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Sexta-feira,
27/10/2006
Profissionais do Texto
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Ontem teve início o I Seminário de Profissionais do Texto na PUC Minas. O evento é uma parceria (bem-sucedida) entre a graduação em Letras (nos campi Coração Eucarístico e São Gabriel) e a especialização em Revisão de Textos (Instituto de Educação Continuada da PUC). A idéia era trazer à baila a discussão sobre o que é preciso ler e fazer para se formar um profissional de edição e revisão. A noite de ontem começou com uma apresentação do grupo teatral Filhos da PUC. Por cerca de meia-hora a platéia viajou pelo sertão mineiro nas palavras de Guimarães Rosa. Logo em seguida, uma mesa-redonda diferente discutiu a profissão daqueles que trabalham no mercado editorial. Com mediação da profa. Malu Matêncio (coordenadora do curso de Letras da PUC), a profa. Sônia Queiroz (UFMG) e o prof. Plínio Martins Filho (USP) deram simpaticíssimos depoimentos de quem vive e ama os livros e a produção editorial. O assunto é, certamente, um sopro de novidade para os alunos mineiros de Letras, que vivem às voltas com a mais alta abstração lingüística ou com as possibilidades pedagógicas da profissão. O auditório lotado (cerca de 700 alunos) assoviou e quase teve orgasmos múltiplos quando o prof. Plínio criticou as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), com as quais todo estudante passa maus bocados.
O fechamento da noite foi com um fragmento unplugged do espetáculo Um ano entre os humanos, do poeta Ricardo Aleixo, também aplaudido de pé, principalmente porque selecionou, entre os poemas de seu repertório, aqueles que abordavam o mercado editorial e a profissionalização do poeta/escritor. Ironia fina em se tratando de um show que ocorreu logo após uma mesa-redonda de editores.
Hoje a noite é de oficinas e minicursos. Os mais lotados, claro, são aqueles que levam a palavra revisão no nome. Parece que estamos na crista da onda. O curso de especialização do IEC provavelmente terá a opção de oferecer duas turmas paralelas em 2007.
No sábado, haverá o fechamento do evento, com oficinas e uma mesa-redonda de lingüistas. Talvez para soltar os pés dos alunos do chão. Os poetas Wilmar Silva e Luiz Edmundo Alves farão as honras poéticas do fecho. O mais lamentável de tudo foi constatado pelo prof. Plínio, numa conversa de corredor, "estou estranhando um evento que fala sobre livros e não tem nenhum livro exposto para vender", e completa, sorrindo marotamente, "isso já me dá vontade de voltar para casa". É, professor, depois te conto os bastidores dessa discussão sobre estandes de livros.
Postado por Ana Elisa Ribeiro
Em
27/10/2006 às 12h31
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