O Conflito do Oriente Médio | Heitor De Paola | Digestivo Cultural

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Terça-feira, 9/4/2002
O Conflito do Oriente Médio
Heitor De Paola
+ de 36500 Acessos
+ 33 Comentário(s)

Ao abordarmos os recentes acontecimentos entre israelenses e palestinos devemos sempre pensar não no conflito do Oriente Médio, mas na atual fase de um conflito milenar. Isto, no entanto, nos levaria a um tratado: basta mencionar que aquela região está conflagrada há milênios e é interessante de se notar que é uma região árida, sem nenhum atrativo econômico nem atributos naturais - Golda Meir costumava dizer que Moisés tinha feito os judeus caminharem anos pelo deserto para os levar à única parte daquela região que não possui petróleo. Mesmo assim tem exercido imensa atração em diversos povos, sendo sede principal, a Terra Santa, de duas religiões e secundária de uma outra - não por coincidência as três grandes religiões monoteístas. É claro que devemos pensar na força dos mitos de origem e na relação entre estes e o local geográfico. Mas isto seria um outro artigo.

Iniciei por aí porque a maioria das opiniões que tenho lido ou ouvido não levam em conta estes fatos históricos e parecem se basear exclusivamente num presente nebuloso e conflituoso quando as posições ideológicas imperam sobre a razão e um estudo, ainda que superficial, da História. Parece que tudo começou com a atual intifada. Pois bem, o espaço não me permite senão comentar estas observações, deixando para uma outra oportunidade um aprofundamento histórico da questão.

Mesmo se cingindo à atual situação, a maioria dos comentários está baseada em algumas falácias e, tomando-as como premissas incontestáveis, chega a conclusões fantasiosas.

A primeira falácia é a que diz que a atual fase de violência deve ser atribuída à eleição de Ariel Sharon para Primeiro-Ministro de Israel e seu passeio em solo sagrado para os Muçulmanos. Nada mais falso: Sharon não é a causa, mas a conseqüência de um estado de desilusão dos israelenses após o fracasso de vários planos de paz sistematicamente desrespeitados por Yasser Arafat e as organizações palestinas. Sharon foi eleito após a rejeição dos acordos com Ehud Barak com o apoio entusiástico de Bill Clinton. Nesta reunião Barak ofereceu restituir 95% das terras ocupadas. Jamais um líder israelense tinha chegado a tanto sem nem ter certeza de contar com o apoio da maioria do eleitorado ou do Knesset. Arafat tergiversou e os ataques de homens-bomba, hoje claramente identificados como seus agentes, não só continuaram como se intensificaram.

A segunda falácia é dizer que o conflito só se resolverá com o afastamento de Sharon. A tese é sedutora, mas a recíproca não é verdadeira: quem sugere o afastamento de Arafat é logo acusado de querer afastar "o único legítimo representante do povo palestino". Bem, então Sharon não é o legítimo representante do povo de Israel? Vejamos como um e outro chegaram ao poder. Sharon foi eleito num processo claramente democrático e pode, a qualquer momento, perder a confiança do Knesset e ter que renunciar. Alguém tem notícias da eleição de Arafat? Há uns trinta anos ele é o "legítimo representante do povo palestino" sem jamais ter sido eleito através de processos democráticos. Alguém tem notícias de algum Parlamento Palestino escolhido em eleições limpas e periódicas, como as de Israel? Não será Arafat que deve ser removido?

A terceira falácia é a que diz que só uma intervenção externa poderá conduzir a um processo de paz. Aqui chegamos a uma dúvida e a dois fatídicos desdobramentos. A dúvida é: quem deve intervir? Alguns dizem que deve ser os Estados Unidos da América e criticam o Governo Bush por ter ficado na espera. Estaria muito bem se não fossem exatamente estas pessoas que vivem condenando a interferência americana nos conflitos do mundo. O que? Agora devem? Como pode? Por que agora, quando Israel finalmente resolveu se defender, e não antes, quando os homens-bomba matavam diariamente dezenas de israelenses? Parece ser este o destino ao qual os "pacifistas" condenaram o povo de Israel: apanha, morre e não reclama! Este o primeiro dos desdobramentos fatídicos.

Outros dizem que deveria haver uma intervenção das Nações Unidas, alguns, mais afoitos, recomendam que ambos os Governos deveriam ser destituídos e substituídos por uma "Força Internacional de Paz". A meu ver, esta sugestão faz parte de uma estratégia, já em curso acelerado, de chegar a algum tipo de Governo Mundial que destruiria as culturas nacionais, os interesses regionais, em nome de uma paz fictícia, baseada exclusivamente na vontade de uns poucos, uma espécie de pax mundi, tão sonhada em livros de ficção futurística. No entanto, mesmo nestas, o mundo é sempre retratado como um lugar de seres achatados e sem vontade própria. Nada melhor para estabelecer uma ditadura do que um Governo Mundial. Este, a meu ver, o mais fatídico dos desdobramentos, pois atingiria toda a Humanidade num domínio delirante de alguns poucos.

Eliminando-se as falácias pode-se chegar a outras conclusões. Não parece haver nenhuma sinceridade da parte de Yasser Arafat. Enquanto sua meta final é "jogar os judeus no mar" ele vai iludindo todas as potências ocidentais de que quer a paz e uma real divisão da Palestina entre Judeus e Árabes. Enquanto isto, Arafat vai usando as facções radicais (Hamas, Hizbolah, Jihad Islâmica), das quais é patrono e mentor, para aterrorizar Israel com homens-bomba e carros-bomba, enquanto nos meios diplomáticos mundiais alimenta uma posição de pacifista e vítima. Logra confundir o legítimo direito dos palestinos de terem suas terras com a jihad contra Israel. Manobra tão bem urdida que a poucos é dado perceber a confusão proposital de que se nutre*. Terra aos palestinos? Não creio que Israel seja contra isto. Mas terra aos palestinos e continuar a receber diariamente homens-bomba? E sem nenhum protesto internacional? Quem gostaria? Peço que o leitor pense se gostaria de viver com a perspectiva de ser submetido a isto para sempre.

Pois bem, acho que a eleição de Sharon foi conseqüência da desilusão dos israelenses com a política de contemporização dos seus anteriores líderes. Foi um basta. Acho emblemática a frase de Sharon de que Israel não seria a Tchecoslováquia de 38, a qual foi entregue à sanha de Hitler pelos pacifistas Halifax e Daladier e acabou em Auschwitz.

A atual ofensiva das Forças de Defesa de Israel visa, a meu ver, estabelecer uma Paz mais real e definitiva, baseada na destruição dos principais centros de terror na área palestina. Quem é contra isto é porque não admite que o povo Judeu finalmente resolveu não aceitar mais a posição que lhe tem sido reservada: a de carneirinhos que se deixam levar sem luta aos fornos crematórios.

* depois de ter escrito esta frase tomei conhecimento do artigo 'Duas Guerras' de Amos Oz, com o qual estou de inteiro acordo.


Heitor De Paola
Rio de Janeiro, 9/4/2002

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01. Tecnologias e borboletas de Ana Elisa Ribeiro
02. Pastelão literário na terra do Nobel de Tais Laporta
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COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
9/4/2002
09h43min
Heitor Teu texto me parece bem intencionado,mas uma pergunta merece resposta. Quem quem a deu a Israel o direito de montar 202 colônias dentro da Cisjordânia?
[Leia outros Comentários de pedroservio]
9/4/2002
12h22min
Heitor Achei excelente o teu artigo. Lúcido e verdadeiro. Com respeito a Arafat penso que ninguem poderia ter prejudicado mais os palestinos do que ele. Presos à miséria de uma liderança estúpida, acabou por validar o suicídio de seus deprimidos, oferecendo a eles um martírio glamourizado. Parabens.
[Leia outros Comentários de Waldemar Zusman]
9/4/2002
16h16min
Discordo que a "ofensiva das Forças de Defesa de Israel visa a estabelecer uma Paz mais real e definitiva, baseada na destruição dos principais centros de terror na área palestina." Essa diretriz implicaria em que o quartel-general do Arafat é um centro de terror. E, portanto, já deveria ter sido destruído pelo bem da paz. Não, não é por aí. Não vejo Ariel Sharon motivado pela Paz, mas sim em vencer um conflito, pois é um militar; ele foi treinado para ver e interpretar a realidade de uma forma bélica. A atual ofensiva nos territórios palestinos é uma resposta direta aos atentados suicidas, não uma busca da paz. O que Israel deseja é inviabilizar o diálogo, isolando e, se puder fazê-lo impunemente, destruindo o interlocutor. Sharon acredita que quebrando Arafat (física ou moralmente) quebrará a unidade palestina ou desorientará o povo palestino, fazendo-o mais facilmente se render a Israel. Isso é hipotético, mas Sharon acha que acontecerá. Então, nessa lógica, onde o discurso é de guerra aos terroristas para alcançar a, conclui-se que terá de destruir tudo que é potencialmente terrorista, inclusive escolas de crianças, as quais um dia poderão vir a ser terroristas. Isso é almejar algum tipo de paz real e definitiva? Nessa lógica não há um resultado equilibrado, mas apenas a destruição da Palestina inteira. E, no final, para os espanto geral, terá arrasado o povo palestino e, de quebra, despertado todos os vizinhos numa guerra generalizada. Isso é um projeto estranho de paz. Acho que nem o próprio Sharon sabia originalmente quando iria parar a destruição – agora está freando um pouco, por influência externa, porque Bush elevou a voz, pedindo a retirada dos territórios. Se Sharon quisesse a paz, ele daria o que os Palestinos querem. Isso seria lógica (utopia, também), mas obviamente uma negociação com vistas à paz seria mais realista. E não parece haver paz no fim deste túnel. Portanto, não creio que a paz não está por trás das intenções de Sharon.
[Leia outros Comentários de Antonio Oliveira]
9/4/2002
16h33min
Errata. A última frase de meu comentário acima tem um "não" a mais. Leia-se: Portanto, não creio que a paz esteja por trás das intenções de Sharon.
[Leia outros Comentários de Antonio Oliveira]
9/4/2002
21h36min
Caro Heitor : Através de uma amigaem comum, Maria Ines Carneiro , tive a grata satisfação de ler seu artigo sobre a situação no Oriente Medio, você mostra um conhecimento de causa incrivel e um discernimento total da situacão vigente por lá.Do muito que já li até agora, penso que o que você diz é o mais lúcido, inteligente e tristemente verdadeiro , sem conotação alguma de parcialidade ou proteccionismos bobos. Golda Meir disse muitas coisa inteligentes e pertinentes e uma delas diz respeito a situação que se vive por lá : "o dia que os palestinos amarem a seus filhos mais do que odeiam ao Estado de Israel , aí sim haverá Paz em Israel ". Isso é dito meio como um chiste , mas é a mais clara e simples idéia do que se passa por lá. Concordo ipsis-leteri em tudo que você diz e gostaria muito de poder enviar a meus amigos e filhos o seu artigo. Meus filhos vivem em Israel e sabem dessa dura realidade, do que é querer viver , crescer e deixar os outros também viverem , pois sempre foram do movimento "Paz Agora" , mas hoje está difícil querer alguma coisa. A Paz sempre foi perseguida e como você bem disse , nunca algúem quis dar tanto aos palestinos , como o Barak e o que ele teve ? O recrudescimento da Intifada e suas trágicas consequências com tantas perdas para ambos os lados . Quando meu primeiro neto nasceu em Israel (tenho tres) pensei, de verdade, que talvez ele já não tivesse que servir e quem sabe o serviço militar já pudesse até ser facultativo. Quanta ingenuidade a minha , mas isso foi há quase nove anos atrás e tanta coisa se passou... Agradeço , poder ler suas sensatas e verdadeiras mensagens e espero sempre poder lê-las e passá-las adiante. Obrigada e continue iluminando as pessoas com sua verdadeira e clara luz, sua mais nova leitora e admiradora, Beti Mayer
[Leia outros Comentários de Beti Mayer]
10/4/2002
01h45min
Concordo com você Antonio Oliveira. É quase insano pensar que uma ofensiva como a posta em prática pelo exército isrelense possa trazer a paz. A única maneira de Israel conquistar a paz através de uma ação militar, é aniquilando cada palestino e cada simpatizante da causa pelestina. Atacar, invadir e matar, mesmo que seja de forma seletiva como o exército israelense vem afirmando, não vai gerar nada de "construtivo", em especial para o povo israelense. Sharon pode até pensar ter cumprido seu dever, mas uma retaliação é quase óbvia se sobrar algum palestino em pé. E como um genocídio palestino não pode ser cogitado, Israel no fim das contas piorou sua situação com a investida militar. A tranquilidade, nem vou usar a palavra paz, é quase inviavel agora. Até a questão dos balcãs era mais solucionavel do que o conflito Israel-palestinos. Tenho lido aqui textos que colocam a ação militar de Israel como uma resposta aos ataques terroristas, mas não é bem assim. Todos nós acompanhamos que a situação foi se alimentando nos atos de violência dos dois lados. A cada ataque terrorista palestino, Israel contra-atacava, e a bola de neve foi se formando. Acredito que o grande erro de Israel foi ter mantido os assentamentos em áreas da Csijordânia e ter retaliado os atentados com força militar extrema, bombardeando prédios nas cidades palestinas por exemplo. Isso só inflamou os ânimos de jovens palestinos desiludidos. O governo israelense precisa urgentemente perceber que deve fazer conseções, se pretende que seu povo viva com certa tranquilidade. Se continuar a lutar por todos os territórios que deseja possuir, a guerra jamais vai cessar.
[Leia outros Comentários de Pedro Ghirotti]
11/4/2002
10h23min
Heitor, já q vc não respondeu minha 1a pergunta (talvez por irrespondível), vai aí a 2a e última. Com q intenção (na sua opinião, claro)Israel montou 202 colônias em terras estrangeiras?
[Leia outros Comentários de pedroservio]
11/4/2002
11h50min
O servidor do comentador pedroservio retornou minha resposta com um 'endereço inexistente'. Deve ter havido algum engano e, para que não fiquem dúvidas de que a pergunta é respondível, Aqui vai a resposta que não chegou: Caro pedroservio Quem deu direito aos palestinos de ensinarem às suas crianças que ser homem-bomba leva ao Paraíso com 70 virgens? Quem deu direito ao Al Qaeda de destruir as torres do WTC? Quem deu direito aos americanos de invadirem o Afeganistão? A sua pergunta é racional mas numa situação de guerra nada é racional. Mas quem disse que Israel não devolveu as colônias? Foi isto mesmo que o Barak ofereceu e foi recebido a tiros pelo Arafat, que intensificou os ataques de homans-bomba!!! É claro que as colônias deverão fazer parte de uma futura negociação de paz e é um ponto em que Israel terá que ceder novamente, para ganhar em outros. Mas não para levar chumbo outra vez. Grato pela atenção ao meu artigo. Heitor
[Leia outros Comentários de Heitor De Paola]
11/4/2002
12h35min
Mais uma vez não foi. Transcrevo abaixo a resposta do servidor na esperança de que o comentador, sem resposta, retorne ao site e reclame para o seu servidor. Heitor The original message was received at Thu, 11 Apr 2002 11:48:44 -0300 from hm39.locaweb.com.br [200.182.98.139] ----- The following addresses had permanent fatal errors ----- (reason: addressee unknown) ----- Transcript of session follows ----- [email protected]... User unknown 550 5.1.1 ... User unknown
[Leia outros Comentários de Heitor De Paola]
11/4/2002
12h48min
Meu caro Antonio Oliveira Em primeiro lugar, grato pelo extenso comentário ao meu artigo, o que só me enobrece, embora tenhamos posições bastante opostas quanto ao assunto. Aí vão as respostas: 1. Que o QG de Arafat é um centro de terror não parece restar dúvidas, depois dos documentos encontrados por lá e em outros lugares comprovando o pagamento feito por Arafat para o Hamas e outros. Ironicamente, em Shekels! Já destruir o QG teria sido, isto sim, um ato de estupidez inimaginável. 2. Não tenho a intenção de saber quais os motivos do Sharon, o que eu comentei foi baseado na existência num Estado Democrático em Israel, no qual, conseguidos os objetivos que levaram Sharon ao poder, o eleitorado pode despacha-lo para um justo descanso e eleger alguém mais adequado para negociações, Shimon Peres talvez? Assim aconteceu na Inglaterra: Churchill era a única saída em maio de 1940, e não os apaziguadores Halifax e Chamberlain. Terminada a guerra, thank you Sir Winston, we don't need you anymore. Já pensar que um militar só vê a realidade de uma forma bélica é negar, p. ex., que Eisenhower - de cujos dotes militares ninguém pode duvidar - conseguiu conduzir o governo num mundo atribulado e a única guerra que lutou foi causada pela invasão da Coréia do Sul pela do Norte e, mesmo assim, despachou o grande herói MacArthur quando ele 'pensou belicamente demais'. Por outro lado, o civil e pacifista Kennedy arrumou um monte de trapalhadas, inclusive iniciar o atoleiro do Vietnam. 3. Qual a escola de crianças foi destruída na Palestina na atual ofensiva? Se houve alguma deve ter sido side effect. Por outro lado, quantas crianças e adolescentes israelenses foram exterminados de propósito com os Shekels enviados pelo Arafat? Com o agravante de que quando um exército regular avança todos vêm e sabem que estão expostos e, portanto, podem se defender. Já um ataque terrorista é de surpresa e por isto, muito mais cruel. 4. Você diz que se Sharon quisesse a paz ele daria o que os Palestinos querem. Mas o que os Palestinos querem, afinal? Em primeiro lugar, os Palestinos em sua maioria provavelmente querem a paz mas não os liderados por Arafat. Barak, aliás outro duríssimo militar, o mais condecorado de Israel, cedeu tudo, devolvia até todas as colônias. E qual foi a resposta? Mais ataques e reforço da Intifada. Então o que Sharon poderia dar? Todo o território de Israel, como parece que é o que Arafat e seus cúmplices querem de verdade? A palavra é sua. Continuo à sua disposição para continuarmos o debate. Heitor
[Leia outros Comentários de Heitor De Paola]
11/4/2002
12h51min
Caro Ghiroti Quanto ao site não é verdade que só publique artigos favoráveis a Israel. O último, de Pedro Paulo Rocha, era justo o oposto. Quanto ao Governo Mundial: espero ter tempo para escrever e espaço para publicar um artigo em que detalhe isto melhor. Por agora posso dizer que quando você menciona a intervenção nos Bálcãs só dá razão à minha tese que a coisa já está em andamento. A ONU se mete em tudo, uma tal Mrs. Robinson vem ao Brasil e diz como devemos nos comportar; a Conferência de Durban, que eu chamo de Conferência Racista de Durban quia ditar normas a todos os países do mundo; a UNESCO se acha no direito de dizer o que é ou não cultural; estabelece-se até um Tribunal Internacional, etc. Só falta o Exército Internacional. Quem o comandará? Será melhor uma pax mundi do que a resolução bilateral de conflitos? Uma das melhores soluções de conflito foi conseguida pela mediação brasileira entre Equador e Perú, sem nenhuma força internacional intrometida. Grato pela atenção. Heitor
[Leia outros Comentários de Heitor De Paola]
11/4/2002
13h00min
Caro Heitor, continuo esperando sua resposta. Ao invés de me responder vc me "entupiu" de perguntas. Será q terei de responder todas antes de merecer tua resposta? Sua posição é ,no mínimo, pouco elegante, eu perguntei primeiro. Fortaleci-me na crença de q, se esta pergunta tem alguma resposta razoável, nem eu nem vc a conhecemos.
[Leia outros Comentários de pedroservio]
11/4/2002
13h02min
Caro Heitor, gostaria de deixar registrado aqui minha admiração pelo seu artigo, por sua inteligência, paciência e capacidade didática em expôr os problemas entre Israel e Palestina. Junto com os textos do Rafael Azevedo e da Daniela Sandler, contribui para iluminar a ignorância de muitos e alimentar a inteligência de poucos. Muito obrigado.
[Leia outros Comentários de Fabio]
11/4/2002
14h58min
Caro Ghirotti (re. Comentário # 7) Este seu comentário não é dirigido a mim, mas como se refere ao meu artigo, sinto-me do dever e direito de aduzir algumas idéias. 1. Você diz que é quase insano pensar que uma ofensiva militar, como a posta em prática pelo exército israelense, possa trazer a paz. Pois bem, aqui vão algumas outras situações para as quais peço sua avaliação de sanidade: - Foi insana a ofensiva dos Aliados contra a Alemanha e a Itália, e no Pacífico contra o Japão, na última guerra mundial? Dever-se-ia, para manter a sanidade, permitir que o Eixo se expandisse ao infinito, até tomar conta de todo o planeta? - Foi insana a pronta resposta militar de Mrs Tatcher nas ilhas Falklands/Malvinas, contra a aparentemente sadia invasão Argentina? Segundo seus critérios de sanidade, provavelmente sadia foi a atitude do então Prêmio Nobel da Paz, Lopez Esquivel, e mais um milhão de porteños, que compareceram à Plaza de Mayo para saudar um General Galtieri visivelmente embriagado. Será coincidência que hoje sadio é o outro Nobel, Arafat? Pobre Sr Nobel, deve estar se torcendo em seu túmulo! Se a humanidade fosse 'sadia', jamais se levantaria contra tiranos e terroristas, o que aliás está de acordo com seu comentário acima no qual você deixa entrever uma mal disfarçada admiração por três ditaduras atuais, Cuba, China e Coréia do Norte. Se este é o preço, viva a pax americana! No fim, haveria paz e Hitler, Mao, Stalin, Fidel e tutti quanti receberiam o Nobel da Paz. 2. Nada implica que uma ofensiva militar leve necessariamente ao aniquilamento total do inimigo, inclusive da população civil. A 'sanidade' dos Alemães é que levou à quase total destruição de seu País, o mesmo tendo ocorrido no Japão. Se eles tivessem agido como os Italianos (de quem, presumo pelo seu sobrenome, ambos descendemos), que penduraram seu amantíssimo Duce de ponta-cabeça, reconheceram o erro, e ajudaram a expulsar os alemães, teriam poupado muitas vidas. Será que os Palestinos vão perceber que esta é a única saída para eles( ver o Comentário sobre Arafat de Waldemar Zusman acima # 2)? 3. A situação nos Bálcãs tem origens históricas, remotas e recentes, diferentes, e não há termo de comparação. Ali povos absolutamente díspares foram artificialmente unidos sob a tirania do Partido Comunista de Tito. Tanto que, logo que possível, os mais desenvolvidos da franja ocidental, os Eslovênios, deram adeus aos demais e vão muito bem, obrigado, em paz. 4. Você diz que o Governo de Israel precisa compreender que tem que fazer concessões se quer a paz. Mais do que o Barak tentou? por outro lado, os movimentos pela paz, como o Paz Agora e o Shalom-Salam, são livres no Estado de Israel e nos Países Ocidentais. Veja o comentário acima de Beti Mayer (# 6): seus filhos pertenciam ao primeiro e estão atônitos, como todos os pacifistas, menos os sadios, é claro. Você tem notícias de movimentos pacifistas na Palestina ou de resto, em qualquer País Árabe? É claro que a maioria deve querer a paz mas são violentamente reprimidos como 'colaboracionistas', assim como na Alemanha o eram os chamados 'judenfreunden' (amigos de Judeus). Atenciosamente Heitor
[Leia outros Comentários de Heitor De Paola]
11/4/2002
17h59min
Caro Heitor, Respeito o direito que você tem de se posicionar a favor de Israel, estamos numa democracia, mas, já que estamos aqui, retomando este diálogo, me diga antes demais nada, o que te motiva a justificar as matanças por um Estado altamente armado contra um população que não tem outros meios de resistir a não ser tomando as armas. O terrorismo palestino foi forçado, como foi a Haganah. Sabe o que foi, não? Foi o terrorismo israelense. E por que Israel recorreu ao terror quando os zionistas se deslocaram para o Oriente Médio? E onde vai parar essa espiral? Terrorista por terrorista, vão acabar se matando todos. Os palestinos são terroristas por que não usam uniforme? É essa a diferença? Quando os helicópteros isrealenses lançam bombas em alvos civis, detonando carros, centrais de eletricidade, até um centro de assistência social da ONU (que gerou uma queixa formal da ONU), e bombardeando o QG do Arafat, não são atos terroristas? São atos lícitos de que ponto de vista? No presente round, já são 500 mortos do lado dos palestinos desde que começou a ofensiva. Entenda bem, condeno o terrorismo palestino tão veementmente quanto as ordens de Sharon. Mas o seu artigo não somente justifica Sharon, como instiga, e dá razão a se apelar para a morte para alcançar a paz "real e definitiva"!!!. Não vi você condenar os atos de Sharon como eu condeno os dos terroristaspalestinos. Pergunto, é por convicção ideológica que você acha certo o que Sharon está fazendo? Por lógica, tenho certeza que não pode ser. Eu lamento ler hoje em dia na Internet teorias e argumentos louvando essa ofensiva como forma de alcançar a paz. "Sim, temos que matar, mais mortes para vingar e lambermos os beiços, porque assim vão ver que somos melhores, mais poderosos, melhores armas, vejam que não nos curvamos a essa sub-raça de pobres coitados. Quem são eles, não são humanos. Que direito esses palestinos têm, quando ousam matarem os nossos irmãos. Nós sim, podemos matá-los, porque a paz ideal é sem palestinos para nos atrapalhar!!". É isso que você está dizendo no seu artigo. Se continuarmos assim, nesse discurso de que a violência só se vence com violência, Heitor, perdemos a referência de uma humanidade minimmente digna, nem digo nobre. A humanidade não pode tomar essa direção. Não se pode nunca defender um conflito armado, deve-se lamentar sempre, a cada oportunidade. Ajude a disseminar a paz por meios pacíficos. Os leitores acham que o que está escrito é verdade. Sinto muito. Gostaria poder elogiar a sua posição, mas não consigo. Como você disse no seu comentário, temos posições bastante opostas, mas eu acrescentaria que não são opostas somente neste assunto, e sim no que diz respeito a tudo, toda a visão de mundo e da humanidade. A nossa diferença está na raiz, não nos galhos. Com relação aos pontos que você indicou, aqui vão as respostas: 1 – Você acredita que o exército israelense encontrou provas no QG de Arafat. Tem certeza que não foram forjadas. Você viu os documentos. Eu, só ouvi alegações de Sharon e até a imprensa tem o cuidado de dizer que o exército israelense "teria" encontrado. Ninguém saiu alardeando, porque ninguém viu os documentos, se não a causa de Israel estava ganha. Porque Collin Powell iria se encontrar com um réu confesso? POowell faria qualquer coisa para não ter o enconrtro com Arafat. Qualque descupla serviria. E se as provas fossem sérias, ele teria o maios]r pretexto. Nas imagens do discurso de Sharon no Knesset, ele levantou um papel e disse que aquilo era uma das provas. Quanto a explodir o QG do Arafat seria sim uma burrice, mas não é burrice matar civis com se tem feito. Se Sharon quer a paz acima de tudo, recorrendo a esta ofensiva, porque não detonou o QG. Ele não seguiu a sua própria lógica, que estaria justificada, não? Pequeno detalhe, ele não tinha o sinal verde dos EUA. E, ademais, ele sabe bem que iria jogar fogo no barril de pólvora na redondeza árabe. Então, como é que ele faz o serviço pela metade se a paz "real e definitiva" não tem preço, e segundo você é uma meta nobre? 2 – Sharon é um belicista; você tem dúvidas? Ele sabe o que é negociar? Eisenhower sabia. Eu me arrisco a repetir o que disse no meu comentário e te remeto a ler o texto de novo. Sharon acha que, com esta ofensiva, vai quebrar (física ou moralmente) o Arafat e, assim, também a população palestina. Aliás, Arafat estará sendo visto como interlocutor ou como inimigo pela ótica diplomático-militar de Sharon? E cabe a pergunta: Sharon acha possível que israelenses e palestinos possam conviver na região? Isso terá passado pela mente bélica dele? Até Colin Powell está diferenciando Israel e Sharon, conforme seu discurso na Espanha ontem. 3 – Uma escola de crianças foi atingida durante a intifada há alguns meses. Não vejo qual a diferença se foi nesta ofensiva ou em outra. Não acho mais confortável ou menos cruel, como você insinua, as vítimas poderem ver uma ofensiva se aproximando e ver de balcão os tanques derrubar suas casas, vão morrer de qualquer jeito. A surpresa é cruel? E quem recebe uma bomba vinda de um helicóptero atirando a esmo, não é surpresa? Morre-se do mesmo jeito e toda morte em conflito armado é cruel. Não há outro adjetivo. 4 – O Arafat claramente quer algo e ele não pode querer todo Israel. Se ele quisesse todo o território de Israel já o teriam removido como negociador, pois teria perdido qualquer credibilidade. Mas se ele quer uma parte seria bom sentar e perguntar a ele. Ele tem que pedir ao Hamas e hezbollah e outros eventuais grupos que parem com os atentados. Se ele ainda não fez, é porque são os únicos aliados que podem retaliar ataques de Israel. O Arafat errou ao não aceitar os termos de Camp David com Clinton e Barak, mas havia uma aspecto que ele pediu tempo para consultar, que era aceitar uma unidade americana na Palestina e dividir a administração de Jerusalem com os americanos. A bola está com você. Abraços pacíficos.
[Leia outros Comentários de Antonio Oliveira]
11/4/2002
16. Arafat
22h21min
Antonio, quem mais tem cometido atentados terroristas nos últimos meses não é o Hamas, nem tampouco o Hizbollah, mas a Fatah, organização à qual o Arafat não só pertence como comanda. Portanto, parar com os homens-bomba está nas mãos unica e exclusivamente dele; mas essa nunca parece ter sido sua intenção. Saudações, Rafael.
[Leia outros Comentários de Rafael Azevedo]
12/4/2002
00h02min
Rafael,concordo inteiramnee com seu comentário, ele é verdadeiro e tem procedência, já que para a mídia fica bem mais fácil e cômodo fazer de Arafat um coitadinho, confinado , prestes a se tornar um mártir (???), que não pode fazer nada para evitar os homens -bomba , só que está provado, que se ele desse uma contra ordem para esses atentados pararem imediatamente, em menos de 24 horas , parariam. Ele tem todo esse poder e muito mais.Só tem um detalhe , ele não o deseja, pois o interesse nào é criar um Estado Palestino de verdade , dá muito trabalho, mais fácil é ir empurrando os israelenses para o mar. Saudações , Beti
[Leia outros Comentários de Beti Mayer]
12/4/2002
08h18min
Heitor, esse é um e-mail que te mandei e coloco aqui pois tem a ver com o que o Antonio Oliveira diz: 1. Me desculpe, mas é muito estranho surgirem no meio da guerra um monte de documentos comprovando que Arafat financiou os terroristas palestinos. Eu acho rídiculo pensar que alguém que dá dinhiero para outra pessoa comprar/produzir bombas para atos de terrorismo, faça questão de emitir "notas fiscais" ou produzir documentos de controle de caixa, que era o que parecia os documentos apresentados pelo governo israelense, que pode muito bem ter forjado esses documentos. Não estou dizendo que eles fizeram, mas é uma possíbilidade. 2. Caro Heitor, eu não defendo terrorismo em hipótese alguma, mas perceba que os palestinos não tem exército. Seu exército são os terroritas, por pior que isso possa parecer. Cada um usa aquilo que tem nas mãos. E na guerra não existe níveis de crueldade, tudo é cruel. Não é porque você tem um helicoptero que joga 100 misseis por minuto e um tanque que possui lança-chamas e metralhadoras .50, que significa que você é menos cruel que o inimigo. 3. Sharon fez questão de aumentar o número de colonias em áreas ocupadas.
[Leia outros Comentários de Pedro Ghirotti]
12/4/2002
08h21min
Heitor, Você é muito simplista se acha que eu defendo ditaduras comunistas só porque eu falei que China, Cuba e Coréia do Norte são os únicos paises atualmente que não dão bola pros americanos. E continuo a afirmar que é insanidade acreditar que uma ofensiva como a israelense possa trazer a paz. Comparar essa guerra com a Segunda Guerra, é comparar o incomparável. Na Segunda guerra você tinha uma guerra entre nações, entre exércitos, entre estados. Ou seja, é possivel se alcançar um acordo depois que um dos lados venceu. Já na guerra Israel-palestinos se trata de um contexto completamente diferente. Não existe estado palestino, não existe exército palestino, generais palestinos, nação palestina para dialogar. O que Israel vai fazer? Vancer a guerra e entrar em acordo com os terroristas?! Terroristas são individuos que tomam atitudes individuais, dentro de um contexto de grupo claro, mas são voluntários de uma causa. Eu acho extremamente duvidoso afirmar o que a Bety Mayer diz: que basta Arafat ordenar, que os atentados cessariam em 24 horas. Sejamos sinceros. Se o próprio exército israelense acreditasse nisso, porque eles não entram no QG do Arafat, sentam e conversam o que deve ser feito para o fim dos atentados, ou colocam uma arma na cabeça dele e exigem o fim das explosões? Na minha opinião, Arafat ja não manda mais em nada, mesmo poque não tem no que mandar, não existe país, não existe governo, não existe exército organizado, não existe nada palestino. Mesmo que Israel consiga chegar aos seus objetivos, que são bem obscuros por sinal, você acha que os homens-bomba vão parar? Pense nos garotos palestinos que vêm Israel destruir suas cidades, atacar seu povo com tanques, demolir casas com buldozers. O que eles vão pensar? Não é dificil chegar a conclusão que alguns vão se tornar terroristas e vão combater Israel. É uma bola de neve. Nós vimos na TV reservistas israelenses que se recusam a participar da invasão, pois acreditam que está errado. Nós vimos na TV soldados americanos se recusarem a atacar o Vietnam pois não viam lógica naquilo. A guerra do Vietnam se estendeu até os EUA se retirarem. Palestinos e vietcongues lutam e lutaram por uma causa, contra inimigos que não têm certeza de qual a sua. Israel se enfiou numa sinuca de bico tremenda, pois o inimigo não vive do outro lado do mundo.
[Leia outros Comentários de Pedro Ghirotti]
12/4/2002
17h25min
Esta é a minha última resposta aos críticos de minhas posições. É o relato,AO VIVO, de um jornalista brasileiro, do último atentado no mercado de Jerusalem. Como podem ver no final, pedi autorização para publicar e esta foi concedida. Se alguém achar que porque o cara se chama Nahum Sirotsky, portanto OBVIAMENTE JUDEU, não merece crédito, aí, ...... CANSEI!!!!! DO NAHUM EM JERUSALEM- O ATENTADO OCORREU JUNTO AO PORTAO DE ENTRADA E SAIDA NO MERCADO MUNICIPAL POUCO ANTES DE FECHAR PARA O SABÁ, O DIA QUE COMEÇA NA NOITE DE SEXTA E TERMINA NA NOITE DE SABADO, O 'SETIMO DIA DA CRIAÇAO E DE DESCANSO DE DEUS,. NA TRADIÇAO JUDAICA, O MERCADO ESTAVA LOTADO DE QUE DEIXARA PARA FAZER AS COMPRAS NOS ULTIMOS INSTANTES.ELE VAI DE UMA RUA A OUTRA E É VASTISSIMO. NUM PRIMEIRO MOMENTO SE PENSOU QUE A EXPLOSAO OCORRERA NO INTERIOR DE UM ONIBUS POIS ACONTECEU NUM ESTACIONAMENTO JUNTO AO MERCADO. AGORA A POLICIA DIZ QUE FOI NA RUA O QUE REDUZIU O NUMERO DE VITIMAS QUE, MESMO ASSIM,. FOI MUITO GRANDE . NUMA PRIMEIRA CONTAGEM DOS NUMEROS DOS JÁ RECOLHIDOS A HOSPITAIS CHEGUEI A MAIS DE 80 MAS POSSO ESTAR EXAGERANDO OU REDUZINDO O NUMERO VERDADEIRO. NOS CASOS COMO ESTE AS PRIMEIRAS PROVIDENCIAS SAO AS DE RECOLHER OS FERIDOS E LEVA-LOS COM A MAXIMA URGENCIA AOS HOSPITAIS QUE ESTAO SEMPFE DE PLANTAO PARA TAIS EMERGENCIAS,. E SIMULTANEMANETE,ISOLANDO O LOCAL , A POLICIA PROCURA POR OUTRAS BOMBAS E OUTROS SUSPEITOS,. NA SEMANA PASSADA FORAM NEUTRALIZADAS TRES TENTASTIVAS PELA POLICIA DE JERUSALEM, SABE-S DE SEIS MORTOS. O CORPO DO TERRORISTA ESTÁ NUM CANTO. E NAO SE SABE SE TODOS OS SEUS PEDAÇOS FORAM RECOLHIDOS. EM TAIS EXPLOSOES OCORREM DESTRUICOES DE CORPOS DE ATINGIDOS. COM RECURSO ÁS TECNICAS DO DNA E OUTRAS OS PATOLOGISTAS PROCURAM JUNTAR O QUE É DE QUEM. DAI A EXPLICACAO DE FUNERAIS DIAS DEPOIS DO ACONTECIDO,. A LEI JUDAICA MANDA ENTERRAR ,LOGO E A MAOMETANA TAMBEM. MAS NAO SE QUER O RISCO DE MISTURAR CORPOS,. FOI UMA MULHER O TERRORISTA QUE PARECIA GRAVIDA DEVIDO ÁS BOMBAS QUE TRAZIA NA CINTURA E FOI TRATADA PELOS QUE A VIA COM DELICADEZA. E SE EXPLODIU QUANDO VIU BASTNTE GENTE POR PERTO O QUE SE VE NO LOCAL NAO É DE ESQUECER NEM ASSIMILAR SEM PROFUNDO CHOQUE,. JÁ VI MUITOS E SEMPRE É O MESMO HORROR E NOITES DE PESADELO. SEMPRE REZO PARA APAGAR DA MEMORIA POIS N AO DÁ PARA ACREDITAR QUE UM SER HUMANO COMETA SUICIDIO SABENDO QUE DELE SOBRARAO PEDAÇOS PARA MATAR A OUTTROS,TANTOS QUANTO POSSA. .OS QUE SOFREM TAIS ATENTADOS E SOBREVIVEM FISICAMENTE INTEIRO FICA PSICOLIOGICAMENTE FERIDO. MUITOS FICAM FISICA E MENTALMENTE ABALADOS PARA SEMPRE. MUUITOS TERIAM PREFERIDO A MORTE AO SAIREM DE HOSPITAIS NAS CONDI';COES DE CORPOS DESTROÇADOS. Original Message ----- From: Heitor De Paola To: Nahum Sirotsky Sent: Friday, April 12, 2002 5:36 PM Subject: Re: NAHUM MAIS ATENTADO Caro Nahum Você me autoriza a cut and paste esta sua mensagem como única resposta aos que comentam o meu artigo, dizendo que eu sou parcial, simplista, etc. Se autoriza, com seu nome ou não, como um relato anônimo? Um abraço Heitor De Paola PODE USAR NAHUM
[Leia outros Comentários de Heitor De Paola]
13/4/2002
17h16min
O Senhor Heitor de Paola (se for esse seu verdadeiro nome, o que muito me surpreenderia) enxerga o mundo sob a ótica sionista (não diria nem judaica, pois há muitos judeus de bom senso, contrários ao absurdo que é o sionismo). Chamar seu artigo de tendencioso, senhor de Paola, é até uma gentileza que lhe faço. O que você escreveu, salta aos olhos, é pura e rasteira propaganda, que constrasta negativamente com o bom nível deste normalmente equilibrado Digestivo Cultural.
[Leia outros Comentários de Toni]
13/4/2002
21h43min
Para os internautas que leiam inglês e que desejam ver iniciativas de paz de verdade entre Israel e Palestina, vejam os seguintes sites abaixo, onde encontrarão outros links de israelenses/judeus e palestinos a favor da paz. Em especial, vejam o último site, do "Jews for Justice in the Middle East" (Judeus a favor da Justiça no Oriente Médio) onde encontrarão um detalhado relato dos fatos sobre toda a questão. É um texto definitivo. mas é só para quem quiser se informar de verdade. Estes são os sites: www.ariga.com/ www.gush-shalom.org/ www.cactus48.com/truth.html Abraços e shalom.
[Leia outros Comentários de Antonio Oliveira]
14/4/2002
10h21min
Esta tal Toni é um gaiato! Descobriu que eu não existo! É uma ótima fórmula: não concordo com o dizes....portanto não existes! Ah, Voltaire, volte! Este argumento já foi tentado antes pelo 'brilhante' sociólogo (?) Emir Sader contra Olavo de Carvalho. Vá ler a resposta em www.olavodecarvalho.org (não lembro se tem o br).
[Leia outros Comentários de Heitor De Paola]
14/4/2002
11h04min
A todos que me honraram com seus comentários, muito obrigado. Sinto-me orgulhoso e recompensado por ter sido o articulista mais comentado da semana. Levantei um assunto que teve uma repercussão imensa, é claro que foi na hora certa que o Editor Julio aceitou o meu artigo. Sai ganhando, mais do que eu, a liberdade de informação, que todos nós, mais a Daniela, o Rafael, o Fábio e seus comentadores, precisamos manter como meta principal.
[Leia outros Comentários de Heitor De Paola]
20/4/2002
05h59min
Kibutz yotvata/Israel 20/4/2002 Caros participantes deste forum, Fiquei impressionado com as reportagens e comentarios lidos por mim nos ultimos tempos. Sou Judeu, Brasileiro e sionista. Sim, sionista e isto me orgulha muito. O atual movimento contra Israel, sionismo e anti semitismo, nao sao coisas novas elas vao e vem no decorrer da historia. De vez enquando como inquisicao na espanha e Portugal, pogrons no leste europeu, nazismo alemao e muitas outras formas de persseguicao. Nao estou tentando fugir do problema Palestino/israelense mas o que leva tantas pessoas a tratar deste assunto. No ano passado, morreram na africa 25 milhoes de pessoas de Aids e fome. 1 milhao em guerras tribais. Na Coreia do norte estao morrendo de fome centenas de criancas por dia. Na china os direitos humanos sao violados diariamente com execuxoes em praca publica e assassinato de criancas orfans e etc. Porque entao o mundo trata do assunto Israelensse com tanta assiduiadade. A verdade tem que ser dita. O anti semitismo esta enraizado na cultura das pessoas. Israel, eh a unica democracia do Oriente medio e uma das poucas da asia. Israel foi formada como refugio do povo judeu que foi e eh persseguido no decorrer da historia. continuaremos a nos defender de todo e qualquer ataque. Nos nao temos outro lugar para ir. Ainda sou e sempre serei a favor da paz e dos direitos ligitimos do povo palestino. Isto nao quer dizer que nossa face estara a merce do terrorismo. Problemas politicos nao serao resolucionados por violencia e sim ao redor de uma mesa de negociacoes. O povo Palestino merece uma direcao mais digna que os leve ao sonho de um estado. Arafat e seus comparssa nao querem paz. KALMAN MAYER
[Leia outros Comentários de Kalman Mayer]
28/4/2002
09h29min
Quando Heitor é que os Palestinianos e os Israelitas vão acabar com este conflito, para então poder haver paz no mundo?
[Leia outros Comentários de Rosa Rodrigues]
10/5/2002
04h25min
DE QUE É FEITO UM HOMEM BOMBA ? WALDEMAR ZUSMAN* A maioria das guerras impressiona pela introdução de armas que excedem e ultrapassam velhos trabucos e surrados artifícios estratégicos. Os progressos tecnológicos otimizam o belicismo humano. Foi assim na segunda guerra mundial com as chamadas bombas voadoras, com as quais Hitler reduziu uma boa parte de Londres a escombros. Depois vieram as bombas atômicas lançadas pelos aliados sobre Hiroxima e Nagasaki, destruindo quase toda a população e prédios destas duas cidades, e pondo fim à guerra. Instrumentada pela ciência a destrutividade humana assusta e assombra mais do que envaidece. Na guerra do Oriente Médio, no entanto, o que assusta e assombra não é uma inovação científica, mas um velho e desgraçado tipo de comportamento humano, o de suicidar-se, revestido da aura de heroísmo que dá a quem o pratica um duvidoso salvo conduto para um céu habitado por 70.000 virgens, como apregoam os muçulmanos. A história dos suicídios é tão longa como o é a história da vida. Viver é sempre uma decisão entre existir e desistir, por menor que seja a consciência que se tem da opção que se faz entre uma coisa e outra. Hamlet já o dizia em seu famoso monólogo, perguntando: - Ser ou não Ser ? Qual de nós, na hora das desgraças e dos infortúnios, já não se fez, inúmeras vezes, esta mesma pergunta, posta por Shakespeare na boca do seu famoso personagem ? O suicídio, por mais que possa parecer, jamais foi um ato solitário. Quem se mata, mata dentro de si todos os que habitam o seu mundo interno. A vida mental do suicida é por ele sentida, conscientemente ou não, como povoada por figuras hostis que lhe infringiram decepções e sofrimentos, sentidos como imperdoáveis, a quem ele quer destruir, ainda que pelo preço da própria vida. Salvo em circunstancias repentinas de intolerável sofrimento, ou como tal avaliadas, o suicídio é, via de regra, uma longa e acariciada decisão, tão temida quanto desejada, em diferentes proporções. Há suicidas pacientes, que aguardam por situações justificadoras dos seu gesto tresloucado. Estes são os que primeiro saltam da cobertura de um prédio em chamas, como aconteceu no incêndio do Edifício Joelma. Os que esperaram por auxilio foram resgatados por helicópteros. Há suicidas (pré-suicidas) que optam por profissões ou por esportes de alto risco. Há suicidas que, silenciosamente, fazem doenças auto-agressivas ( auto-imunes) que a medicina começa agora, depois de Freud, a melhor compreender. Entre o desejo de se matar e a coragem de faze-lo há um espaço que é ocupado pela vergonha e pela culpa de perpetrar a destruição de sua vida e de todos os que a concederam.É neste espaço que se insere a propaganda de guerra que fornece ao suicida temas heróicos e promessas mirabolantes como a dos gozos infindáveis das setenta mil virgens. A civilização, que já entendeu o suicídio, em todas as suas formas e modalidades, como sintoma de uma doença mental comumente chamada de Depressão, não pode se deixar iludir pela má fé da exaltação patriótica de um quadro mental, do qual políticos ignorantes e inescrupulosos procuram tirar partido. Homens-bomba são pessoas deprimidas, politicamente manipuladas. Em geral são jovens, que deviam ser encaminhados a tratamentos psicológicos. Mesmo nas guerras há uma ética. Dr. Waldemar Zusman é Psicanalista Didata. e-mail: [email protected]
[Leia outros Comentários de kalman mayer]
23/5/2002
11h48min
A idéia de Waldemar Zusman, a quem conheço bem e admiro, publicado pelo leitor Kalman Mayer, esclarece bem a natureza desta operação que parece tão esdrúxula aos olhos ocidentais. Acho porém, que os deprimidos também manobram os políticos afim de criarem as condições propícias a justificar seu suicídio como ato heróico.
[Leia outros Comentários de Heitor De Paola]
30/10/2002
11h13min
Heitor. Pensei q esse artigo tinha já sido esquecido, mas tendo em vista q continua vivo cobro a resposta a minha pergunta, q vc tergiversa ,, tergiversa e não responde. Vou repeti-la para vc não precisar voltar lá atrás. COM Q DIREITO ISRAEL CONSTROI COLÔNIAS EM TERRAS ESTRANGEIRAS? Depois q vc me responder prometo responder as muitas perguntas q vc me fez , pretendendo estar respondendo minha pergunta com outras.
[Leia outros Comentários de pedro servio ribeiro]
1/11/2002
10h51min
Faço minha a pergunta do Pedro Servio! Também gostaria que Heitor se manifestasse sobre as colônias na Cisjordânia.
[Leia outros Comentários de Dieter]
11/11/2002
15h36min
Parabéns, Heitor, pelo lúcido artigo. Embora já com bastante atraso, gostaria de também emitir algumas considerações nesse fórum, que continua atual como nunca./// Eu vivi 2 anos no Cairo e escrevi "Egito - uma viagem ao berço de nossa civilização", onde também abordo o conflito do Oriente Médio - assunto que poderá ser visto em meu artigo "Sionismo e resistência palestina", em www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.phtml?cod=1629&cat=Ensaios./// O 8º capítulo do livro foi transcrito em "Islã, conflito com civilizações?", acessível em www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.phtml?cod=1097&cat=Ensaios./// Espero que todos os participantes deste fórum gostem do conteúdo.
[Leia outros Comentários de Félix Maier]
11/11/2002
19h48min
Se eu pretendia, como anunciei no artigo, escrever sobre a história do conflito, desisti depois dos links sugeridos pelo Félix Maier! O relato histórico está supimpa! Recomendo a todos irem lá.
[Leia outros Comentários de Heitor De Paola]
9/9/2009
13h23min
Ao abordarmos os recentes acontecimentos entre israelenses e palestinos, devemos sempre pensar não no conflito no Oriente Médio, mas na atual fase de um conflito milenar. Isto, no entanto, nos levaria a um tratado: basta mencionar que aquela região está conflagrada há milênios. E é interessante de se notar que é uma região árida, sem nenhum atrativo econômico nem atributos naturais - Golda Meir costumava dizer que Moisés tinha feito os judeus caminharem anos pelo deserto para os levar à única parte daquela região que não possui petróleo. Mesmo assim tem exercido imensa atração em diversos povos, sendo sede principal, a Terra Santa, de duas religiões, e secundária de uma outra - não por coincidência as três grandes religiões monoteístas. É claro que devemos pensar na força dos mitos de origem e na relação entre estes e o local geográfico. Mas isto seria um outro artigo. Iniciei por aí porque a maioria das opiniões que tenho lido ou ouvido não levam em conta estes fatos históricos.
[Leia outros Comentários de kauanna]
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