Todo mundo tem certos objetivos na vida. Alguns querem ganhar dinheiro. Outros, ser famosos ou reconhecidos por seu trabalho. Há aqueles que querem morar no estrangeiro, viajar o mundo, ter filhos ou encontrar um grande amor.
O meu objetivo é construir um lugar, um refrigério d'alma, para cuidar das pessoas. Mais ou menos o que tento fazer no espaço virtual, é meu objetivo transformá-lo em espaço físico, num local afastado, para encontros, cuidados e abraços reais. Não há nada, nada que preencha mais a minha alma de alegrias do que cuidar das pessoas e de mim. Escrever histórias foi só uma forma que eu encontrei de cuidar, estando longe, quando eu ainda não podia estar perto. É que meu coração nasceu muito frágil e eu precisei de trinta anos para armá-lo de amor. Não deixarei de escrever, mas escrever é só uma forma de cuidar. Assim como é fazer um carinho, um bolo, costurar uma meia, ouvir um velhinho.
É por isso que eu acordo feliz, todos os dias, para ir ao meu trabalho tão chatinho. Ou visto as mesmas roupas, ou deixo de ver o filme que eu tanto queria ver para investir o dinheiro numa muda de flor. Eu olho essa foto e digo: exatamente assim é o portão da minha casa, sem trinco, sem cadeado, para entrar quem estiver cansado. Amigo, grande amigo, leitores, conhecido, desconhecido, até o ladrão se quiser, roubar um saco de pão, a vitrola velha e se encantar com a paz.
Rita Apoena, no seu blog, que eu acabei de encontrar.
Conheci Rita por uma indicação do blog do Inagaki há pouco tempo. É incrível como ela passou despercebida por tanto tempo e como estávamos perdendo ao não conhecê-la.
E vicia.