COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
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13/3/2007 | | |
12h05min | |
| Verônica, boa sorte mesmo! A USP parece ainda mais embolorada do que a UFMG, onde me formei, e muito bem, em Letras. Concluo o doutoramento este ano, mas ainda me lembro de que grande parte do que aprendi e das boas experiências que tive não foram em sala de aula, mas nos gabinetes dos professores, em conversas e atividades na companhia deles. É um universo diferente daquele das aulinhas. Outra grande parte do que me pareceu interessante e formativo pintou porque eu procurei. Teria procurado (e encontrado) nas bibliotecas do campus, na Internet, numa universidade privada ou pública. Tanto faz. Mas há coisas inteligentes que só uma universidade pública se preocupará em fazer e oferecer bem-feito (cursos de Letras, por exemplo). Encontre seu caminho apesar de professores, banheiros, cantinas, traças, retroprojetores emperrados. Isso não é o principal. Mais bacana é ter Antônio Cândido como professor. Mais ninguém tem.
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19/3/2007 | | |
09h02min | |
| Fique chocada ao ler o texto pois meu sonho é fazer Letras na USP mas tudo bem... Bom, eu também faço Letras... Estudo na UCDB (Universidade Católica Dom Bosco). No 1º semestre tive a oportunidade de ter Raquel Naveira como ilustre professora, até ela ser convidada a trabalhar na UFRJ... Já no 2º semestre tive Latim e Mitologia, matérias essas que revolucionaram minha visão sobre o curso... Atualmente estou caminhando no 3º semestre, apaixonada pela Literatura Brasileira, Lingüística e Filosofia... Engraçado que eu estou gostando do curso mais do que eu esperava...
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22/3/2007 | | |
10h26min | |
| Verônica, vc tem coragem mesmo. Se fazer uma faculdade já é um ato de heroísmo, duas, então... acho que deveriam condecorar os que se aventuram em empreitadas como essa. E não é só pelo mais completo estado de indigência do ensino superior, ou pela burocracia que nos sufoca ou mesmo pela estupidez de reitores e professores, mas sim pelo enorme vazio que as faculdades hoje nos proporcionam. Desejo-te sorte!
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26/3/2007 | | |
07h07min | |
| Verônica, sei que conselho não vale nada, mas acho meio perda de tempo para uma pessoa empreendedora, curiosa, e criativa fazer uma segunda faculdade. O que você como todo mundo precisa é de um espaço para estudar e pensar, não de uma repartição pública encarregada de elaborar grades horárias e expedir diplomas. Se quer continuar estudando, considere uma pós graduação, que pode ser menos amarrada. E se a USP sugerir que "pós não é para pessoas de outra área, tem que fazer a nossa graduação primeiro", pense em estudar fora, o pessoal do Digestivo vai confirmar que serve mais para abrir as idéias do que qualquer curso da USP...
| | [Leia outros Comentários de F Pait] |
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26/3/2007 | | |
08h50min | |
| Verônica, sorte acredito não ser necessário pois você é muito inteligente e esperta para sobrepor tudo isso. Não pense que és a única a penser, refletir, trocar idéias quando o assunto é a educação. Quantos de você existe neste país? Quantos de nós temos idéias e ideais tão parecidos? Por que o ensino é tão "obsoleto"? Porque simplesmente só aprende quem quer e só se ensina aqueles que "gostam" de ensinar e ver seus "alunos" se destacarem e levar o seu "conhecimento" ao próximo. Faculdade é apenas "abertura de mente" pois os nossos dias, o nosso coditiano não "ensina" muito mais do que aparenta ser. O digestivo além de ser um meio de comunicação, é também um meio de educação. Sim, um meio de educação onde se "aprende" conversando. E não se esqueça de que bar tembém é cultura. Não desista pois sempre haverá alguém para ensinar e a aprender.
Um abraço, Reinaldo Santana
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30/3/2007 | | |
01h53min | |
| Me formei em Odontologia e agora faço Letras (UFMG). Não tentaria vestibular em nenhum outro lugar, a não ser em Recife, na UFPE e na UFES, em Vitória. Bom, concordo com o F Pait e acho, ainda, que não é necessário ir para a faculdade de Letras para escrever. Mas estar ali dá prazer... na pós ou na graduação, sempre é válido, não creio que seja perda de tempo.
Viajar, estudar fora (fora do Brasil ou mesmo dentro do nosso país, fora do estado de origem) certamente ensina demais.
O que a gente nunca vai aprender, mesmo com 15 graduações, é que a felicidade não existe. Por isso a gente continua correndo atrás dela.
| | [Leia outros Comentários de Juliana] |
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30/3/2007 | | |
22h51min | |
| Verônica, vou me ater ao seu texto. Lamento informar que essa sensação de desnorteamento não vai mais passar. Com a cultura que vem vindo, o relativo sucesso profissional e a vida pessoal que vai andando, você deixa essa sensação se atenuar... mas é só. Na realidade, penso que é uma constante, hoje, não nos sentirmos preparados: para prestar vestibular, para ingressar na faculdade, para sair dela, para trabalhar, para casar, para sair de casa, para ter filhos etc. Assisti aulas na Letras, ainda no tempo da Poli. Não gostei de tudo o que vi. Não prestaria. Prestei Filosofia, como te contei, e não consegui continuar. As prioridades são outras... Você resolve ir adquirindo cultura "como todo mundo", à medida em que dá. Não tem tempo, mais, de “parar” e fazer uma faculdade. É triste, mas é verdade... A frustração nesse âmbito, como em outros tão importantes, é incurável. O “consolo” é que, reclamando, estamos fazendo alguma coisa. Pelos outros. Em setembro, falo mais a respeito. Nunca acaba... Boa sorte, sempre! Julio
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6/4/2007 | | |
15h07min | |
| À Verônica e outros que possam interessar. A comunicação e expressão é algo difícil de realizar. Todos os minutos de nossa vida tentamos nos comunicar e não somos entendidos. Desde que o mundo é mundo (desculpe a redundância) o homem tenta se comunicar e através deste recurso concretizar seus objetivos. Para finalizar este texto reflita sobre esta mensagem. "O conhecimento é vaidade, tudo é vaidade" (Salomão, em Eclesiastes). Quando passamos a entender uma língua adquirimos uma mente crítica e passamos a julgar tudo que lemos e ouvimos. Verônica acredito que o verdadeiro pensador, educador já está em voce, pois ao nos decidirmos cursar letras já temos dentro de nós 90% da realização. Continue lendo, ouvindo, criticando porque na verdade você está exercitando, vivendo letras mais do que nunca.
Um abraço, Moacyr.
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