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Segunda-feira,
13/8/2007
Os Jornais Acabam? VII
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Sim, irão desaparecer com a morte dos leitores.
Oswaldo Ribeiro
Natal/RN
Os jornais, enquanto veículos de informação, nunca irão acabar. O que pode mudar é o meio pelo qual as empresas jornalísticas levarão essa informação ao leitor final. É bem provável que o meio papel acabe desaparecendo a longo prazo e seja substituído por formatos eletrônicos on-line, atualizados constantemente. Mesmo assim, acredito que o formato papel para o jornal, assim como para o livro, ainda levará muito tempo para desaparecer completamente, pela praticidade de transporte, baixo custo e versatilidade no uso - jornal para embrulhar peixe, banana e objetos de vidro; livros para exibir uma pretensa cultura, decorar ambientes e servir de peso de papel.
Danilo Leite Fernandes
Campinas/SP
Se deixarem de ser informantes do rei para serem os reis dos informantes, aí não acabam. No fundo precisamos de dois cadernos apenas: o dos fatos e o das falas sobre os fatos. Parece que os jornais e jornalistas não querem se humilhar e fazer os exercícios escolares de descrição. Ou será que eles pensam que descrevem? "Olhe lá o quadro negro, que lindo!" Ainda assim, com todos os viés a serem escancarados. O ideal da transparência a ser exigido e a ser exemplar. O papel jornal é descartável, e os informantes? O papel jornal é reutilizável, e os informantes?
Antonio Felicio Loureiro Thomaz
Araras/SP
Não acredito que os jornais irão acabar. Pode haver uma "correção", tanto na quantidade de exemplares como na de títulos, uma vez que a demanda talvez diminua. Mas a internet, apesar de democrática(?), não é de todo confiável. É verdade que nem sempre o são os jornais, mas pelo menos os que buscam a qualidade primam pela veracidade dos fatos e seriedade das apurações. Aliás, no dia-a-dia a apuração sempre foi uma dificuldade, mas com a internet ela perdeu o sentido. Primeiro se divulga, depois checa-se. O que cria uma verdade aparente ou em suspensão. Hoje, mesmo tendo lido uma notícia virtual, me questiono se ela é verídica... Acredito que em boa parte o jornal impresso diminui essa sensação, ou seja, um veículo, na maioria das vezes, é mais confiável. E sempre existirão pessoas buscando confiança, seja no governo, na política, na vida pessoal ou na informação.
Ana Paula Teixeira
São Paulo/SP
Sigo aqui a teoria da evolução: os mais fracos ficarão pelo caminho. Os jornais que souberem se reinventar vão sobreviver. Jamais terão a velocidade de outras mídias, mas têm com o leitor uma relação mais íntima do que qualquer outro meio. Ele é manuseado, guardado, levado para todos os cantos da casa - leia-se banheiro também. Os outros meios são mais frios. O jornal incorpora-se à casa, participa de corpo presente da discussão em família. Na era onde tudo é muito rápido, um pouco de perenidade vai bem ao ser humano. Por isso, minha resposta é não. O jornal não vai acabar.
Alessandra Pajolla
Maringá/PR
[Feedbacks dos Leitores do Digestivo à Promoção]
Postado por Julio Daio Borges
Em
13/8/2007 às 16h23
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