COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
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9/3/2007 | | |
10h59min | |
| Eu me esbaldo lendo as críticas de cinema de não-críticos; me divirto imensamente lendo as impressões que um livro causa nos não-literatos; e o mesmo com a política, com a música. E opinião é algo bonito. O cinema não é produzido para cineastas, tampouco a literatura para literatos; de modo que ler num blogue as reverberações do autor sobre Shopenhauer é uma chance única de acesso a um tipo de opinião crua, sem gatekeepers editoriais. A crítica sem critério é valiosíssima. É como uma pesquisa de opinião voluntária.
Acho que as pessoas devem além de ler, escrever mais. Eu mesmo, aqui, acostumado a postar nada mais que opinião, já fui muitas vezes mal compreendido por leitores que ainda enxergam tudo com um olhar meio ditador; e não as culpo, é herança cultural esse negócio de que opinar é perigoso.(trecho de um post meu, que não coube todo aqui. Você tem toda razão. Depois do medo de opinar, vem o medo de pensar, e aí não tem mais volta. Abraço.)
| | [Leia outros Comentários de Ed] |
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9/3/2007 | | |
18h05min | |
| Ótimo texto, espero que traga mais honestidade até mesmo para os menos honestos.
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11/3/2007 | | |
01h10min | |
| A natureza é cheia de exemplos de presas e predadores, não vejo nenhuma crueldade nisto; o leão se alimenta do antílope e não é mau. Ele é selvagem. Esta é a sua natureza. Quando vejo homens, individualmente ou em grupos, comunidades ou o que seja, penso qual seja a sua natureza? Vejo gente explorada e "honesta", privada de oportunidades e "honesta"; e questiono o que seja honestidade? Individualmente e em grupo, que comportamento a nossa sociedade fomenta, endossa? Quem são os exemplos de honestidade? Quantos são? E o oposto? Preciso saber do quanto de maniqueísmo está implícito nesta necessidade de não enxergar esta situação tão real da evolução de valores. Falo da dinâmica apenas, não discuto méritos. A nossa noção geral de honestidade está enfraquecida por um senso de oportunidade e os nossos valores atuais são os de resultado. Ainda que não sejam valores gerais; mas presentemente é o que se destaca. Talvez este não seja mais um mundo bom, mas bondade, já é uma outra virtude...
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11/3/2007 | | |
16h14min | |
| Honestidade significa ter honradez, mormente no que concerne à palavra e às relações jurídicas. Assim, o honesto só quer o que é seu, não mente, repudia a malandragem, a “esperteza” de querer levar vantagem em tudo. Se a praga da desonestidade se instalar nos órgãos públicos, estes se convertem no grande “buraco negro” da riqueza popular. E a nação, sobretudo se em regimes totalitários, estará fadada a um subdesenvolvimento sem fim. Daí você ter razão em desejar tão veementemente o império da honradez. Mas, propugnar pela sinceridade absoluta, é lutar por uma utopia desnecessária(e indesejável). Nem toda verdade é necessária que se diga. Há até um adágio oriental que diz: “é melhor a mentira que beneficia do que a verdade que prejudica”; evidentemente ele se refere à franqueza rude, que machuca sem construir. Do berço ao túmulo, a vida social repousa no “fingimento”, porque seria absolutamente anti-social alguém morbidamente franco.
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12/3/2007 | | |
10h19min | |
| Ótimo texto. Realmente, ser honesto, hoje em dia, infelizmente, é ser também taxado, muitas vezes, de mal educado, rude ou crítico, como se esse último adjetivo fosse pejorativo. O que a sociedade precisa é ter a consciência de que a honestidade e a crítica não têm a finalidade de depreciar quem se critica, mas sim o desenvolvimento mental, profissional e pessoal do criticado. Sejamos mais críticos, logo, mais verdadeiros!
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13/3/2007 | | |
14h05min | |
| (Do poeta Gonzaguinha: até com tempo ruim se dá bom dia.) Aprendi cedo que crítica é procedimento que investiga em profundidade expressão e forma, arte e meio. Não se espere da crítica que agrade. A crítica aponta falha, erro, inexistência de conteúdo, defeito de forma. Experimente deletar uma biblioteca de programa de seu computador e fazê-lo funcionar.
Aquela tela inicial vai continuar preta cobrando a presença prevista. É como padaria: anuncia pão quente, você comparece às seis da manhã e às seis da tarde e encontra. E isto que pão só alimenta o corpo... Imagina o que se prometa ao espírito. Não carece sequer de publicidade, basta imprimir em página, cd, dvd, fita, palco ou chão de rua. Apresentar-se ao público é expor-se a este e, por conseqüência, enquanto a caravana passe, a crítica existirá. Outra coisa é a pessoa adentrar o terreno da crítica sem conhecimento. Inverte-se aí o conceito. O público aplaude, a bilheteria estoura e àquela pessoa restará o espelho...
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14/3/2007 | | |
08h40min | |
| Ótimo texto, parabéns. Muito apropriado para a época que estamos vivendo. Sugiro uma maior divulgação, para que um maior número de pessoas possa refletir e se questionar a respeito.
| | [Leia outros Comentários de Nelson] |
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14/3/2007 | | |
18h18min | |
| interessantes as colocações; em especial merece ser sublinhdao que criticar é ser honesto, divergir é saudável e elogioso ao interlocutor.
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16/3/2007 | | |
09h45min | |
| Bom... Acho que tem vezes que a mentira é um mal necessário... Como falar para uma pessoa que ela está com um bafo horrível e que deveria escovar os dentes? Como dizer para uma pessoa que o sapato não combina nem de longe com o estilo de roupa que está usando? Acredito que a tão citada "educação" deva imperar... Não há necessidade de ser "impolido" (se é que essa palavra existe) só para que você possa expressar o seu ponto de vista. Por outro lado, é de minha convicção que todos devam ser verdadeiros no sentido de não esconder os seus sentimentos, angústias e vontades, principalmente com relação a seus amores, porque não acho justo fazer o outro de palhaço enquanto não se sabe o que quer da vida... aliás, típico de homem (desculpa a agulhada, pessoal hahahha) ou com suas ambições no trabalho. Acho que a conversa é a base de tudo! Por fim, parabenizo o autor do artigo por sua transparência com relação à sua ânsia por críticas.
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