COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
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17/9/2005 | | |
19h02min | |
| Eduardo, meu colega, a diferença dos escritores (quando o são) e dos cronistas de jornal é mais sutil do que isso. É a liberdade, talvez, de escrever só sobre o que se está a fim. Somente se algo o move. Escritores não têm pautas, graças a Deus. E também não precisam fazer trabalho de campo como o que você considera aí. Trabalho de campo de escritor é na linguagem.
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17/9/2005 | | |
23h55min | |
| Eduardo, parabéns pelo texto. Para narrares o que está aí, também olhaste de outra maneira a realidade em volta e percebeste o que não se percebe, não se quer perceber ou aquilo para o qual já se está cego, no cotidiano. Talvez seja um sintoma de época também se trancafiar, inventar coisas diante de um computador, falar com seus pares, seu gueto, sua tribo (tão pós-moderno isto). Sou jornalista e sinto toda esta rotina estafante de hoje, essa mania de produção (produzir conhecimento, defender uma suposta democracia, bla-blá-blá) também bastante distante da realidade mesmo, essa que está no bar daquela ruazinha mal-iluminada, na praça, no café, no shopping center (ah, shopping center não é lugar de escritor, de intelectual...), por que não naquela roda de pandeiro, ou das mulheres da vida que fazem ponto no mesmo local, e que meia cidade consome... Se de um lado parece haver um realismo meio que socialista, de só descrever a marginalidade, o crime, anos-luz depois de se saber que chocar não muda o mundo, por outro lado há uma classe inteira de intelectuais, escritores, etc., medindo as qualidades da flor, da flor-arquétipo, a flor mais bela e mais pura – uma flor de cera, completamente sem graça. Muito bem colocada esta questão de se perceber realidade, quando tomarmos coragem de encarar sem medo e com alegria os espasmos de vida que uma cidade contém, não vai haver tédio de narrar, mas necessidade de o fazer. Parabéns mais uma vez.
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19/9/2005 | | |
14h12min | |
| Viver na realidade antes dos 80 e' a receita certa para ter que usar Hena antes dos 30. :) Ótimo texto. Sempre que vou a São Paulo, e quero ir a algum lugar me sinto meio assim mesmo...
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22/9/2005 | | |
20h21min | |
| Eduardo, fantástico é você. Que idéias! Quem ficou com vontade de descer e ir ver a vida fui eu. E ir para São Paulo. Que idéia, que idéia!
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29/9/2005 | | |
11h33min | |
| Eduardo, foi um prazer ler o que vc escreveu sobre nossa peça. Obrigada por colocar dessa forma tão inteligente o que para nós é a indignação pela falta de público (seria culpa da mídia?). Sabendo da qualidade, não só dessa peça que estamos encenando agora, mas de todo o trabalho do Grupo Tapa, as pessoas deveriam se deslocar de seus mundinhos, né? Agora estamos no Rio, e o problema da falta de público aqui ainda é pior que em São Paulo. Talvez o teatro, do jeito que o fazemos, esteja morrendo. Talvez sejamos os últimos e poucos espécimes que ainda nos importamos com a palavra, a mensagem, e não com o show, a fama. Para onde vamos depois? Lutar para conseguir montar mais um esétáculo de qualidade e continuar encenando (O Tapa tem teatro de repertório e atualmente está encenando "Os Executivos" e "A Madrágora").
Mas o prazer de dar prazer aos espectadores é mais do que compensatório!!!
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3/10/2005 | | |
19h31min | |
| Salve Eduardo!!! Quanto tempo! Eu tive o prazer de ver Major Bárbara e realmente é fantástico. Se você quiser conhecer uma São Paulo diferente do circuito pseudo-cultural de Patricinhas e Mauricinhos, é só ler os livros do João Antonio e anotar os endereços... Um abraço, Aguinaldo.
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