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Terça-feira,
27/8/2002
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Redação
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Blogs are for losers
Para quem não agüenta mais a nova moda, ou mesmo para quem está pensando em começar:
"blogs are for losers. i've decided that i can think of nothing worth writing, and if i could, it would deserve a more noble place of record than the internet. i do not wish to add to the stink of this toilet." [people are stupid]
"there is no drama. no blogger rivalry turned ugly, no broken heart, no creepy stalker guy with fifty-seven AOL screen names. I just really got to hate my website... when I come up with something I don't hate, you'll be the first to know." [Sapphire Blue]
"I'm retiring the ol' blog. Why? Well, frankly, it bores me. One can only make fun of so many different things before running out. If you wish to keep up with my comings and goings, though, subscribe to the notify list. You'll get an occasional email telling you who I've pissed off and what I'm working at." [wunderblog]
"No words are used to describe the death of this weblog, which is a shame because it was obsessively devoted to fonts. Only the title, 'Closed,' leaves any indication that this weblog has become fucked." [Lines and Splines]
"I'm done. I've gone as far as I can go with this. CausticSense was an experiment. It became a blog about nothing. It was like Seinfeld only without the millions of dollars. To those who helped along the way, thank you. Thank you sincerely and from the bottom of my heart. See ya. I'll be watching, I'll be reading, but I'm all done playing house." [CausticSense]
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Julio Daio Borges
27/8/2002 às 15h10
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We will lose the Internet
"Cyberspace is 'debasing itself in front of our eyes,' said Bruce Sterling, a science fiction author. Mr. Sterling, who sees the Internet becoming a pit of spam and swindles, pornography, corporate advertising and government surveillance, warns, 'We will lose the Internet if we don't save it.'
"'Every industry has its charlatans, and e-commerce is getting its share,' said Safa Rashtchy, an analyst with U.S. Bancorp Piper Jaffray. 'I don't see evidence that it is more than you would expect, especially in a new industry.'
"'I don't see people getting rich,' said Maria, who spoke on the condition that her full name not be used. 'I see people getting burned' by their own inexperience and crushed by so-called chargebacks - cancellations of credit card charges by consumers."
(Segue o debate entre apocalípticos e integrados, agora sobre a internet)
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Julio Daio Borges
27/8/2002 às 14h03
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Repercussões Ainda
"Uma boa idéia teve o Digestivo Cultural: assim que é aberta a primeira página, pipoca na tela uma janelinha com os títulos dos posts do blog do site, com destaque para os mais recentes. Assim, o Digestivo agiliza tudo para o leitor, que só visita o blog se realmente houver novidades lá, ganhando tempo." [Tá na Tela]
"Gatos, como sempre. Rodrigo Gurgel leu um post antigo aqui no blog e acabou escrevendo sobre gatos & livros para o Digestivo Cultural." [InternETC.]
"No Digestivo Cultural, um artigo do Rodrigo Gurgel faz referência ao Library Cats Map, um projeto que tenta catalogar gatos que vivem em bibliotecas pelo mundo afora. Com propriedade, Rodrigo menciona que 'dezenas de gatos, espalhados pelos países mais diferentes, demonstraram - como sempre! - sabedoria e escolheram viver no melhor dos ambientes: em meio aos livros'. Não é difícil constatar." [Repórter Mosca]
"Rodrigo Gurgel em sua coluna trata de um link que está aqui embaixo: o dos gatos de livrarias. Uma coisa ele fala com muita propriedade: gatos de fato combinam com livros. Sei de gente que só tem gato porque gosta muito de livro e tinha a ver. Ok, ok, eu provavelmente conheço de toda a qualidade de idiota existente. Mas que combinam, combinam. Gurgel cita vários poemas e frases sobre gatos e as melhores eu repito aqui: 'Se fosse possível cruzar o homem com o gato, melhoraria o homem, mas pioraria o gato.' e 'Prefiro os gatos aos cães, porque não há gatos policiais.' Meu pequeno The Literary Cat provavelmente seria incapaz de pérolas tão maravilhosas, apesar de genialidades do tipo 'the only mystery about the cat is why it ever decided to become a domestic animal'." [clindenblog]
"Este site [Observatório da Imprensa] é absolutamente fundamental para quem faz faculdade de jornalismo, como eu. E este [Digestivo Cultural] então... apesar de eu achar as ideologias controversas..." [Happy Jack]
"Já aconteceu comigo (e creio que com todo mundo): chegar em casa, à noite, jogar-se na frente Dela [da TV] e dali não conseguir arredar o pé. Porque Ela te enfeitiça, te inebria... Nos momentos de maior depressão da vida da gente, quando nos parece inviável fazer qualquer outra coisa, quando não vemos muitas escolhas, quando até uma caixa inteira de chocolates não é uma idéia muito satisfatória... Ou é dormir (se se conseguir) ou é Ela (daí, sim, com uma caixa de chocolates). Quantas vezes já rejeitei um bom livro por Ela. E depois ficava com a consciência dorida mas, na hora, ler realmente não era uma boa alternativa. Ela, por outro lado... Se, antes, 'a religião era o ópio do povo', agora é Ela (talvez as duas). Agora entendo o que acontece." [O 'pet' do Karloff]
"Digestivo Cultural: 'Eles são o Samba', '(Re)masterizados e (Re)mixados', 'Ecos Musicais', 'Naquela hora impossível'." [Brasilian Music Treasure Hunt]
"Digestivo em ritmo acelerado em seu blog, agora com um assunto polêmico: Blogs são para perdedores." [A Blogueira dos ***enta***]
(Leia Mais Repercussões.)
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Julio Daio Borges
27/8/2002 às 13h47
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Erro imperdoável
Daniel Piza citou ontem, em sua coluna Sinopse, o site Arts & Letters Daily, que eu já recomendei aqui (e que foi provavelmente uma dica menos aproveitada do que deveria, porque ofuscada por uma discussão sobre um programa de televisão medíocre). E reforço a recomendação, porque, que eu saiba, nenhum outro site reúne textos tão variados e tão interessantes.
A palavra, aliás, é esta mesmo: reúne. O faz com que seja impossível que Daniel Piza tenha lido o ensaio de Joseph Epstein sobre Harold Bloom, como ele escreveu, "no Arts & Letters" - ele leu, isso sim, na Hudson Review, onde o texto foi originalmente publicado.
Foi um erro pequeno, eu sei. Mas foi um erro. E, citando o próprio jornalista, em seu aforismo sem juízo da mesma coluna: "Um erro, cometido com a melhor das intenções, continua a ser um erro". Sejamos compreensíveis, Daniel. Acontece - e a sua intenção foi mesmo muito boa. Só o que não pode acontecer, mais uma vez, é você deixar esta dica escapar, leitor: www.aldaily.com.
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Eduardo Carvalho
26/8/2002 às 20h10
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Jornalismo Cultural
Daniel Piza deu a dica na sua coluna de ontem. No site dele, os melhores momentos da recente mesa redonda sobre jornalismo cultural, envolvendo também Marcelo Coelho e Matinas Suzuki Jr.:
"O colunista da Ilustrada Marcelo Coelho começou criticando a 'subserviência' dos cadernos culturais à lógica do mercado, que os deixa presos demais à agenda dos eventos e das efemérides. Capas e páginas inteiras são dedicadas ao filme que promete ter a maior bilheteria, por exemplo, enquanto o papel do crítico é 'acuado' num texto curto e pouco visível. Também reclamou da falta de um olhar mais analítico e menos impressionista, que vá além do gosto/não gosto, que seja mais 'pedagógico' com o leitor. Lamentou a ausência de ensaístas ao estilo de Otto Maria Carpeaux nos jornais atuais.
"Daniel Piza disse que o grande mal do jornalismo cultural brasileiro são exatamente as polarizações entre mercado e conteúdo, jornalistas e acadêmicos, entretenimento e erudição. Os suplementos dominicais ou literários são escritos de forma fria e pouco acessível, enquanto os cadernos diários de 'variedades' são superficiais, feitos à base de press-releases. Esse hiato é nocivo porque as questões deixam de ser abordadas com originalidade e consistência, como se viu na recente polêmica sobre o ingresso de Paulo Coelho na ABL, que teve de um lado os que o justificam por seu sucesso de vendas e do outros os que o desprezam por esse mesmo sucesso.
"Matinas Suzuki Jr, presidente do Ig, disse que o jornalismo brasileiro pelo menos deveria desfrutar a vantagem de ser mais livre, mais ousado que os grandes jornais dos países ricos, e citou nomes como os de José Lino Grünewald e Sérgio Augusto para mostrar como é possível um jornalista conseguir atingir bom público com visões sofisticadas. Mas se queixou de que os recém-graduados que têm chegado às redações não estão preparados para desempenhar essa função seletiva, pois têm pouca cultura e compreensão. 'E como os brasileiros lêem pouco, os jornais têm pouca penetração e assim não podem pagar bons salários, gerando um ciclo vicioso.'"
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Julio Daio Borges
26/8/2002 às 16h29
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Eliminando o fútil
As páginas reservadas para os artigos de Sérgio Augusto e Ruy Castro no Caderno 2 de Sábado, no Estadão, passaram, há alguns meses, de regularidade semanal para quinzenal. É muito triste constatar esta tendência: os poucos grandes nomes do jornalismo cultural brasileiro estão perdendo espaço na grande imprensa. Pelos bastidores, ouve-se, para este caso específico, uma explicação a considerar: o aumento do preço do papel.
Por acaso - ou como estratégia - , o caderno Cultura de Domingo, do mesmo jornal, ampliou recentemente o espaço da coluna social de César Giobbi, de uma para duas páginas. Nada representa melhor o verdadeiro interesse do paulistano normal: ver a foto do amigo, com pose de inteligente, deslumbrado em uma exposição de quadros feios - pintados por seu próprio amigo, é claro.
Os editores do Estadão sabem como vender jornal - e como cortar gastos supérfluos também.
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Eduardo Carvalho
25/8/2002 às 17h41
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Mundo Perfeito
Depois de topar com banners do Mundo Perfeito em vários sites, fui finalmente visitá-los em seu escritório virtual.
Como ilustração para este Post, escolhi uma imagem um pouco forte (eu, se fosse o autor, eliminaria o palavrão) - mas não deixa de ser a mais pura expressão da verdade. Lá vai:
(Se você não gostou, inaugure o espaço - logo abaixo - especialmente reservado para os seus Comentários.)
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Julio Daio Borges
25/8/2002 às 17h35
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Sensatez
No artigo de Bem Moser sobre a recém-lançada antologia de textos de V. S. Naipaul, The Writer and the World, publicado originalmente na Newsweek e republicado ontem no Caderno 2 do Estadão, há um parágrafo impecável:
“Esta coletânea implacavelmente investigativa destaca o princípio filosófico central de Naipaul: todas as coisas devem ser julgadas. Uma cultura sem um discurso crítico nunca pode avançar, nunca pode tornar-se uma civilização. Coisas analisadas friamente e consideradas falhas e defeituosas devem ser descartadas. Coisas verdadeiras e úteis podem ser mantidas e ampliadas.”
Nada mais sensato – e nada mais discutível, onde a barbárie domina.
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Eduardo Carvalho
25/8/2002 às 16h51
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Nota 10
Por e-mail, agorinha há pouco:
"O site Digestivo Cultural foi selecionado pela equipe da CGi Clube com a certificaçao de site nota 10. (Segue em anexo o selo de qualidade da equipe CGi Clube.) Lembramos que o site atendeu as premissas básicas de qualidade propostas por nossa equipe e que já consta um link com a descrição do seu site na seçao site nota 10, categoria cultura.
"Parabens pelo site,
"Equipe CGi Clube"
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Julio Daio Borges
24/8/2002 às 15h17
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Wittgenstein no Front
"É certamente a consciência da morte, e, portanto, a consideração do sofrimento e a miséria da vida, que confere o mais forte impulso para a reflexão filosófica e as explicações metafísicas do mundo."
(Schopenhauer, O mundo como vontade e representação)
Graças ao estrondoso sucesso da primeira edição, e atendendo a inúmeros pedidos, publicamos aqui mais alguns excertos de Wittgenstein - o dever do gênio:
Na frente russa, preparando-se para morrer
"Deus me ilumine. Deus me ilumine. Deus ilumine minha alma." [Diário, 29/3/1916]
"Faça o melhor que puder. Você não pode fazer mais que isso; e mantenha a serenidade. Ajude a si mesmo e ajude os outros com toda a sua força. E ao mesmo tempo mantenha a serenidade! Mas de quanta força se precisa para si de quanta para os outros? É difícil viver corretamente!!! Mas é bom viver corretamente. Contudo, não a minha, mas a Vossa vontade seja feita." [Diário, 30/3/1916]
"Atiraram contra mim. Pensei em Deus. Seja feita a Vossa vontade. Deus esteja comigo." [Diário, 29/4/1916]
Ronda noturna no posto de observação
"Somente então a guerra começará de fato para mim. E - talvez - também até a vida. Talvez a proximidade da morte me traga a luz da vida. Que Deus me ilumine. Eu sou um verme, mas através de Deus torno-me um homem. Deus esteja comigo. Amém." [Diário, 4/5/1916]
"Agora, durante o dia, tudo está quieto, mas à noite deve ser aterrador. Conseguirei suportar?? Hoje à noite saberei. Deus esteja comigo!!" [Diário, 5/5/1916]
Posição perigosa e solitária
"De tempos em tempos eu ficava com medo. Este é o equivoco de uma falsa visão da vida. Só a morte confere à vida seu significado." [Diário]
"A tropa toda, com poucas exceções, me odeia por eu ser um voluntário. De modo que estou quase sempre rodeado por pessoas que me odeiam. E esta é uma coisa que eu ainda não consigo suportar. As pessoas aqui são perversas e insensíveis. É quase impossível encontrar nelas um resquício de humanidade." [Diário]
"As pessoas à minha volta não são tão mesquinhas quanto aterradoramente limitadas. Isso torna quase impossível trabalhar com elas, pois sempre entendem tudo errado. Não são obtusas, mas limitadas. Em seu próprio círculo, são espertas o bastante. Mas falta-lhes caráter e, portanto, profundidade." [Diário]
Concepção moderna de mundo (um prenúncio do Tractatus)
"Toda a moderna visão do mundo está fundada na ilusão de que as chamadas leis naturais sejam as explicações dos fenômenos naturais.
"Assim, detêm-se diante das leis naturais como diante de algo intocável, como os antigos diante de Deus e do Destino.
"E uns e outros estão certos e estão errados. Os antigos, porém, são mais claros, na medida em que reconhecem um termo final claro, enquanto, no caso do novo sistema, é preciso aparentar que está tudo explicado." [Diário]
O que sei sobre Deus e a finalidade da vida?
"Sei que este mundo existe.
"Que estou nele como meu olho em seu campo visual.
"Que algo acerca dele é problemático, o que chamamos seu significado.
"Que esse significado não está no mundo, mas fora dele.
"Que a vida é o mundo.
"Que minha vontade é boa ou má.
"Portanto, que bem e mal estão de alguma forma ligados ao significado do mundo.
"O significado da vida, isto é, o significado do mundo, nós chamamos Deus.
"E associamos a isso a comparação de Deus a um pai.
"Orar é pensar sobre o significado da vida.
"Não posso moldar os eventos do mundo à minha vontade: sou completamente impotente.
"Só posso tornar-me independente do mundo - e assim em certo sentido dominá-lo - renunciando a qualquer influência sobre os eventos." [Diário]
Da lógica para a essência do mundo
"Esforços colossais no mês passado. Pensei muito sobre todos os assuntos possíveis. Mas curiosamente não consigo estabelecer a ligação com meus raciocínios matemáticos." [Diário, 7/7/1916]
"A solução para o problema da vida está no desaparecimento deste. Não é por isso que os homens aos quais o significado da vida se tornou claro após prolongadas dúvidas não sabem dizer no que consiste esse significado?" [Diário]
Nos montes Cárpatos, perseguido pelos russos
"Um frio gélido, chuva e neblina. Uma vida cheia de tormentos. Terrivelmente difícil não se perder. Pois sou um homem fraco. Mas o espírito há de me ajudar. O melhor seria se eu já estivesse doente, pelo menos então teria um pouco de paz." [Diário, 26/7/1916]
"Ontem atiraram em mim. Fiquei aterrorizado! Fiquei com medo da morte. Agora estou com um enorme desejo de viver. E é difícil abrir mão da vida quando se gosta tanto dela. É precisamente isso que é o 'pecado', a vida irracional, uma falsa concepção da vida. De tempos em tempos, eu me torno um animal. Só consigo então pensar em comer, beber e dormir. Terrível! E agora sofro como um animal também, sem a possibilidade de salvação interior. Fico então à mercê de meus apetites e aversões. Uma vida autêntica torna-se impensável." [Diário]
"Você sabe o que tem de fazer para viver feliz. Porque não o faz? Porque você é irracional. Uma vida ruim é uma vida irracional." [Diário, 12/8/1916]
Condição espiritual
"É verdade que há uma diferença entre o que sou agora e o que era quando nos conhecemos. E, pelo que sei, a diferença é que agora sou ligeiramente mais decente. Quero dizer com isso apenas que está um pouco mais claro para mim a minha falta de decência. Quando você me diz que não tenho fé, está perfeitamente correto, só que eu não a tinha antes também. É claro que quando um homem quer inventar uma máquina para tornar-se decente, por assim dizer, tal homem não possui fé. Mas o que posso fazer? Uma coisa me é clara: sou iníquo demais para poder teorizar sobre mim mesmo; na realidade, ou continuarei sendo um canalha ou então vou melhorar, e isso é isso! Apenas deixemos de lado a parlapatice transcendental quando a coisa toda é tão evidente quanto um soco na cara." [Carta a Paul Engelmann, janeiro de 1918]
Tractatus logico-philosophicus
"A verdade dos pensamentos aqui comunicados parece-me intocável e definitiva. Acredito ter encontrado, no essencial, a solução para os problemas da filosofia. Se não me engano quanto a isso, o valor deste trabalho consiste, em segundo lugar, em mostrar como importa pouco resolver esses problemas." [Prefácio]
"Ainda nenhuma resposta da editora! E sinto uma insuportável aversão a escrever pedindo notícias. Sabe lá que diabos estão fazendo com o meu manuscrito. Por favor, tenha a extrema bondade de procurar o maldito canalha algum dia quando for a Viena, e me informe quais foram os resultados!" [Carta a Paul Engelmann, 22/8/1918]
"Acredito ter afinal resolvido nossos problemas. Embora possa soar arrogante, não deixo de acreditar nisso. Concluí o livro em agosto de 1918 e dois meses depois fui feito Prigioniere. Tenho o manuscrito aqui comigo. Gostaria de poder copiá-lo para você, mas é bastante longo e não haveria maneira segura de enviá-lo. Na realidade, você não o compreenderá sem uma explicação prévia, uma vez que está escrito na forma de observações bastante curtas. (O que, é claro, significa que ninguém o compreenderá, embora eu acredite que esteja claro como cristal. Mas desconcerta toda a nossa teoria de verdade, de classes, de números e todo o resto.) Irei publicá-lo assim que voltar para casa." [Carta a Bertrand Russell, janeiro de 1919]
"Em resumo, temo agora que talvez seja muito difícil chegar a um entendimento com você. E a pequena esperança que eu ainda guardava de que o meu manuscrito pudesse lhe significar algo esvaiu-se por completo. [...] Agora mais do que nunca estou ansioso para ver o livro impresso. É exasperante ter de ficar carregando a obra completa em cativeiro e ver que a insensatez tem rédeas soltas do lado de fora! E é igualmente exasperante pensar que ninguém a compreenderá mesmo que chegue a ser publicada." [Carta a Bertrand Russell]
Ao que Bertrand Russel respondeu: "Não desanime. Você acabará sendo compreendido no final."
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Postado por
Julio Daio Borges
24/8/2002 às 14h43
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