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Sexta-feira, 15/2/2008
Papo com Valdeck A. de Jesus
+ de 7600 Acessos
+ 27 Comentário(s)

1. Quer dizer que a leitura — além de todos os benefícios intelectuais conhecidos — pode salvar também vidas, como a sua?

Exatamente. Nós vivemos numa sociedade capitalista. As regras do jogo são determinadas por quem está no poder, na tentativa de manter o controle nas mãos da elite pensante. Esta mesma elite que "combate" a corrupção, a discriminação e a pobreza nada faz para facilitar a distribuição de renda e para capacitar os indivíduos a se tornarem cidadãos conscientes dos seus direitos e deveres.

É muito fácil manter o poder quando se tem uma população desinformada, desestruturada socialmente, marginalizada e segregada. Informação é poder.

Eu era um "boi" no meio da manada, e levava, literalmente, uma "vida de gado". A leitura de bons textos me fez refletir e descobrir que eu podia mudar meu próprio destino. Ainda sou uma peça na grande engrenagem do sistema, porém tenho plena consciência de meu papel como cidadão. Atuo sempre de forma a modificar, para melhor, a minha vida e a vida daqueles que me cercam, não me esquecendo da comunidade da qual faço parte.

2. Você diz que uma das suas missões é disseminar o hábito da leitura entre pessoas próximas. Com toda a experiência acumulada ao longo dos anos, o que você sugeriria para termos melhores programas, justamente, de "incentivo à leitura"?

A leitura é passada para as pessoas como um castigo. Desde a escola primária até a faculdade, são poucos os profissionais que se dão ao trabalho de incentivar a leitura.

E leitura para mim não é apenas um decodificar de signos e significados; não é apenas juntar palavras. É algo mais amplo. É a leitura da vida, a compreensão do mundo; é saber se posicionar perante os problemas que assolam um País, propondo soluções.

O que precisa ser feito é despertar nas pessoas a consciência de que o futuro depende de cada um de nós.

Os programas de incentivo à leitura devem incorporar o ser humano no processo. Não basta apenas sentar numa roda de analfabetos funcionais e começar a ler e reler textos.

Desenvolvo, por exemplo, um projeto de publicação de autores inéditos há três anos. Chama-se Prêmio Valdeck Almeida de Jesus de Poesia. Visa selecionar poemas de autores anônimos e publicá-los num livro. Todos os custos de divulgação, edição, correção ortográfica e gramatical, custos gráficos e editoriais, são bancados por mim. Não é muita coisa, mas é algo em que acredito. Prefiro não esperar por ajuda ou incentivos externos. O que posso fazer com meus próprios recursos eu vou fazendo.

3. Você tinha pais analfabetos, mas aprendeu a ler, está fazendo faculdade de jornalismo e tornou-se escritor. O que diria para alguns dos nossos homens públicos que justificam sua ignorância com desculpa esfarrapada de que não tiveram "tempo" para estudar?

Eu ensinei minha mãe a ler e escrever. Meu pai faleceu antes que eu pudesse fazer o mesmo com ele. Fiquei órfão de pai aos dezessete anos de idade. A partir de então, coube a mim chefiar a família, cuidar de sete irmãos menores. Trabalhava durante o dia e estudava à noite. Muitas vezes eu chegava em casa tarde da noite e não encontrava nada para comer.

Minha mãe costumava me consolar dizendo: "Amanhã Jesus vai trazer comida". Eu confiava nela e ficava esperando. No dia seguinte, partia para o trabalho e para a rotina de estudar à noite. Foram muitos anos de peleja, mas nunca desisti.

Sempre estudei em escola pública, onde nem sempre havia professores para todas as matérias e onde o ensino era, geralmente, muito fraco. Nos finais de semana, eu tentava estudar sozinho ou com colegas, para não ficar restrito ao assunto que o professor abordava em aula. Usava o tempo de descanso ou de diversão para aprender um pouco mais.

A gente arranja tempo pra tudo, quando quer. A ignorância mata qualquer ser humano. O remédio é estudar, com tempo ou sem tempo. Nos dias de hoje, é possível estudar até mesmo via internet. Várias faculdades estão oferecendo cursos à distância, com aval do MEC. Não há desculpas para o país continuar com baixos índices na educação.

4. Você concorda com a máxima de Monteiro Lobato, segundo a qual "um país se faz com homens e livros"? Será que no Brasil ainda tem alguém com poder (de fazer alguma coisa) que concorda com isso?

Vários países do mundo investem na educação, pois percebem que é a única saída. Concordo com Monteiro Lobato, sim. Homens e livros fazem uma nação. Mas não basta ter homens. Nem basta ter livros nas estantes. É necessário que os livros estejam nas mãos, nas cabeças.

No Brasil de hoje, infelizmente não consigo ver um quadro muito positivo. As pessoas estão cada vez mais individualistas e egoístas. Mas ainda tem muita gente boa produzindo boas coisas. Há trabalhos alternativos e independentes de ONGs e de pessoas seriamente comprometidas com a causa social. Acredito que ainda há tempo de encher este país de livros, de homens-leitores e de homens pensantes. A filosofia já faz parte do currículo da escola pública, e isso é um ótimo sinal de mudanças. Os frutos virão em alguns anos.

5. O seu livro é a prova maior de que você venceu. Por que será que, no nosso País, uma vitória intelectual, como a sua, não é tão valorizada quanto uma vitória, digamos, material?

Vivemos a era do "parecer". Houve a era do "ser" (década de 60), do "ter" (70), e agora vivemos a era do "parecer". As pessoas valorizam muito a aparência. E não somente a aparência física, um corpo sarado, um cabelo tingido, busto siliconado etc. As pessoas priorizam a estética em detrimento do conteúdo. O que está visível — mesmo que aparentemente — é muito valorizado. Houve uma desvalorização do ser humano como pessoa, devido ao capitalismo, ao individualismo. Somos átomos dispersos na multidão, sem cara, sem identidade. Não somos mais um país ou um mundo com rosto. Somos apenas corpos e aparências.

Uma vitória intelectual não é medida, não é vista. Não se valoriza o "saber". Se você tiver como fazer uma exposição de sua imagem na mídia, bombardear o público com sua figura, você não precisa fazer mais nada. As pessoas preferem viver de aparências. Saber não enche barriga, não leva ninguém a aparecer no mundo do espetáculo midiático. Daí porque estudar é algo tão desvalorizado, tão menosprezado.

6. Nas discussões sobre como fazer do Brasil um "País de Leitores", sempre surge a lista de autores (ou de leituras) que poderiam auxiliar nesse processo. No seu caso, quais foram os escritores que, com seus livros, mais te incentivaram a ler?

Eu tive contato com a literatura muito cedo. Estudei em uma escola pública do interior da Bahia, onde recebi muito incentivo para ler. A poesia foi a primeira forma de leitura que conheci e gostei. Depois veio a literatura de cordel, falando de situações corriqueiras e que tinham muito a ver com a minha realidade. Tomei gosto e comecei a escrever poemas. Em seguida, veio a militância política e a luta estudantil, que me despertou o senso crítico e a visão mais politizada.

Eu lia de tudo. De jornais do PCdoB a bula de remédio, rótulos de xampus... Quando descobri a biblioteca pública da cidade, me tornei um leitor inveterado de Carlos Drummond, Castro Alves, Graciliano Ramos, Augusto dos Anjos e muitos outros.

As revistas em quadrinhos, companheiras de meus recreios juvenis, também ajudaram muito no gosto pela leitura. Os desenhos, a linguagem coloquial, os textos curtos e instrutivos, tudo aquilo fez de mim um leitor ávido. Na adolescência, morei numa fazenda onde havia muitas revistas em quadrinhos na biblioteca da patroa. Quando a patroa viajava, eu entrava na casa por uma janela defeituosa e pegava dezenas delas. Depois de ler cada uma, eu voltava, devolvia-as ao local de origem e pegava mais.

7. E quais escritores te incentivaram — mais além — a escrever? Por quê?

A escrita flui à medida que você lê mais. Acredito que um bom escritor sempre foi um bom leitor. É um processo intrínseco. Um depende do outro. Meus primeiros escritos foram poesias e cordéis, numa tentativa de imitar os textos que eu lia. Sempre fui uma pessoa comprometida com a vida, sempre busquei atuar, nunca esperar que a vida me realizasse os sonhos. Construo meus próprios sonhos no dia-a-dia.

Graciliano Ramos tem uma escrita dura, crua, verdadeira, que demonstra o cotidiano do nordestino, do sertanejo. Como bom nordestino que sou, orgulhoso disso, fiquei encantado pelo romance Vidas Secas. Graciliano soube, como ninguém, fazer a denúncia, expor o sofrimento do sertanejo ao mundo. Certamente, este romance me inspirou a escrever, ao denunciar também as mazelas da vida.

Não acredito que o Nordeste seja pobre por causa da seca. O problema do Nordeste é o abandono, é a falta de políticas públicas de inclusão, é falta de seriedade do governo federal e dos governos locais. É a falta de investimento em educação. Como eu disse, é muito mais fácil manipular alguém que não tenha conhecimento, que não seja cidadão pleno. É a política do clientelismo e do coronelismo, que felizmente está sendo dizimada, muito lentamente, mas está.

8. Sua trajetória pessoal não tem uma ligação direta com a internet, mas, mesmo assim, gostaria de perguntar: como vê a atual explosão de autores na Web?

Não podemos ignorar a existência de novas mídias. Eu vejo o surgimento de autores na Web como uma alternativa para quem não consegue chegar às editoras. O mercado editorial é capitalista. Não importa se você é um bom escritor. Importa, sim, se você consegue vender. Como não há muitos projetos sérios que estimulem o novo autor, a maioria acaba partindo para a publicação em site pessoais, blogs etc.

É uma boa saída para a literatura, já que os jovens e adultos que não lêem no papel, podem ser seduzidos pela mágica da telinha de um computador. Além do mais, muitas crianças têm acesso à internet e já podem ser atingidas através desse canal de comunicação.

Eu já ouvi sobre casos de escritores que começaram na internet e acabaram publicando em papel, e também sobre casos inversos.

Não acredito que qualquer leitura é melhor que nenhuma leitura. Por isso eu penso que é necessário os pais terem um controle do que seus filhos vêem na internet. O perigo ronda a todos e em todos os lugares.

9. O livro eletrônico e o acesso amplo à Rede, na sua opinião, podem ajudar a formar mais leitores?

Creio que, enquanto houver um só cidadão analfabeto no país, não podemos respirar aliviados. A democratização da informação se dá de forma muito mais rápida e eficiente através da internet, que consegue alcançar pessoas em todos os cantos do planeta, independente de fronteiras e idiomas. Há tradutores on-line eficientes, que praticamente conectam culturas e povos de qualquer lugar.

O livro eletrônico tem seus atrativos, mas não acredito que somente ele, isolado, mesmo com ampla disponibilidade na internet, seja a solução. Deve-se investir em livros impressos, em internet e livro eletrônico, em programas sobre literatura na TV e no rádio, enfim, temos que cercar o País inteiro com uma ampla rede de incentivadores à leitura. E o ser humano, o contador de histórias, o cantador, o repentista, o cordelista, todas as culturas populares precisam ser incentivadas também. Tem que haver livro de todas as formas, para todos os gostos.

10. Qual a sua mensagem para quem sabe que deveria ler mais, mas que, ao mesmo tempo, não consegue encaixar a leitura entre suas tarefas diárias?

Começar a ler textos curtos. Procurar autores e assuntos que lhe chamem a atenção, ler jornais diariamente, acessar sites culturais na internet, assistir a programas educativos, documentários e entrevistas na TV e no rádio. Enfim, não deixar o corpo mole tomar conta.

Para ir além
Memorial do Inferno


Postado por Julio Daio Borges
Em 15/2/2008 às 12h45

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COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
15/2/2008
13h18min
Muito bom conhecer pessoas como o Valdeck Almeida. A entrevista é um exemplo de que nós, brasileiros, podemos, sim, lutar e vencer na vida, apesar de todos os problemas que os políticos nos causam. Estudar ainda é uma saída muito importante, e exemplos como o do escritor entrevistado merecem ser seguidos. Pena que nossa sociedade nem sempre apóie iniciativas de verdadeira inclusão social. É muito fácil ficar reclamando da sorte, colocando a culpa da derrota nos outros, sem sair do lugar confortável para lutar, lutar e lutar. Parabéns ao Julio pela brilhante condução da entrevista.
[Leia outros Comentários de Roberto Passos Alenc]
15/2/2008
13h21min
Caro Julio, A entrevista ficou muito boa. Obrigado a você e à comunidade literária. Estou recebendo muitos elogios por e-mail, graças à dvulgação que está sendo feita no Digestivo Cultural... Abraços e muito obrigado mais uma vez!
[Leia outros Comentários de Valdeck Almeida de J]
18/2/2008
12h29min
Waldeck! Parabéns pela entrevista e parabéns também, para o Julio, pelas perguntas muito bem formuladas. Abraços! Sérgio Grigoletto
[Leia outros Comentários de Sergio Grigoletto]
18/2/2008
12h32min
Val, vc com sempre, nos dando lições de vida. Que muitas pessoas possam seguir o seu exemplo. Beijo carinhoso. Sucesso sempre.
[Leia outros Comentários de Eliana Barbosa Gonça]
18/2/2008
13h07min
Estou emocionado, me identifico muito com as palavras do Valdeck. Tbm sou do interior da Bahia, meus pais analfabetos, maram numa fazendinha sem energia e eu dos 21 filhos sou o primeiro e unico que está a se formar numa universidade federal, por luta e mérito... quero lembrar aos leitores e ao Valdeck que o governo Lula fez quase nada pela educação e a leitura neste pais, porém, se comparado aos antecessores, ele fez muito e merece o reconhecimento... Acredito que o lula é um homem que tem sim, de verdade, preocupações sociais... Mas infelizmente o governo ñ se resume a ele. Obrigado
[Leia outros Comentários de Amilton do Sacrament]
18/2/2008
13h08min
Eu sempre busquei em poucas palavras definir o que estava acontecendo com o ser humano, hj encontrei: "Houve uma desvalorização do ser humano como pessoa, devido ao capitalismo, ao individualismo. Somos átomos dispersos na multidão, sem cara, sem identidade. Não somos mais um país ou um mundo com rosto. Somos apenas corpos e aparências." Parabéns, Valdeck. Parabéns, Julio. []s... geraldo
[Leia outros Comentários de geraldo trombin]
18/2/2008
13h09min
Parabéns pela iniciativa de valorização literária! Aquele abraço!
[Leia outros Comentários de Anna Karla Lacerda]
18/2/2008
13h35min
Excelente entrevista com o Valdeck, cujas palavras, embora sobre um tema tão difundido nos noticiários, trazem uma grande contribuição à sociedade, abrindo seus olhos para a necessidade de uma maior difusão da leitura entre as crianças, jovens e adultos. Outro tema muito interessante é a falta de políticas de incentivo ao desenvolvimento do Nordeste, região tão rica e tão abandonada do nosso Brasil. E então, senhores políticos? E aí, senhores empresários? Já passou da hora de tomarem alguma atitude, de arregaçarem as mangas, de cumprirem com suas obrigações! Parabéns, Valdeck! E parabéns ao Digestivo Cultura, um site tão antenado com as nossas necessidades informação.
[Leia outros Comentários de Remisson Aniceto]
18/2/2008
13h58min
Realmente Valdeck, a sua visão de vida é bem realista, verdadeira e com certeza suas idéias ajudam muitas pessoas, a leitura é nossa melhor amiga, nunca nos abandona e sempre está pronta a dizer aquilo de que precisamos, na hora certa. A nossa maior riqueza ainda é saber ler.
[Leia outros Comentários de Nara ]
18/2/2008
14h00min
Perguntas interessantes, respostas interessantes. Realidade bem mostrada, por sinal. Muitas crianças e jovens têm tido problemas com a leitura, justamente por verem tal hábito como uma obrigação e não como prazer. Com o surgimento de notebooks, desktops, o hábito da escrita também vem se perdendo, por eles acharem que é mais fácil resolver tudo isso pelos meios digitais, imprimindo depois... Há muito a se fazer ainda pela cultura, além dos incentivos dados, tais quais o Valdeck ou a Editora Andross têm feito com autores novatos. Tal iniciativa também tem que partir do governo e, ainda, dos pais. Mesmo assim, parabéns Valdeck e Julio.
[Leia outros Comentários de Rubia Cunha]
18/2/2008
14h46min
Excelente entrevista, um tapa de luva de pelica na cada dessa sociedade hipócrita, e a prova de que a leitura (o saber) é o caminho para a transformação de vidas, e para o exercício da tão falada cidadania. Um abraço, poeta!
[Leia outros Comentários de Vera Leite]
18/2/2008
14h52min
Valdeck é um exemplo de determinação. É uma pena que, nos dias de hoje, um bom exemplo como este, encorajador e pautado na boa educação, seja tão raro neste País. Parabéns, Valdeck.
[Leia outros Comentários de glauco]
19/2/2008
02h33min
Meu amigo escritor e poeta Valdeck: esta entrevista está simplesmente maravilhosa. É a pura realidade. Parabéns! Ao ler o que você disse sobre ter estudado desde cedo em escola pública na Bahia, me lembrou um amigo, também da Bahia: João Justiniano. Os dois são guerreiros e heróis, lutadores e vencedores. Pessoas assim como vocês merecem aplausos! Também concordo com relação à máxima de Monteiro Lobato: um pais se faz com homens e livros. Cada dia que passa, fico mais fã! Beijos. Vera Sarres
[Leia outros Comentários de Vera Sarres]
19/2/2008
10h42min
Parabéns pelas palavras de incentivo aos dois lados desta moeda, a "literatura". Tb. recebi na escola pública um importante apoio. Os verdadeiros professores de literatura são como flores de lótus e, assim como vc, eu tb encontrei os meus no meio do lodo...
[Leia outros Comentários de Luiza A Mendo]
19/2/2008
13h39min
Perguntas muito bem elaboradas e tema imprescindível. As respostas não poderiam estar mais à altura, mas, enfim, foram dadas por Valdeck Almeida de Jesus! Parabéns por mais um excelente texto!
[Leia outros Comentários de Aline Vitória]
21/2/2008
15h36min
E acrescento: Não somente muitos dos homens públicos, mas também muito da população em geral coloca o estudo em último lugar na lista de prioridades (quando o colocam). Preferem esperar que dias melhores caiam do céu.
[Leia outros Comentários de R. Fernandes]
22/2/2008
20h14min
Fantástica sua entrevista, Valdeck. É isso mesmo, se quisermos que o Brasil seja desenvolvido, é necessário urgentemente investir em educação, e isso é exemplificado pelos países desenvolvidos. Não Portugal, claro, que nos afundou num atraso secular, mas Estados Unidos, Inglaterra, Suécia, Noruega, Holanda... nesses países professores e escritores, incluindo nós, poetas, são ricos e sobrevivem apenas da produção textual. Os professores por sua vez também são muito valorizados, e tudo isso deve-se ao fato de que deve-se investir não apenas na educação, mas também na cultura, pois um país sem leitores é um país fadado ao analfabetismo.
[Leia outros Comentários de Rodrigo Cézar Limeir]
25/2/2008
22h09min
Destaco de sua entrevista, Valdeck, a idéia de que um bom escritor é um bom leitor. Bons leitores ajudam, como você fez, as gerações de nossos pais (que não tiveram a oportunidade de estudar na juventude) a também descobrirem o prazer da leitura. Um abraço do J.B. Donadon-Leal
[Leia outros Comentários de J.B. Donadon-Leal]
29/2/2008
16h01min
Grande Waldeck! Parabéns pela entrevista, suas respostas são muita inspiradas e muito inspiradoras! São pessoas como você que nos fazem continuar crendo no poder da leitura (e da escrita), e na capacidade de superação do povo brasileiro! Forte Abraço!
[Leia outros Comentários de Alexandre Lobão]
21/5/2013
13h09min
Parabéns Valdeck... Você merece essas e muitas outras oportunidades de ser entrevistado porque és um um grande escritor e acima de tudo um mestre na área de dar chance para que novos talentos como eu ganhe um espaço na literatura.
[Leia outros Comentários de Daniela Schaun ]
21/5/2013
13h21min
Mandou bem, poeta.Parabéns! Abraço Silas
[Leia outros Comentários de Silas Santos]
21/5/2013
14h14min
Muito boas a postura e a atitude de Valdeck. Sua história de vida eu sabia aos fragmentos e agora tenho uma visão mais clara de sua trajetória difícil o que valoriza ainda mais o que ele tem feito. Participei de um de seus projetos de publicação de inéditos o que foi muito gratificante. Procuro incentivar alunos de cursos superiores de engenharia a lerem mais e é interessante o paradoxo: há os que nem ouvem e aqueles que já estão imersos em um processo de descoberta do mundo literário. Ainda esses são grande minoria frente àqueles, mas continuemos o trabalho. Parabéns pela entrevista bem conduzida.
[Leia outros Comentários de Adilson Roberto Gonç]
21/5/2013
15h30min
Merlin Magiko: "A ignorância é o adversário das obras e artes" Graça ao poder da escrita e da leitura hoje eu pude criar o meu mundo, fora do stress social que aflige a minha realidade ( Angolana), onde muitos jovens gastam mais tempo a beber, do que ler ou escrever, porque para muito é desperdício de tempo, e o governo, parece incentivar esses jovens, abrindo mas fábricas de cervejas e reduzindo as universidades e escolas pública. Foi só uma pequena abordagem que fiz acerca da minha realidade! Agora, quero deixar a minha mensagem de coragem ao Valdeck Almeida, que continua com o seu projecto social, pois estas salvando muitas vidas, e abrindo mentes, hoje o teu projecto ultrapassou e ultrapassará fronteira, e acredita que os bons ventos viram. Muita força nessa luta, paz e amor! Estamos juntos!
[Leia outros Comentários de Merlin Magiko]
21/5/2013
17h29min
Olá amigo Valdeck! Nada é mais gratificante que saber notícias felizes dum amigo realizado como você,cuja história de vida, enche nossos olhos e corações de orgulho, por saber que gente como você, faz toda diferença nesse nosso mundo perdido, desorientado e tão equivocado quanto aos valores autênticos do espírito eterno...Obrigada por você existir,com sua luta de guerreiro da luz em si e nas vidas de todos que o seguem.Parabéns, querido amigo, oro por você e serei grata em todos a minha vida, pela chance que você me deu, acreditando no meu potencial, deixando-me bem mais feliz hoje e certamente amanhã.Viver assim, como você é ser feliz,fazendo a felicidade dos outros, semeando amor e luz, gerando flores e perfumes nos seus caminhos brilhantes.Grande abraço e bjs meu amigo, que Deus lhe guie!Bela entrevista e o Júlio a conduziu brilhantemente,parabéns também!
[Leia outros Comentários de Marne Pimentel]
21/5/2013
18h08min
Valdeck, achei excelente sua entrevista, sua vida é exeplo de superação, é espelho para varias pessoas... como você mesmo colocou que "existe tempo para tudo" então porque não reservar um pouco ou muito desse tempo para leitura, você é um exemplo para esses pessoas não dei desculpa para não ler... parabéns e sucesso!
[Leia outros Comentários de Paulo Balôba]
21/5/2013
23h31min
Parabéns, Valdeck. Sábias Palavras. Serviram de alerta e de incentivo para todos nós. Obrigada.
[Leia outros Comentários de Ana Claudia]
26/5/2013
15h19min
Parabéns pela persistência! Parabéns pela defesa da 'Palavra' lida, pois é justamente a 'Palavra' que nos torna mais humanos. Francisco Correia
[Leia outros Comentários de Francisco Correia]
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