"Feliz dia dos namorados, meu amor! Estou contando os anos pra casar com você!"
Essa foi a mensagem que recebi no dia 12. De um ex, aquele que andou aparecendo por estes dias, pra dizer tudo aquilo que não disse em tempo hábil.
O trato foi esse: se chegarmos à idade-limite, estando solteiros, a gente se casa pra não morrer sem filhos. A questão é quando será essa idade-limite. Estava pensando esperar mais uns 16 anos. Ele pensa em 3.
It doesn't matter.
O que importa é que essa foi a única mensagem que recebi no dia 12. E eu que me dê por satisfeita.
Aguentei um dia chuvoso no trabalho, fui paletar atrás de minhas metas, uma paleta da porra na chuva, voltei toda molhada pro ar condicionado, e via pessoas recebendo flores. Não...
Ouvia as colegas comentando os planos para a noite. E ainda teve uma miserável que saiu perguntando a uma por uma, seguindo a sequência certinha: "E você, Fulana, vai fazer o quê hoje, hein?". E me pulou. Me pu-lou.
Nem perguntou se eu tinha uma samambaia pra aguar. Me ignorou. E no final do expediente, ainda veio me detalhar a noite.
"Mas eu vou picar a porra na tua cara se você não parar com essa história. Não tá me custando nada pra eu te esgoelar!!!"