COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
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11/11/2004 | | |
07h38min | |
| Concordo com você: ler "A Orgia Perpétua", do Mario Vargas Llosa, é melhor que ler o livro de Flaubert e enriquece a releitura deste. E está faltando um Émile Zola para registrar a vida dos brasileiros miseráveis. Aqui mesmo, em São Paulo, temos pessoas que tremem ao receber seus míseros salários.
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12/11/2004 | | |
01h09min | |
| Ah, Andréa... há dois mundos, ou eu não tenho idéia e há mais deles por aí... sabe, eu achava que era válida a estética da denúncia, mas quando vejo que há quem se aproveite disso pra se promover, penso que o tempo das revoluções já passou. A miséria existe, e existirá por muito tempo. Quem irá contra ela? De verdade? Eu tenho vontade de esquecer, esquecer tudo. Não sou miserável nem abastado. Apenas tive chance de ir um pouco além do que é meu meio. Mas, a despeito disto, carrego comigo a decepção. Sim, decepção porque eu vi grupos ditos "de esquerda" tornarem-se diferentes do que diziam ser. Prometiam maravilhas e pouco aconteceu neste sentido. Por isso, miseráveis continuam miseráveis. E alguns dos que ainda não eram, tornaram-se. E agora? Nem sei mais o que dizer. Não vou defender Zola nem condenar. Nem mesmo condenarei velhos "esquerdistas". Tudo é diferente demais dos tempos de Germinal. Eu não sei como se dariam certas mudanças (seria ótimo se houvesse uma resposta pronta, não?), talvez devessemos formatar a unidade C: e começar tudo do zero. É triste, mas necessário... se temos mais de dois mundos, há mais tipos de miséria do que podemos imaginar. Bom, é isso... boa noite.
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12/11/2004 | | |
10h13min | |
| Obrigado por suas palavras. Mas eu sou mesmo é uma alma atormentada pelo silêncio.
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13/11/2004 | | |
22h24min | |
| Acho que só quem vive com um salário mínimo e tem várias bocas para alimentar, pode dizer se é exagero o comportamento daquelas pessoas. Além disso, o livro mostra um período de revoluções e faz menção a filósofos tais como Marx e Engels. Há todo uma carga histórica e cultural na obra que ajuda a entender melhor.
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7/12/2004 | | |
01h36min | |
| Andréa, quando penso em Germinal (que não li, mas confio na sua sinopse), na Cidade de Deus e na forma como a vida daquela gente foi explorada, eu fico um tanto triste com os rumos artísticos e culturais. Eu, como um autor de poesia, tenho às vezes algum drama ao pensar que se não for cuidadoso, ao tratar de certos temas, vou acabar agindo como um vampiro. Mesmo que a vida dessas pessoas, sabendo da minha existência e da minha hipotética apropriação do seu cotidiano ou não, jamais se altere.
Bom, apenas cabe tentar sempre dormir bem, e se não posso ser o benfeitor dos oprimidos, também não serei um canalha. Pois se o sonho não acabou, deve ter mudado de alguma forma que ainda não reconheço, perdido entre os vários mundos... será um pesadelo? Bom, o jovem Alessandro partirá, para cuidar de seus 72 papagaios gritando ininterruptamente "eu prefiro ser essa metamorfose ambulante" e "nos deram espelhos e vimos um mundo doente". Boa noite, moça!
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16/8/2005 | | |
13h45min | |
| Leiam Germinal, sim. para conhecer o que se passava na França do século XIX e ver que passamos por problemas semelhantes nos dias de hoje. Aqui no Brasil de 2005, ex-colônia portuguesa, onde o pobre recebe um salário-mínimo e os deputados metem a mão no dinheiro público.
| | [Leia outros Comentários de Laura] |
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1/10/2005 | | |
19h51min | |
| Minha cara, suas palavras e seu estilo estão finamente sintonizados com o modus de Zola. Boas verdades essas! Nunca li crítica semelhante, tão bem conduzida e certeira. Desejo confrontar-lhe com alguns textos meus, se possível. Até breve.
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4/11/2005 | | |
00h13min | |
| Sua crítica ao livro só nos incita a conhecê-lo. Achei muito interessante sua forma de instigar as pessoas à leitura do livro que é excelente. Muito expressivo, talvez até um pouco cruel, mas contém muito de realidade nele; realidade que não está muito distante no tempo e no espaço, como se fosse coisa do século XIX apenas; infelizmente podemos observá-la bem próximo de nós. Sejam curiosos! Leiam o livro e depois assistam ao filme com Gérard Depardieu. Abraços.
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10/4/2006 | | |
13h08min | |
| Vou ler Germinal. Vc fez uma grande propaganda da obra...!
| | [Leia outros Comentários de felipe ] |
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5/10/2006 | | |
08h52min | |
| Seus questionamentos são válidos. Li o livro e assisti ao filme depois, é verdade quando você diz que ele é horrivel, "quem quer ver isso meu Deus". Mas te digo que muitos ficaram impressionados diante de tanta miséria e da decadência humana. Acredito que devemos analisar uma obra no seu conjunto, sua história é muito rica do ponto de vista social. Transpor os valores contidos nela, conhecer as verdadeiras belezas, pois a beleza está em abstrair a essência das coisas internas e não externas.
| | [Leia outros Comentários de Sarah] |
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9/10/2006 | | |
17h15min | |
| Achei a crítica de uma natureza tão pueril quanto bizarra! Como pretender que as pessoas não devam ler aspectos sombrios da realidade humana, ou entender que isso é "nojento" ou "repugnante"!?! Confesso que fiquei surpresa diante de uma confissão dessa magnitude; publicar em alto e bom tom uma opinião tão avessa à realidade quanto corajosa. Pois não é qualquer um que é capaz de "colocar a cara para bater" e dizer absurdos de uma obra dessa importância. Talvez tenhamos que refletir diante dessa análise da seguinte maneira: existem realidades paralelas que devem ser compreendidas de forma igualitária. Devemos entender a realidade de Oz e a realidade de Zola como se fossem a mesma! De qualquer forma, foi uma crítica bem redigida em sua integridade e merece ser levada em consideração.
| | [Leia outros Comentários de Lívia] |
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11/3/2007 | | |
11h01min | |
| minha amiga, essa é a realidade, Zola não teve outra intenção além dessa, de escancarar a dura realidade daqueles pobres trabalhadores. Acho que a leitura do livro é muito válida tanto para se conhecer as vicissitudes das relações trabalhistas ao longo de sua evolução, e para lembrar que em locais muito mais próximos que nós possamos imaginar essas situações continuam ocorrendo...
| | [Leia outros Comentários de iury] |
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14/5/2007 | | |
16h26min | |
| Andréa, só hoje tive acesso a esse seu texto... Exibo o filme baseado nesta obra há pelo menos uns dois anos para meus alunos na disciplina de sociologia. Eu mesma custei a ter coragem de assistí-lo. Mas ainda não encontrei nenhum filme que possa substituí-lo para mostrar a desigualdade social, e exploração do capitalismo e inúmeros conceitos da teoria de Karl Marx. O livro, creio que você tem razão, é quase insuportável, porque a adaptação do filme foi suavizada. Mas infelizmente, a culpa não é do livro nem do Zola é da realidade.
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25/6/2007 | | |
14h38min | |
| Andréia, só hoje abri e li seu texto, de fato é repugnante o livro, mas, em verdade, nos dias de hoje temos muitos Monsieur Hennebeau e Paul, etc., aqui no Brasil, é o que a mídia nos mostra, trabalho escravo nas fazendas, nas carvoarias, nos canaviais, etc, essa desigualdade social não a encontramos só em Germinal, mas neste Brasil tido como um país rico e feito de igualdade social (só de aparência). É um contraste entre ricos de pobres.
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19/7/2007 | | |
20h05min | |
| Li Germinal há uns 40 anos atrás. Foi indigesto sim, mas me esforcei por concluir a leitura, porque é um dos livros que todos deviam ler. É um clássico. Fiquei na dúvida se você não estava usando de sarcarmo ao recomendar que admiremos vasos gregos. Você deve estar de gozação. Mas, valeu! Valeu mesmo ter despertado o interesse pela obra.
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26/7/2007 | | |
15h31min | |
| Acessei o google digitei Germinal. Tenho buscado uma cópia do filme para trabalhar com alunos da administração. Como aspirar mudanças se esquecemos o que fomos e vivemos, o germinar de uma luta por dignidade, na qual ainda continuamos. Ou não fazemos todos parte de tudo isso, de toda uma história da humanidade repleta de atrocidades, grandes gestos, sonhos, aspirações e magníficos "vasos gregos"? Li pela primeira vez um texto seu, como não conheço seu estilo, prefiro crer que seus comentários sejam motivados pela intenção de instigar à leitura desse formidável clássico de forma irônica e certeira. Continuarei a leitura de outros textos seus.
| | [Leia outros Comentários de Cinthya] |
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6/11/2008 | | |
18h20min | |
| Li "Germinal" há cerca de um ano, após muitos professores da faculdade falarem a respeito dessa obra. Fiquei curiosa e um belo dia descobri-o na estante de minha casa. Não sei se você está sendo irônica ou se expressa realmente sua opinião, porque, ao ler a obra, senti-me completamente envolvida e apaixonada por ela, justamente por retratar a realidade dos fatos que ocorriam na época da revolução industrial, toda a sujeira da sociedade, a luta de classes, a banalização do ser humano e por Zola citar Marx, o que demonstra um vasto conhecimento do autor. Digo com toda a certeza que "Germinal" foi o MELHOR livro que já li em toda minha vida. Gostei muito de seu texto, pois acredito que você estéja utilizando uma certa ironia. Realmente, muito bom.
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21/11/2008 | | |
21h57min | |
| Excelente texto. Não li o livro, mas assisti ao filme, que expressa uma dura realidade. Sua ironia e talento ao escrever foi genial. Parabéns!
| | [Leia outros Comentários de Carlos] |
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25/4/2009 | | |
21h36min | |
| Mas que conselho estúpido! Leia "Germinal", sim! Veja o filme de Claude Berri (1993) com Gérard Depardieu. E veja também o excelente documentário "Misère au Borinage" (1933!) de Joris Ivens e Henri Storck. É obrigatório saber!
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25/4/2009 | | |
23h44min | |
| Andréa, fico impressionada como tanta gente que parece se considerar "entendida, crítica e consciente" não entende o sarcasmo, a ironia da sua mensagem, e se mostra indignada. Tem pessoas que acreditam que "pensam", mas só compreendem o óbvio. Parabéns pelo seu texto, mas da próxima vez talvez você tenha que ser mais "óbvia", para que a maior parte das pessoas possa compreender sua mensagem.
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26/4/2009 | | |
19h44min | |
| Se não houvesse a realidade, então qual seria a graça da arte?
| | [Leia outros Comentários de Renato] |
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2/6/2009 | | |
16h03min | |
| Leia o livro.
| | [Leia outros Comentários de Nina] |
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5/7/2009 | | |
10h02min | |
| Brilhante o seu texto. Fina ironia. Germinal. Zola já está colhendo novos apreciadores.
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2/8/2009 | | |
09h23min | |
| Eu acho que você não entendeu nada! "Germinal" é um dos melhores livros da literatura universal!
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26/9/2009 | | |
17h00min | |
| Andréa, "Germinal" foi escrito com um único propósito: mostrar a condição de vida do mineiro. Se Émile Zola apelasse a uma linguagem de um mundo feliz, onde todos viveriam bem, o livro não teria graça. Trata-se de mostrar a real situação dos operários numa mina de carvão. Não pense que o autor sentiu na pele trabalhar três meses numa mina para escrever um livro e fazê-lo de uma meneira que fuja da realidade. Se tu ressaltasses as ligações anarquistas, evolucionistas e sentimento de irmandade, estaria batendo palmas para ti.
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11/11/2009 | | |
19h31min | |
| Depois dele, todos vão ler Zola. Temos vários mundos. Em muitos deles estão o ambiente e os personagens de "Germinal". Aqui, em Fortaleza, há um lixão chamado de "jungurussu", onde, diariamente, os feios, parecidíssimos com os de "Germinal", se batem com os animais, disputando o lixo... E tem gente que ainda acha que não vale a pena lutar... Será melhor admirar os vasos gregos e nada mais?
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21/2/2010 | | |
15h36min | |
| Émile Zola foi simplesmente brilhante! "Germinal" aponta com a crueza típica do naturalismo realista a vida miserável de milhares de trabalhadores nas minas carboníferas da França. Uma boa obra para quem é interessado em conhecer pormenorizadamente o tema. Boa leitura!
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13/10/2010 | | |
00h25min | |
| E o detalhe é que ele viveu essa brilhante obra. Esteve cerca de dois anos em uma mina de carvão. A sua obra é a realidade nua, crua e injusta! Felizmente há homens como Zola, para denunciar nossa vergonhosa realidade.
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