Meu ardor juvenil, se o tinha, desgastou-se, tornei-me amargo, desconfiado, um pouco antes da hora, ávido de esconderijos e da posição horizontal.
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Morrer sem sentir muita dor, um pouco, vale a pena, fechar você mesmo diante do céu cego os olhos logo carcomidos, e então depressa virar carniça, para que os corvos não se enganem.
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Para fora de minha vida também, tanqüilamente, ele ia embora, nunca mais um único de seus pensamentos seria para mim, a não ser, talvez, quando ele fosse velho e, remexendo em seus verdes anos, reencontrasse essa alegre noite e segurasse ainda a cabra pelo chifre e parasse mais um instante diante de mim, quem sabe dessa vez com uma pontinha de carinho, até mesmo de ciúmes, mas com isso não conto.
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Não perdi a consciência, quando perder a consciência não será para retomá-la.
Ei!! Sou uma que acho o Beckett sacal demais, principalmente, no que se refere às suas peças para teatro, dito do absurdo. Concordo que Beckett tem frases brilhantes, os seus textos são brilhantes, que não é intencionalmente pretensioso, a despeito de que a maioria se suas encenações, por obra de seus diretores, atores e produtores. Era e ainda é um artista de vanguarda. Só não tenho vontade de (re)lê-lo, pois acho que tem coisas melhores no mercado, tanto os clássicos, como outras obras. Quando faço algumas releituras de alguns livros e autores, seguramente, Samuel Beckett não está na minha lista. Mas ele não faz parte também dos meus excluídos ou ignorados, como Paulo Coelho, por exemplo. Talvez um dia queira entendê-lo melhor, mas ainda não chegou a hora. Gostei das frases. Beijo. Dri