Não sei o que é mais difícil: voltar a escrever ou voltar simplesmente.
Voltar atrás às vezes, o que requer uma certa dose de coragem.
Voltar no tempo, passeando por fotografias que a memória sempre revelou, ou parada diante de fatos que a memória desnuda, expõe com uma quase violência.
Voltar ao começo para ter certeza de que valeu a pena.
Voltar, apesar de ter dito que jamais o faria.
Voltar a folhear velhos livros, cartas, rascunhos e anotações que se julgavam propositadamente perdidas.
Voltar a ouvir medos que haviam dormido e encarar rostos familiares e envelhecidos; voltar a conversar com Deus e a brigar com Ele também.
Voltar ao silêncio incômodo e preciso, voltar a ouvir a voz própria em alto e bom som.
A volta incomoda, mas decidi voltar a enfretá-la.
Suzi Hong, que re-voltoueste ano, via Orkut (porque o aniversário dela é dia 9 de fevereiro...).
O regresso sempre traz... o toque na porta, o som de "eu voltei... e agora pra ficar!", a alegria de quem viu a poeira da estrada, caindo nos olhos, e forma uma pasta, ao sentir que estava chorando... A volta pode ser dramática, mas pode ser feliz, como o bolo de Suzy Hong, e a idéia de dizer "Feliz aniversário"... e que outras festas possamos compartilhar blogando!
Toda volta é um novo começo e, para isso, precisa-se de coragem e confiança para recomeçar. Ficar parado no tempo é como se fosse uma estátua isolada, sem cor, sem perfume, sem vida. Portanto, é melhor viver. Concorda?