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Quarta-feira,
11/4/2007
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Julio
Daio Borges
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Digestivo nº 324 >>>
Em 2006, a cruzada de Luis Eduardo Matta pela “literatura de entretenimento” no Brasil, ou “LPB” (Literatura Popular Brasileira) para os íntimos, completou três anos desde a publicação de seu manifesto em prol do “thriller verde-amarelo”. No ano passado, também, Luis Eduardo estreou como autor da editora espanhola Planeta, com 120 Horas (graças ao olho clínico de um editor de lá, que leu atentamente os elogios de Paulo Polzonoff Jr. no JB). E agora em 2007 – além de inconscientemente ter previsto a crise no Irã, em seu Ira Implacável (Razão Cultural, 2002) – LEM, sempre para os íntimos, estréia como autor infanto-juvenil pela editora Ática, com Morte no Colégio. Além das ótimas ilustrações da dupla Fábio Moon e Gabriel Bá, o volume expande os domínios de Luis Eduardo no gênero suspense e reinaugura a tão cultuada Coleção Vaga-Lume. Morte no Colégio – fora o fato de ser um page-turner para crianças, jovens e até adultos – atualmente se coloca como a ponta-de-lança da nova Vaga-Lume, que foi a sensação de alunos do ensino médio na década de 80, quando catapultou autores como Marcos Rey, Lucia Machado de Almeida e Luiz Puntel. A ponto de quase todo escritor estreante hoje ser praticamente empurrado para esse público, quando, como aponta o próprio Luis Eduardo Matta, nem sempre é o caso. Para um romancista que está consolidando sua carreira, como LEM, o infanto-juvenil oferece a possibilidade de adoção em escolas (e até compras governamentais, no universo dos paradidáticos) – o que representa normalmente altas tiragens e rendimentos razoáveis. Luis Eduardo, que é um ótimo palestrante, já se prepara para sair em turnê com Morte no Colégio, Ivan, Sofia e Tio Fausto (seus personagens). Aspirantes a escritor, em vez de ficar choramingando pelos cantos (e empurrando seus originais a torto e a direito), deveriam seguir os passos do idealizador da LPB, que virou a própria mesa em pouco mais de três anos.
>>> Morte no Colégio
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Julio Daio Borges
Editor
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