Agora no dia 27, segunda-feira, o Jimi faria 64 anos (claro que me lembrei de "When I am sixty four"). "Descobri" isso ontem [quinta-feira, dia 23], ao assistir um magnífico documentário sobre ele, na TV, no canal pago CineMax: The Jimi Hendrix Story.
Eu, que nunca fui hendrix-maníaco, não conhecia o documentário, lançado em 1973. (Hendrix morreu em 70, pouco antes de completar 28 anos, e não chegou a ver o filme.) Bem, fiquei... "amazed"! Com certeza os fãs de carteirinha vão reclamar de alguma coisa, vão dizer que faltou isto e aquilo, mas vale muito a pena ver.
Há performances para mim incríveis, várias delas em gravações de concertos "históricos" nos festivais de Monterey 1967 ("Rock Me Baby"), Woodstock 1969 ("The Star-Spangled Banner") e Ilha de Wight 1970, e em show de 1969 no Filmore East ("Machine Gun", com a Band of Gypsies).
Uma das melhores coisas é descobrir que ele amava Bob Dylan acima de todas as coisas, seguida de uma performance de "Like a Rolling Stone". E é surpreendente vê-lo tocando um violão acústico de 12 cordas, em "Hear My Train a Comin'", esta uma ótima gravação de estúdio. E como deixar de gostar de vê-lo tocando as gravações sempre em versões integrais, clássicos de sua carreira como "Purple Haze", "Machine Gun", "Red House", "Hey Joe", "Wild Thing".
O cara era melhor tocando do que falando, mas são também muito interessantes os vários trechos de entrevista com Hendrix. E é delicioso ver craques como Eric Clapton, Pete Townshend, Mick Jagger e Lou Reed - todos com "carinhas de menino", já que as gravações há mais de 35 years ago -, em depoimentos nos quais revelam o impacto de Hendrix sobre eles e sobre o universo do rock.
Hoje dei uma rápida pesquisada e descobri que o documentário, de 1973 e assinado por Joe Boyd, é famosíssimo, esteve nos cinemas (não sei se também no Brasil) e está disponível em DVD, inclusive aqui em terras tupiniquins, sempre com o título de apenas Jimi Hendrix).
Como vai passar de novo no CineMax (clique aqui para ver os horários), e ainda aproveitando o gancho do aniversário, o que você acha de uma pequena matéria no Digestivo, mesmo que no Blog?
Do meu amigo Matias José Ribeiro, por e-mail (porque a matéria já estava pronta...!)
Julio, o primeiro (e único) album long-play que comprei do Jimi Hendrix foi aquele da serie "A arte de Jimi Hendrix". Um álbum especial, belas musicas, um vinil elegante com um belo selo verde no meio do LP e, acima de tudo, um som inigualavel. Particularmente, eu não sabia que era o aniversario do J. Hendrix. Gosto de suas musicas, mas não sou "o" fã. Alias, quem pelo menos não gosta de uma de suas musicas? Dificil de dizer...
Caro Julio, sejamos honestos: Jimi Hendrix era o verdadeiro Deus da Guitarra. Lembre-se do ritual que ele tinha com instrumento, praticamente evocava algo das cordas que ao mesmo tempo era compreensível e enigmático. Poucos guitarristas entravam em transe como Hendrix e praticamente nenhum pode negar a sua influência, que pelo visto continua eternamente. Força Sempre!
Hendrix fazia sucesso em Londres, onde todos iam ver suas performances (Stones, Beatles, Who, Clapton) e era praticamente desconhecido nos EUA. Foi levado para tocar no Festval de Monterrey e virou lenda, com sua performance pondo fogo na guitarra. Saiu agora a versão completa do Festival, 4 CDs, com a integra da sua apresentação alucinante (no filme oficial ele toca apenas duas musicas), e tbm de Otis Redding q roubou a cena do evento (organizado pelos "The Mamas and the Papas" q ficaram pra tocar no fim e sobraram) e q morreria no auge, pouco tempo depois num desastre de avião.
Por favor, amigos, Matias José Ribeiro é o mesmo crítico que fazia o inesquecível programa 4 por 4 na Rádio USP? Se não for, desculpe-me a intromissão. Abraço, Hélio