Ontem assisti ao Rede Mídia, na Rede Minas. Valeu a pena porque o filósofo convidado estava ótimo, consistente e valente diante daquela moça que tentava, aos tremores, se segurar no velho modo de fazer jornalismo. Ahá! A discussão (inclusive no Twitter) sobre o blog da Petrobrás vale a pena pelas entrelinhas dela, mais do que por qualquer outra coisa. E o papo de que o diploma de jornalismo caiu? Será que vão todos migrar para a Publicidade? Será que os jornais (em qualquer meio) vão melhorar? Será o Benedito? Não sou jornalista diplomada e sempre senti a força da reserva de mercado. Será que sentirei menos? José Eduardo Gonçalves, ao final do programa, disse tudo: "a coisa mudou, gente". Não foi bem com estas palavras, mas era isso. As aspas são sacanagem minha, assumo. A coisa mudou, gente. No entanto, é necessário esclarecer: não é porque está mudando que o que é ruim ficará bom. A melhora do jornalismo não se restringe à contratação de técnicos em informática, ok? Nem a abrir uma conta no Twitter, que é a bola da vez. Ser bom jornalista é muito mais. E mesmo quando as faculdades de jornalismo eram necessárias para emitir diplomas, formar bons jornalistas ultrapassava muito o que se oferecia lá, como em qualquer outra profissão. O que é formar bons médicos? Bons professores? Bons engenheiros? Bons nutrólogos? É muito mais, muito mais dedicação, de quem forma e de quem é formado. Bacana ver essa discussão assim tão acesa. Bom sinal. Quando as pessoas nem se incomodam é que é osso.