COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
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25/9/2007 | | |
11h02min | |
| João Gilberto por si só é uma contradição. Independente do jeito singular que toca o seu violão, sua própria figura destoa de sua voz. Sua tolerância zero a qualquer som que não queira ouvir, sua extrema exigência com o público para que mantenha o silêncio, o uso de microfone (só serve de uma marca, já cancelou um show por não ter o tal modelo), o ter que estar tudo de acordo com o que deseja faz dele uma pessoa única, singular, chata, antisocial. Mas já li em algum lugar que, em raros momentos, JG é uma pessoa adorável, carinhosa, macia como sua voz. Embora, como diz a lenda, o seu gato suicidou-se, atirando-se pela janela, por não agüentar mais ouvir os mesmos acordes saídos de seu violão, por horas a fio. Mas, quando ouvimos aquele som, aquela voz, aquele jeito esquecemos todos so seus "defeitos" e embarcamos em uma viagem verdadeiramente maravilhosa e perfeita. O João é o cara. Ele é a bossa e, com ele, sempre nova.
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5/10/2007 | | |
06h38min | |
| Fomos, somos e eternamente seremos iconoclastas. Talvez esse procedimento seja a metodologia ideal para autenticarmos a nossa insanidade humana, para justificar nosso previsível mau gosto mediante nossas escolhas. Escolher João Gilberto como ícone da Bossa Nova tudo bem. Mas daí atribuir-lhe a genialidade como se faz é um grande equívoco. Anti-social, antipático e repetitivo são os adjetivos apropriados para este cidadão dotado de opacidade. Tenho discos de JG, porém, não participo da unanimidade.
Antônio Pimenta de Andrade
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5/11/2007 | | |
19h15min | |
| Eu não odeio o João Gilberto, porque não o conheço. O que não suporto é a voz dele, o jeito dele cantar... nossa, quando toca na minha querida Inconfidência, sou obrigada a mudar de rádio ou desligar o aparelho, porque é realmente intolerável para mim.
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7/11/2007 | | |
18h47min | |
| Gosto é gosto. O que não se pode fazer são afirmações do tipo: "JG é repetitivo". Tecnicamente, JG modifica a harmonia em cada suposta repetição. Os complexos acordes nunca são os mesmos, as diferenças acentuam novos temperos à sonoridade e já deixaram Eric Clapton maluco, quando cismou de gravar um disco com bossa nova. Felizes os que conseguem captar esta riqueza.
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11/11/2007 | | |
15h40min | |
| O que acontece é que a maioria dos jovens abaixo de 25 anos sequer conhece sua obra. Outro dia eu arranhava Chico Buarque em meu violão e um jovem (que só toca sertanejo) se surpreendia a cada música, pois nunca as tinha ouvido. Os veículos de comunicação de massa só mandam tralhas e poluição sonora. Meu Deus onde vamos parar??!!
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