No último final de semana, assisti ao filme Another Earth, que, embora não seja um filme extraordinário, exemplifica como um drama razoável - muito bem dirigido e com ótimos atores - pode tornar-se um bom filme de ficção científica de baixo orçamento. Ou o contrário: como um razoável filme de ficção científica de baixo orçamento pode tornar-se um bom drama. O argumento traz como pano de fundo o paroxismo da velha ideia do duplo: em vez de um outro personagem idêntico ao protagonista, surge no céu um duplo do planeta inteiro, uma Terra contendo os mesmos continentes, as mesmas cidades e, para angústia da população terráquea (aliás, qual seria a população terráquea original?), contendo provavelmente o duplo de cada um de seus habitantes. Mas, enfim, não é disso que quero tratar.
O caso é que, ao comentar a respeito no Twitter, recebi uma mensagem de Natalia Paruz, que participou da trilha sonora do filme. Ela, que toca "serra musical", executa uma composição de Scott Munson homônima ao filme. (Veja a cena e ouça a música aqui.)
Veja e ouça também, abaixo, Natalia Paruz tocando no metrô de Nova Iorque.
A música tema de Star Trek:
"1905", de Eyal Bat:
Sem dúvida, a serra musical de Natalia resume da melhor maneira possível o clima do filme.