COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
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26/10/2006 | | |
12h26min | |
| Recomendo vivamente a leitura de "Meu Nome É Vermelho", esplêndido retrato da sociedade turca no século XVI, à época à sombra do império turco-otomano, e dos círculos artísticos de então, combinando múltiplos narradores (entre os quais, um cachorro e uma árvore rabiscada num papel) e discutindo a disjuntiva (se é que a há) Oriente x Ocidente, com tintas de romance policial e de especulação filosófica. Como diria Paulo Francis, não é para todo mundo, para o azar de todo mundo. Quanto a Pahmuk, já o conhecia desde o ano passado, quando a escolha para o Nobel de Literatura, comentava-se à boca pequena, teria praticamente rachado o júri entre ele e Harold Pinter, o laureado; em fins de 2005, além disso, Salman Rushdie assinou um artigo no britânico The Times contra as arbitrariedades cometidas pela Justiça turca contra Pamuk, o que lhe (ao Nobel) garantiu maior celebridade na Europa. Torçamos para que, um dia, ao som das fanfarras, o prêmio seja concedido a Philip Roth.
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