Nova publicação do SLMG traz reflexões sobre passado, presente e futuro
Estará disponível ao público, no próximo dia 16 de fevereiro, a edição de janeiro do Suplemento Literário de Minas Gerais. Um dos destaques da publicação é uma entrevista inédita da poeta Ana Elisa Ribeiro com José Afonso Furtado, diretor da Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian, sobre a questão da leitura e dos livros frente às publicações na Internet.
Ana Elisa Ribeiro explica a importância da discussão. "O surgimento do computador e da Internet fez emergirem questões ligadas às publicações impressas, talvez ainda mais do que quando as novas tecnologias ainda não existiam. As adaptações e os ajustes que o rádio, a tevê, os jornais impressos e outras mídias fazem para 'sobreviver', as influências que um meio de comunicação sofre de outro, são estudadas por vários pesquisadores no mundo. Da mesma forma, o interesse pelos 'ajustes' que as pessoas - agora 'usuários' - fazem para lidar com novas formas de ler e escrever ampliou-se ainda mais", afirma.
Camila de Castro Diniz Ferreira, editora do SLMG, acrescenta: "Uma das preocupações cruciais dos leitores, escritores e editores, na era da Internet, é justamente o destino dos livros impressos, já que podemos afirmar, com alguma segurança, que não chegarão ao fim, apesar das ameaças e preconizações". O leitor encontrará, nessa edição que inaugura o ano de 2007, questões relevantes sobre as transformações que estão ocorrendo nas formas impressas e eletrônicas de conteúdo.
Na mesma publicação, Lúcio Emílio do E.S. Júnior apresenta o filósofo francês Paul Ricoeur em sua exemplaridade, ao rejeitar teorias e pensamentos já desenvolvidos por outros filósofos. Já Cleonice Mourão faz um ensaio sobre o terceiro livro dos fatos e ditos históricos do Bom Pantagruel, de Rabelais, explicitando a importância do humor e do grotesco nesse autor, cujo objetivo é criticar os rígidos costumes da Idade Média.
Também nessa edição, Dirce Waltrick do Amarante, ao traduzir fragmentos do livro Histórias Naturais, de Jules Renard, mostra-nos características jamais imaginadas de determinados animais. O poema final de Sérgio Alcides insinua, por sua vez, uma paisagem pensante, signos voltados para os próprios signos.
Oi, pessoal do Digestivo, fiquei sabendo da publicação desse meu texto pelo Digestivo, mas ainda não vi a edição de janeiro (eu assinei, mas não chegou...). Abraços do Lúcio Jr.