viva Jobim!!! Tudo que vem do Tom é pura afinação. Suas músicas, suas poesias, seus arranjos e até o seu charuto exalava canção.
[Leia outros Comentários de Clovis Ribeiro]

Digestivo Cultural
Histórico
Quem faz

Conteúdo
Quer publicar no site?
Quer sugerir uma pauta?

Comercial
Quer anunciar no site?
Quer vender pelo site?

Newsletter | Disparo
* Twitter e Facebook
LIVROS




História Contemporânea da América Latina 1960-1990
Cesar Barcellos Guazzelli
Da Universidade / UFRGS
(1993)



O Fio de Dédalo
Ivan Junqueira
Record
(1998)



Gramática na Escola - Coleção Repensando Língua Portuguesa
Maria Helena de Moura Neves
Contexto
(1994)



Os Dados Estão Lançados
Jean-paul Sartre
Presença
(1983)



Psicopedagogia - um Portal para a Inserção Social
Beatriz Scoz-eloísa Quadros Fagali-walter Trinca
Vozes
(2004)



Divina Comédia - Literatura
Dante Alighieri
Martin Claret
(2006)



Jk e a Ditadura
Carlos Heitor Cony
Objetiva
(2012)



A Viagem Vertical
Enrique Vila Matas
Cosac & Naify
(2004)



Vamos Estudar Assim.. Como Estudar sem Traumas
Prof Kazuhito Yamamoto
Leitura
(2003)



A Fome do Lobo - Livros da Ilha
Cláudia Maria de Vasconcellos e Outro
Iluminuras





busca | avançada
111 mil/dia
2,5 milhões/mês