Sexta-feira passada, dia 25/5, tive uma experiência emocionante com os jovens que compareceram à biblioteca do 9º Salão de Literatura Infantil e Juvenil da FNLIJ, nos jardins do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, para assistir a uma palestra minha e prestigiar o lançamento do meu livro Morte no Colégio, a minha estréia na literatura juvenil.
Quando participamos de um evento como esse é que percebemos com nitidez como os jovens gostam, sim, dos livros e da literatura, ao contrário do que proclama o senso comum. É como eu venho dizendo há tempos: basta que nossos jovens sejam estimulados a ler como lazer e eles farão o resto.
Era a primeira vez que eu visitava o salão como profissional do livro e decidi que a visita seria igualmente profissional sem, contudo, dispensar o diletantismo que faço questão de conservar no meu cotidiano. Como a minha palestra era às 15 horas, cheguei uma hora mais cedo, a tempo de percorrer o salão e visitar com calma cada um dos estandes das editoras presentes. É incrível o profissionalismo e a organização que cercam o evento. A presença de crianças e jovens era maciça e agradavelmente ruidosa. Havia um clima generalizado de euforia, como se estivesse acontecendo uma verdadeira celebração coletiva em torno do objeto livro.
Após o término da minha palestra, alguns dos jovens que a assistiram permaneceram no local e conversaram comigo por longos minutos. Todos eram muito inteligentes e articulados e demonstraram possuir genuíno prazer no ato de ler. Alguns deles aparecem comigo na simpática fotografia que ilustra este post. A foto, sem querer, acabou, simbolicamente, reproduzindo uma realidade nossa, estatisticamente comprovada: a de que as mulheres lêem mais do que os homens.
LEM, quando eu era criança eu adorava ir a feiras de livros. E lembro claramente que não era o único. Ler é uma grande diversão, e estas feiras são uma oportunidade de ver muitas coisas coloridas, fazer bagunça e ouvir histórias... As coisas de que eu mais gosto até hoje.