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Terça-feira, 20/4/2004
Desfazendo alguns mitos sobre 64
Heitor De Paola
+ de 12200 Acessos
+ 10 Comentário(s)

"Deixaram que os adversários escrevessem
a história, e como os inimigos não mandam
flores, vamos aturar as mentiras e, com muito
esforço, tentar reverter os fatos verdadeiros."
(José Batista Pinheiro, Cel EB Ref)

Basta olhar quem hoje está no poder político da Nação para perceber que são os derrotados militarmente em 64, que venceram uma das batalhas mais importantes: a cultural. Refugiando-se nesta área negligenciada pelos governos militares, e baseando-se na desinformação e nas teses de Gramsci, passaram a escrever grande parte da história, principalmente aquela de alcance público, acadêmico e nas escolas de todos os níveis, novelas e minisséries de TV. Tornaram-se "donos" dos significados das palavras. Temos hoje muito mais mitologia induzida do que história ocorrida. É trabalho para décadas - se houver liberdade para tanto - desfazer todos os mitos dos chamados "anos de chumbo". Darei minha modesta contribuição, falando daquilo que vivenciei.

As opções políticas na década de 60
Um dos mais caros mitos é o de que militares maldosos, aliados à "burguesia" nacional "ameaçada em seus privilégios" - e subordinados às demandas maquiavélicas dos EEUU - resolveram abortar pelas armas a política conduzida por um governo legítimo e que atendia aos "anseios populares".

Em primeiro lugar nega-se o fato de que em 1959 a geopolítica da América Latina (AL) havia virado do avesso pela tomada do poder em Cuba por Castro, que logo assumiu sua condição de comunista e se aliou à URSS. Seguiu-se um banho de sangue de proporções inimagináveis - do qual é proibido falar! - e a lenta e progressiva instalação na ilha de numerosos instrutores soviéticos que adestraram tropas cubanas e formaram e exportaram guerrilheiros e terroristas, e re-estruturaram o sistema de Inteligência. Através desta "cabeça de ponte" aumentou sobremaneira a influência da URSS na AL. Os jornais noticiavam diariamente as tentativas de derrubada do governo legitimamente eleito da Venezuela, país chave pela produção petrolífera. O próximo objetivo estratégico era o Brasil, País imenso, já em fase inicial de industrialização e cujas Forças Armadas representavam um poderoso obstáculo à penetração comunista no Continente.

Outro fator só mais recentemente veio à luz devido à defecção de Anatoliy Golitsyn, oficial graduado da KGB. Em 1959, durante o período de desestalinização da URSS, Alieksandr Shelepin apresentou um relatório ao Comitê Central do PCUS mostrando a necessidade de que os órgãos de segurança voltassem a suas funções originais de desinformação, exercidas pela OGPU (1922-34). A partir de então toda notícia do mundo comunista era baseada em informações emanadas e/ou alteradas pelo Departamento D (Desinformatziya) da KGB.

25 de agosto de 1961, renúncia de Jânio Quadros marca um momento importante. O Vice, João Goulart, encontrava-se na China e declarou que iria comandar o processo de "reformas sociais" tão logo assumisse. Os Ministros Militares e amplos setores civis se opuseram à posse de Jango por suas notórias ligações com a esquerda. Seu cunhado Brizola, Governador do Rio Grande do Sul reagiu, o Comandante do Terceiro Exército, Gen Machado Lopes, ficou do lado dele e o Brasil esteve à beira da guerra civil. A Força Aérea chegou a dar uns tiros no Palácio Piratini. Brizola tomou todas as rádios de Porto Alegre e obrigou as demais a entrarem em cadeia, a Cadeia da Legalidade! E lá estava eu, "comandando" uma mesa em plena rua, a uns 4o C, com uma lista de assinaturas para quem quisesse "pegar em armas pela legalidade", atuando em conjunto com membros do extinto PCB. Com a emenda parlamentarista tudo se acalmou mas em janeiro de 63, num plebiscito nada confiável o País retorna ao Presidencialismo.

Fiz parte da Juventude Trabalhista e só não entrei para os Grupos dos 11, do Brizola, sobre os quais hoje quase se nada se ouve, porque não tinha idade e, portanto, não era confiável. No início dos anos 60 o hoje santificado Betinho, junto com o Padre Vaz, elaborou o "Documento Base da Ação Popular (AP)", que previa a instalação de um governo socialista cristão no Brasil. Mas o documento em que a AP se declarava francamente a favor da instalação de uma ditadura ao estilo maoísta foi mantido secreto até para os militantes da base. Só vim a ter contato com ele através de Duarte Pacheco (um dos membros do Comando Nacional de AP) em agosto de 65, quando eu já era mais "confiável". O documento, que era obviamente o produto de uma luta interna na esquerda mundial, defendia a luta em três etapas: reivindicatória (movimentos populares, greves); política (início das guerrilhas no campo, como na China e Vietnã) e ideológica (a formação do Exército Popular de Libertação). Contrariava a teoria do foco guerrilheiro, preferida por Guevara e Debray.

O MASTER (nome do MST da época), do Brizola, invadia terras no RS (como a do Banhado do Colégio, em Camaquã) e as Ligas Camponesas, de Francisco Julião, com apoio explícito do Governador Arraes, no Nordeste. A CGT, (presidida por Dante Pelacani), a UNE (José Serra) propunham abertamente um golpe com fechamento do Congresso. Armas tchecas começaram a surgir. O ano de 1963 foi uma agitação só. O movimento estudantil, do qual posso falar, estava dividido entre a Ação Popular (AP) e o PCB. Quem não viveu aqueles tempos dificilmente pode imaginar o nível de agitação que havia por aqui. O re-início das aulas em março de 64 praticamente não houve.

Num encontro em Pelotas, onde eu estudava Medicina, com o último Ministro da Educação do Jango, Sambaqui, no início de março, ele nos revelou que tudo começaria com o comício marcado para o dia 13, em local proibido para manifestações públicas (em frente ao Ministério da Guerra) já em desafio aberto e simbólico à lei, seria continuado pelo levante dos sargentos do exército e da marinha - formando verdadeiros soviets - e pelos Fuzileiros Navais em peso, comandados pelo "Almirante do Povo", Aragão. Pregava-se a subversão da hierarquia e disciplina militares. Seguir-se-ia pelo já programado discurso de Jango no Automóvel Clube do Brasil. A pressão final sobre o Congresso seria em abril e maio: se não aprovasse as "reformas de base" seria fechado com pleno apoio popular.

Na mesma época, participei de uma ação comandada por um agitador da Petrobrás e da SUPRA (Superintendência da Reforma Agrária), em Rio Grande, pela encampação da Refinaria de Petróleo Ipiranga o qual, num discurso na Prefeitura, declarou que a República Socialista do Brasil estava próxima. As ocorrências de março só confirmaram a conspiração acima mencionada. No comício do dia 13 Brizola pregou o fechamento do Congresso se não aprovasse as tais "Reformas de Base" (na lei ou na marra) - ninguém me contou, eu ouvi no rádio. Prestes dizia que os comunistas já estavam no Governo, só faltava tomarem o Poder.

Não havia, pois, opção democrática alguma. Restava decidir se teríamos o predomínio dos comunistas ou uma re-edição do Estado Novo ou de uma ditadura peronista, chefiados por Jango. As passeatas civis estavam nas ruas exigindo fim da baderna e em apoio ao Congresso. Sugerir que se devia esperar que Jango desse o golpe para depois tirá-lo, me parece uma idéia legalista infantil, pois então teria que ser muito mais cruento. Foi, na verdade, um contragolpe cívico-militar preventivo.

Participação dos EEUU
Outro mito é sobre a participação americana no "golpe" de 64. Chamada de "Operação Thomas Mann" (nome do então Secretário de Estado Adjunto para a AL) não passa de uma mentira baseada em documentos forjados pelo Departamento D já citado, através da espionagem Tcheca. Quem montou a operação foi o espião Ladislav Bittman que, em 1985 revelou tudo no seu livro The KGB and Soviet Disinformation: An Insiders View, Pergamon-Brasseys, Washington, DC, 1985. Segundo suas declarações "A Operação foi projetada para criar no público latino-americano uma prevenção contra a política linha dura americana, incitar demonstrações mais intensas de sentimentos antiamericanos e rotular a CIA como notória perpetradora de intrigas antidemocráticas". Outra fonte é o livro de Phyllis Parker Brazil and the Quiet Intervention: 1964, Univ. of Texas Press, 1979, onde fica claro que os EEUU acompanhavam a situação de perto, faziam seus lobbies e sua política com a costumeira agressividade, e tinham um plano B para o caso de o País entrar em guerra civil. Entretanto não há provas de que os Estados Unidos instigaram, planejaram, dirigiram ou participaram da execução do "golpe" de 64.

Embora as revelações tenham sido tornadas públicas em 79/85, a imprensa brasileira nada publicou a respeito não permitindo que a opinião pública tomasse conhecimento da mentira que durante anos a enganou. Apenas a Revista Veja na sua edição nº 1777, de 13/11/02, publica a matéria "O Fator Jango" de autoria de João Gabriel de Lima, onde este assunto é abordado.

A luta armada e o AI 5
Finalmente, o mito de que brasileiros patriotas e democratas se levantaram em armas contra o "endurecimento da ditadura" através do Ato Institucional No. 5, 12/68.

Em julho de 65, na primeira tentativa de restabelecer a UNE, extinta pela Lei Suplicy, foi realizado um Congresso no Centro Politécnico em SP no qual fui eleito Vice-Presidente de Intercâmbio Internacional. Em outubro fui preso em Fortaleza, o que impediu minha ida ao Congresso da UIE na Mongólia, onde seria traçada uma estratégia de recrudescimento da violência revolucionária na AL. De 66 - ano da Conferencia Tricontinental de Havana e da Organización Latino Americana de Solidariedad (OLAS) - a 68 participei, no Sul, das intensas discussões clandestinas sobre a luta armada conduzidas por militantes da AP treinados em Pequim. Em janeiro de 68, 11 meses antes da edição do AI 5, a luta foi implementada por todas as organizações revolucionárias, menos o PCB. A AP "rachou", eu fiquei do lado contrário à maluquice da luta armada e saí, não sem sofrer posteriormente sérias ameaças de meus "companheiros". Logo depois, mudou o nome para Ação Popular Marxista-Leninista do Brasil, o que já estava previsto no citado documento secreto. Como vários autores mais credenciados já têm se manifestado sobre isto, não vejo necessidade de mais para deixar claro que o AI 5 não passou de uma reação ao incremento das atividades revolucionárias.


Heitor De Paola
Rio de Janeiro, 20/4/2004

Quem leu este, também leu esse(s):
01. O mundo é pequeno demais para nós dois de Renato Alessandro dos Santos
02. Nunca fomos tão vulgares de Julio Daio Borges
03. Por um corpo doente, porém, livre de Lívia Corbellari
04. Entrevista com Luiz Felipe Pondé de Humberto Pereira da Silva
05. Nas redes do sexo de Guilherme Pontes Coelho


Mais Heitor De Paola
Mais Especial 1964-2004
* esta seção é livre, não refletindo necessariamente a opinião do site

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COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
19/4/2004
12h19min
Parabéns pelo artigo! De fato, perdemos a batalha mais importante de todas: a da cultura e informação. Vamos ter muito trabalho para reverter a esquizofrenia intelectual aguda que impera em nossos meios acadêmicos.
[Leia outros Comentários de Claudio Téllez]
19/4/2004
13h08min
Prezado Heitor, Muito bom o seu depoimento mostrando o que aconteceu sem fantasias. A maioria dos escritores tenta glamourizar os fatos, passando uma imagem de vítima dos derrotados, coisa que nenhum foi. A verdade é que aconteceu uma luta pelo poder. E a mágoa dos perdedores faz com que contem a história como melhor lhe favorecem. Porém a história deve ser contada baseada em fatos reais.
[Leia outros Comentários de Jéea Bárbara Macedo]
19/4/2004
23h12min
Genial! Não tinha lido ainda um testemunho tão cruel de nossa "brava" resistência democrática ao "golpe" de 1964. Heitor, este teu artigo é imperdível! Vou linkar no meu blog!!
[Leia outros Comentários de Luís Afonso]
20/4/2004
09h22min
Heitor, Depoimento corajoso este, que traz à baila questões muito importantes não só na história do Brasil, como nas narrativas de diversos eventos da história mundial, a exemplo do que ocorreu na extinta URSS. Infelizmente, ainda hoje, a propaganda e a desinformação campeiam e a opinião pública é manipulada de modo abjeto porem certeiro. Um abraço, Eliahu
[Leia outros Comentários de Eliahu Feldman]
21/4/2004
10h39min
Caro Heitor, É claro que ganhamos as batalhas, mas perdemos a guerra. A mesma coisa aconteceu no Chile, no Uruguai e na Argentina, sendo que neste país houve, além disso, o problema das Malvinas, que representou um complicador. Nestes quatro países dominam, hoje, regimes de esquerda. Não se entenderá o domínio das esquerdas no Brasil, após o Regime Militar, sem se estudar o que se passou com nossos vizinhos. Ainda não há uma interpretação racional sobre a coerência deste surpreendente fenômeno. Um fato que merece aprofundados estudos é a coincidência do fim dos regimes comunistas na Europa ao mesmo tempo do ressurgimento de uma ideologia de esquerda vitoriosa, supostamente transformada, aqui na América Latina, fenômeno que ocorreu sempre após Regimes Militares de direita, ou de centro-direita. O campo desses estudos está a desafiar os mais argutos cientistas políticos, mesmo que tenham de se debruçar sobre esses nossos tão historicamente desconhecidos vizinhos. Quero deixar claro que este seu artigo refaz a versão difundida pela esquerda no Poder. No meu pensar, a História não consagrará, como clássica, esta versão dos derrotados nas batalhas, embora tenham ganho a guerra. Um primeiro passo já está sendo dado com a publicação dos tomos de depoimentos dos participantes do Regime Militar, recentemente anunciada pela Biblioteca do Exército, contendo os depoimentos prestados para o Museu de História Oral do Exército Brasileiro. Esta iniciativa pretende, pela força dos depoimentos dos participantes desta fase da História Nacional, se tornar uma referência definitiva dos acontecimentos. Meus cumprimentos, Flavio Figueiredo Jorge de Souza Cel Ex ( Recife )
[Leia outros Comentários de Flavio]
21/4/2004
19h09min
Exclente artigo. Em adendo, o que está no livro de Luís Mir, "Revolução Impossível": a opção pela luta armada no Brasil foi decidida em 1961, portanto sete anos antes do AI-5. E muito obrigado pela lembrança "MASTER=MST". Lembro de que, há poucos anos, ao ver a sigla MST, perguntei-me de onde a conheceria. Agora sei.
[Leia outros Comentários de gustavo aguiar rocha]
2/5/2004
02h06min
Parabéns pelo texto claro,conciso e verdadeiro. Evidentemente, o autoritarismo é uma sociopatia que persegue o Brasil. Findo os governos dos generais, continuamos com as manias do mandonismo. Hoje, foram institucionalizadas. Exemplo: as Medidas Provisórias e as insanas portarias e regulamentos da terrível derrama tributária que assola o País. A concentração da renda está nas mãos do Estado salvador. Quando nos livraremos das ditaduras (declaradas ou disfarçadas) em nosso Brasil?
[Leia outros Comentários de Jorge E. M. Geisel]
10/5/2004
04h36min
Houve uma época, a do golpe ou revolução, como queiram chamar as ocorrências de 64, em que não se tinha dúvidas sobre a tomada de poder pelos militares - considerava-se que a atitude deles era correta. Alguns anos se passaram e a democracia voltou ao Brasil. Nessa época, tomei conhecimento do que havia ocorrido durante a ditadura militar (naturalmente tudo o que veio ao domínio público através de relatos pessoais, livros e mídia). Novamente não tinha dúvidas - fora um horror! Torturas, perseguições, mortes, arbitrariedades, etc... Não poderia concordar com tais fatos comprovados. Atualmente estou lendo o primeiro livro da série de Elio Gaspari, A Ditadura Envergonhada. Leio e reflito sobre o texto que me parece isento e imparcial. Sem dúvida, estávamos à beira de ingressar num regime que, na minha humilde opinião, seria um desatre onde haveria as mesmas perseguições e tudo o que aconteceu nos 21 anos de ditadura. Encontrávamo-nos entre a cruz e a caldeirinha... A cruz de um regime comunista onde os primeiros a desaparecerem seriam o Jango, acessores, Brizola e outras figuras que eram fantoches apenas. A caldeirinha representada pelos militares no poder. Venceu a caldeirinha... Pelo que tenho lido, a caldeirinha era uma desorganização sem par! Ninguém se entendia e havia entre eles uma luta pelo poder quase os levando a guerrear entre si mesmos. Às vezes, diante do que leio, chego a rir! O golpe ou revolução, excetuando-se a parte de violência, de censura burra a tudo o que cheirasse a esquerdismo, parece-me agora uma grande piada, bem à brasileira. O fato é que alguns militares mais sensatos não desejavam levar avante e permanecer no poder por 21 anos. Mas a confusão era tão grande que entraram e não sabiam como sair. Foi mesmo com esforço e passando por cima de alguns generais que a abertura teve início. Tenho dúvidas, sim... Será que havia necessidade de durar tanto? Seria necessária a tortura? Necessária??? Não,tortura nunca é necessária. Ela é, sim, condenável. Quanto à participação dos norte americanos, só não atuaram porque o Jango caiu sem mesmo dar um grito e a esquerda era tão desorganizada quanto o foi o golpe ou revolução. Realmente os EUA não precisaram "ajudar" em nada na queda do Jango. Mas caso fosse necessário, alguém tem dúvida de que eles estariam prontos a atuar? Creio que, na atual conjuntura, ninguém pode ter dúvidas quanto a isso. Minhas dúvidas são em relação ao ser humano. Até quando vamos tolerar a violência, parta de onde partir?
[Leia outros Comentários de Regina Mas]
10/5/2004
20h11min
Gente, essa discussão como um todo não procede, assim como o texto do colunista (ainda que bem colocado). É claro que ninguém se expôs com exaustão, para ficarem claras as opiniões, mas não faz sentido pensar em ditadura em detrimento de outro regime, que TALVEZ seria igual ou pior. É preciso trabalhar com o que temos em mãos. Todo mundo sabe que a esquerda mundial sempre foi burra e pouco preparada para implementar o que ela mesma propõe, mas, por outro lado, sabemos que a direita é extremamente bem preparada para fazer valer seus interesses, SOB QUAISQUER MEIOS. Isso é importante. Um erro não anula ou justifica outro. E é isso que parece no texto (apesar de que quero crer que não é a real opinião do autor). Classificar o AI-5 meramente como reação a quaisquer que fossem as pressões sobre os generais, por exemplo, me parece um atentado contra a democracia. Aquele foi um ato atroz, e pronto. Se havia outros atos atrozes na época, é outra conversa.
[Leia outros Comentários de Víktor Waewell]
10/7/2006
14h19min
Muito ilustrativo seu relato. Com a sua permissão, gostaria de reproduzi-lo em meu blog.
[Leia outros Comentários de Luciano Blandy]
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