O segundo dia de Seminário de Profissionais do Texto da PUC Minas/IEC foi de minicursos. Vários professores, de diversas instituições, ofereceram cursos que versavam sobre escrita e texto. Nem todos vinham com a discussão rente ao tema do debate, alguns fizeram questão mesmo de manter a lengalenga lingüístico-literária padrão dos cursos de Letras, mas uma tímida mistura com outros profissionais e o incômodo das discussões sobre a formação de bacharéis (chamada de "precária" no dia anterior por um dos palestrantes) ajudaram a arejar a noite.
No sábado pela manhã, os lingüistas Manoel Luiz Gonçalvez Corrêa (USP) e Luiz Carlos Travaglia (UFU) participaram de uma mesa-redonda em que discutiam texto, enunciação, "erro", etc. e tal. O bolero de uma nota só dos cursos de Letras. O burburinho dos alunos inquietos acelerou a fala dos palestrantes e deu lugar à voz dos poetas Wilmar Silva e Luiz Edmundo Alves, que declamaram poemas de Mario Quintana, Hilda Hilst, Rimbaud e outros. A apresentação, intitulada Ais, arrepia em alguns trechos. Falta talvez uma direção mais harmoniosa dos poetas, que se apresentam opostos, não por querer. Como comentou uma professora na platéia: "um travado e o outro solto demais", referindo-se aos apupos e gritos de Wilmar em cima do palco.
O saldo do Seminário será discutido pela coordenação do evento. Ao que parece, haverá fôlego para um II Seminário, quem sabe mais bem-planejado. A militância pela formação do bacharel com perfil profissional definido continua.
ei, ana! gostei do 1º e do 2º dia e achei que a coisa iria realmente andar; mas o último me fez colocar os pés de volta no chão e sacar que as coisas não são tão diferentes assim na universidade privada. no próximo, sugiro um profissional de "webwriting", já tenho até uma sugestão, bruno rodrigues, que tal! força ai! bj grande lenise