(...)Os jornais estão perdendo leitores para a internet. E não apenas leitores. Talvez mais preocupante no curto prazo seja a tranferência dos anúncios classificados — o "maná de ouro" — para a rede, principalmente os de empregos, de imóveis e de veículos.
(...)Para ir atrás do leitor e da publicidade, todos os jornais coincidem em vislumbrar um futuro que integra o papel com a internet. Mas as oportunidades que a rede oferece são desiguais e nem todos os jornais a abraçaram com a mesma intensidade.
"Se tivesse que fundar agora El País, provavelmente não seria em papel. Faria alguma coisa na internet e uma versão em papel com o que considerasse mais atraente". Estas palavras(...) são de Juan Luis Cebrián, o primeiro diretor de El País e principal executivo da Prisa, o maior grupo espanhol de comunicação, que edita o jornal.
Considero o El País um dos melhores jornais do mundo ou, pelo menos, de língua espanhola. Apesar de ter uma postura editorial-política definida, ele traz opiniões contraditórias, permitindo ao leitor informar-se e tirar suas próprias conclusões. Foi nele que li as críticas mais contundentes ao Rei Juan Carlos por sua frase ao Hugo Chávez, coisa que não li em nenhum jornal brasileiro ou norte-americano.