Durante a semana passada, repeti muitas vezes a frase misteriosa: "Klaatu-barada-nikto". Estava assistindo o filme O dia em que a Terra parou (Day the Earth Stood Still, EUA, 1951), uma ficção científica nos moldes dos anos cinqüenta, em preto e branco, na qual o personagem Klaatu, um sujeito que veio do espaço (o ator Michael Rennie, com aquela cara de balconista de loja de senhoras), paralisa todas as máquinas terrestres para protestar contra a irresponsabilidade humana, que ameaça, nada mais, nada menos, que a galáxia inteira (!).
Em determinado ponto do filme, ele comanda seu robô gigante com essas palavras malucas, "Klaatu-barada-nikto", palavras indecifráveis até hoje, e que podem significar qualquer coisa, desde "destrua esses terráqueos" a "como é mesmo o telefone daquela loura?".
Eu assisti a esse filme pelo menos uma vez por dia, durante toda a semana passada. E descobri que a frase misteriosa poderia ser apenas uma imprecação, tipo: "esses terráqueos são uns melecas!"; algo assim (para não cair nos baixos calões, vocês me entendem). Vendo esse filme, todos os dias, vi que isso fazia o maior sentido.
Prezado Guga, o certo é "nikto", e não "niktu". Esta frase foi, durante algum tempo, o letreiro do meu screensaver. Explica ao ignaro de nome galiforme que Klaatu é o nome do E.T. (interpretado por Michael Rennie) e "nikto", embora signifique "ninguém" em russo, apenas arrematava uma senha para que Gort, robô e segurança de Klaatu, não destruísse a Terra.
Sérgio, você tem toda razão. É "nikto" mesmo. Confiar na memória exclusivamente, como eu fiz, não é um bom procedimento. Eu estava era torcendo, durante toda a semana anterior a esse post, para que as empresas Terra voltassem a funcionar e colocassem outra vez no ar o Digestivo. Mas todos os dias foram os dias em que a Terra parou.