(Agora, vamos às minhas críticas...) Não entendi o Google e o Yahoo! quase no final da lista. Não entendi a ausência da AOL, que está mal das pernas, foi responsável pela compra desastrada da Time Warner (e pela entrada desastrada no Brasil), mas que teve sua importância na era pré-internet. Netscape não é um site (hoje, na verdade, até é), mas foi vital (a primeira IPO). Tudo bem não incluir MSN (Microsoft sempre gera antipatia), mas cadê o Hotmail (primeiro caso de marketing viral)? OK, Blogger (embora não tenha inventado o blog) e YouTube, mas faltou o Flickr (que fez a mesma coisa pelas imagens "estáticas"...). OK, Slashdot, mas não sei se é mais importante, hoje, do que o Digg (e o del.icio.us!) e principalmente, como fenômeno de "jornalismo cidadão", do que o OhMyNews... OK, Salon, mas faltou o Newswine (e a Slate Magazine, você também não incluiria?). Falaram do Ewan Williams, e do Blogger, mas não falaram do Odeo (e dos podcasts...!).
Que mais? Craigslist é hors concours, matando os classificados dos jornais... E Amazon, um dos maiores símbolos da sobrevivência da internet pós-Bolha. (Que tal, também, a extinta CDNow, na área de CDs?) Não entendi o Friends Reunited (nunca tinha ouvido falar...); eu trocaria pelo Facebook (muito mais importante). Por que o Drudge Report e por que não outros blogueiros tão influentes quanto (John Battelle, primeiro autor de livro-blog; e Chris Anderson, pai de The Long Tail, uma teoria que está destruindo outras...)? Sei que não é site, mas eu incluiria a Wired (talvez, então, o Wired News; das primeiras agências de notícia 100% Web) - ainda a Bíblia... E o Seth Godin. (Easyjet? Melhor Google Maps, apesar do Google já estar lá...) Do velho mainstream: o próprio Guardian? BBC?
Na seleção do Brasil, pela própria Carta Capital, faltou quase tudo... Acho que todos os portais, mesmo com todos os defeitos, foram importantes. A começar pela Agência Estado (leia da sua importância, pioneira, aqui). Cadê o Zip.Net (um negócio da China, quando conteúdo ainda valia ouro...)? OK, UOL (hoje da Folha), mas o BOL (da Abril) também foi importante. Cadê, OK, embora seja apenas o Yahoo brasileiro... iG, pelo Último Segundo? E - é inevitável o trocadilho - cadê o Buscapé, um dos maiores sucessos dos últimos tempos (desde 1998, um portal praticamente)? Submarino, eu respeito, mas e a Booknet, do Jack London, que antecedeu a ela? Mandic (alguém ainda se lembra dela/dele)? Zap, que deu origem ao Terra... HpG até, o Geocities brasileiro (aliás, cadê o Geocities na lista dos gringos, o Orkut-a-manivela?). Blogueiros brasileiros... algum? No (Mínimo) mais Digestivo (eu assumo - se formos pensar em equivalentes para Salon e Slate, não respectivamente...). Americanas.com, pioneira na classe C (agora tem até Marabraz e Casas Bahia, lógico, na jogada). Orkut, claro, para nós um marco. Globo.com, pelos vídeos(?) e pelo Blogger.com.br(?). E BlueBus, para fechar. Cliquemusic, no auge? Play?
Vou hoje lá, pessoalmente, puxar a orelha do Mino Carta...
A matéria traz muita coisa interessante e alguns sites de que, realmente, nunca tinha nem ouvido falar. Os "reis" americanos são bem diferentes dos "reis" brasileiros, com algumas excessões. Taí uma coisa que eu queria saber (Quem são os 15 reis do clique aqui no Brasil?) Viva a Internet! E como diria um navegador português: "Navegar é preciso, viver não é preciso!".