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Quinta-feira,
19/12/2002
Henrique Meirelles
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Henrique Meirelles, o novo presidente do Banco Central, foi paraninfo (ê, palavrinha) da minha turma na Poli, em 1997. Não lembro de quem foi a idéia de chamá-lo, mas tenho a impressão de que surgiu na nossa sala. (Desiludidos com a engenharia, muitos já se encaminhavam para o mundo dos bancos, ainda antes de se formar.)
Também não sei se foi o Brisac (estou meio vago hoje), mas agora me ocorre o seu comentário. Como alguém também sugeriu o nome de Fernando Henrique Cardoso para paraninfo (maldito cacófato), o Brisac fez piada dizendo que seria uma idéia melhor, pois o presidente da República do Brasil deveria ser menos ocupado que o presidente mundial do Bank Boston. Mais fácil encaixar FHC na agenda de Henrique Meirelles do que o contrário. (Outro dia, lendo o jornal, soube que eles finalmente se encontraram, e conversaram. O Brisac estava certo: um teve que se aposentar; o outro, que eleger seu sucessor.)
Vão me perguntar do discurso na formatura, mas eu me lembro (também) muito pouco. Estava tão atordoado com o cerimonial, a roupa e a "coreografia" que, confesso, não prestei muita atenção. Meirelles tinha uma voz de trovão, que ecoava pelo ginásio do Ibirapuera afora (o som de lá é, sempre, horroroso). Enfim, ele falou algo sobre a sua carreira (fez uma retrospectiva) e alguma coisa também sobre focar-se em resultados (hoje, um chavão).
Depois soube mais detalhes sobre o Henrique Meirelles jovem, graças ao padrinho da Carol. Eles foram colegas de Poli (sempre ela) e parece que o nosso presidente do Banco Central era um desleixado que, no auge da indumentária hippie, aparecia na última hora, antes da prova, atrás de cola ou de alguém para colar. A história sugere um certo folclore, do sujeito genial que foi um rebelde, etc. e tal - mas é verdade. Anos depois, numa reunião de formatura, o mesmo tio da Carol conta que Meirelles apareceu de barba feita e cabelo cortado, quando todo mundo, intimamente, se perguntou: - "Quem é esse cara?"
Há ainda uma terceira ou quarta história, sobre o nosso novo presidente do Banco Central. É de um colega dele, de Bank Boston, da área de Leasing, onde mundialmente se consagrou. Infelizmente ainda preciso investigá-la. Até porque este texto já está bastante longo e eu não quero sobrecarregar o Blog. Fica para a próxima.
Postado por Julio Daio Borges
Em
19/12/2002 às 18h46
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