Fazendo trocadilho com o título de um romance de Cormac McCarthy, é com pesar que venho postar esta pequena nota sobre o falecimento de Paul Newman, um dos maiores atores que este mundo já viu. Ou não, porque muita gente, os mais jovens, na verdade, sequer o conhece.
Não serei hipócrita e dizer que assisti a vários filmes com Newman. Que me lembre claramente, assisti a apenas um, o genial e incompreendido Estrada para a perdição (que tenho em DVD e assistirei novamente hoje ainda), pelo qual Newman poderia facilmente ser indicado para o Oscar de melhor ator coadjuvante, como bem diz o obituário que o IMDB fez para ele.
Conheço mais Newman de vê-lo em entrevistas no programa do David Letterman e no Inside the Actors Studio. E a lembrança que fica é a de um homem gentil, íntegro, talentoso e, por que não, ambicioso, ousado e aventureiro (ele era sócio da equipe Newman-Haas Racing, cujos carros correm na Fórmula Indy).
Outro projeto pessoal do ator é a Newman's Own. Uma linha de alimentos criada com o objetivo de reverter todos os lucros da empresa para instituições de caridade.
Caros Rafael e leitores, eu não me lembro quem disse esta frase (talvez um poeta por ocasião da morte de Guimarães Rosa ?!): "Ele não morreu, ele está encantado." É só o que posso afirmar sobre a morte de uma pessoa querida.
Abraços do
Sílvio Medeiros.
Campinas, é primavera de 2008.