COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
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15/9/2007 | | |
13h29min | |
| No país da Botocúndia, em que intelectuais tem um olhar alienado, dogmático até, para identificar resistência nos excluídos, não conseguem perceber que a apartação muitas vezes é requerida por quem está na posição de exclusão, para que os deveres não lhe sejam cobrados. A falta de oportunidades e a péssima distribuição de renda são justificativas para o discurso da marginalidade.
Mano Brown, com a pouca disposição para a mídia e classe média, comporta-se com a típica arrogância totalitária como quem se acha porta-voz dos excluídos. Se não dialoga para outros grupos é porque lhe falta o mínimo senso democrático, termo com o qual ele está pouco interessado. Democracia afinal, é para os ricos, pobres estão além. Merecem mais, devem ser condicionados à levianidade. Este senhor é de uma boçalidade atroz. Se ele fosse filho da classe média não lhe trariam o menor interesse, e ficaria até estampada a sua arrogância. Mas como veio da periferia, conseguem enxergar “valor” em sua mediocridade.
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17/9/2007 | | |
20h38min | |
| Peter Pan se recusava a crescer, talvez temesse as responsabilidades daquela idade, temia o que não conhecia.
A violência e a exclusão não estão no rap ou no rapper, talvez esteja de forma passiva nas leis e regras que alijaram a liberdade e a autonomia de forma perpétua.
A forma como a lei e a sociedade de maneira geral tratam uma parcela significativa da sociedade já seria o suficiente para justificar uma reflexão necessária nas posturas e expressões de determinados segmentos sociais.
Caro Rodrigo, sua coragem é necessária mas sua pontaria é péssima; são juízos como o seu que justificam um massacre no Carandirú, uma chacina em Carajás e os policiais justiceiros(?) de Vigário Geral. Sua coragem é louvável, mas ignorar a indiferença da classe média e os resquícios de um racismo cordial com suas neo-senzalas ao lado de suas cozinhas é um tanto demais. Mano Brown pode e deve continuar falando, com muito mais legitimidade e sintonia com o mundo real. Para você Rodrigo, Second Life e só!
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18/9/2007 | | |
13h10min | |
| Carlos, belas palavras você disse. Mano Brown pode e deve continuar falando, com muito mais legitimidade e sintonia com o mundo real. Acho que esse rapaz aí e acostumado a ver notícia de crueldade que a própria polícia e seus governantes há mais de...Sei lá quantos anos! Eles cantão a verdade...
| | [Leia outros Comentários de leandro ] |
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1/10/2007 | | |
11h55min | |
| Realmente, Mano Brown merece voz e deve continuar a falar. A democracia que cita Rodrigo deve sim ser seguida como princípio, mas somente quando todos são cidadãos. No Brasil, uma grande parcela da população não está inserida nessa integridade cidadã. Não porque não quer, mas porque não são dados direitos iguais a eles. Assim a democracia não funciona, assim ela não existe. Ela vira falácia para a permanência da divisão absurdamente desigual de classes. Assim a democracia é apenas uma palavra sem significado de fato. Mano Brown mostra a todos essa defasagem entre a palavra e a realidade nas comunidades de periferia. Deixe de hipocrisia, Rodrigo, e saia de seu Second Life. A periferia agradece sua atuação na vida real.
| | [Leia outros Comentários de Mauro] |
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7/10/2007 | | |
17h00min | |
| Oba! Discussões tipicamente democráticas XD... Quanto ao Mano Brown, o cara representa bem a realidade em que vive, tem a idéia justa, e todo direito democrático de falar ou não. Ah, eu acho que a classe média é a maior culpada desse desmazelo social do Brasil, por sua apatia política (afinal, se sem democracia é péssimo, com democracia é chato). Ela poderia se esforçar mais em entender o que gritam lá de baixo, noutra realidade, sem julgamentos geralmente projetados de uma realidade diferente e, de certa forma, apaziguada e até alienada. Como todos aqui disseram, a democracia meio que perdeu sentido nesse país.
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11/10/2007 | | |
08h54min | |
| Que o senhor Rodrigo pegou pesado isto é óbvio, mas penso que a classe média não é o problema do país. Pelo contrário, ela tem carregado o país, uma vez que é quem realmente tem pagado imposto (descontado na fonte). Mas concordo que ela precisa acordar para a política e para os rumos que tem tomado o país. Ops... Personifiquei a classe média como Aluízio de Azevedo fez com o cortiço.
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