COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
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7/1/2008 | | |
10h24min | |
| Gostei de suas dicas. Se grande parte de pretensos escritores seguisse um pouco esses conselhos, certamente, não teríamos tantos livros terríveis. Mas não sei se conseguiriam perceber realmente o que você quis dizer. Será que estou sendo cruel demais??
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7/1/2008 | | |
10h32min | |
| Olá, Pilar
Quando eu tinha 1 ou 2 anos de idade, alguém abandonou uma gatinha recém-nascida em frente à porta da casa onde morava. Eu peguei ela no colo, fiz-lhe umas festinhas e disse: "nina, nina" (ainda não sabia dizer coitadinha, coitadinha). A minha mãe também teve pena da gatinha, e a Nina ficou como animal de estimação. Afeiçoei-me à Nina e ela acabou por se tornar a minha "irmã de pelo", e fazíamos tudo juntos. Quando me deitava, ela também se deitava junto aos meus pés, muitas vezes por baixo de lençóis, e ia subindo até se enroscar junto ao meu peito. Quando, já adulta, tinha filhotes, chamava-me para os esconder nos sítios mais variados, pois sabia, instintivamente, que eles iriam desaparecer. Com os dentes, pegava num filho pela pele do cachaço e olhava para mim, ansiosa, pedindo-me que fizesse o mesmo. Eu pegava noutro com os dedos e acompanhava-a para o local escolhido. A minha vida com a Nina durou 14 anos. Posso afirmar que existem relacionamentos interanimais.
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7/1/2008 | | |
11h42min | |
| Sei, é horrível ler algo ruim. Mais que isso, é ruim ter pago por algo ruim! Seus conselhos são realmente muito pertinentes quanto a necessidade de se consultar um profissional antes de publicar, mas acho que quem paga para publicar, dificilmente tem grana extra para pagar para que lhe ponham os pés no chão (o que deveria vir primeiro). Normalmente seus pés aterrissam quando não têm o que fazer com os livros depois que não vendem nada, e a grana já se foi. Seria muito mais barato ter pago pelo revisor, certo? Pois vou dizer uma coisa. Não me considero um craque na escrita, por isso, quando fui me meter a publicar, paguei por um leitor crítico primeiro, e depois por uma revisão profissional; e sabe da maior?: descobri que escrevo e reviso melhor que o tal profissional. Não adiantou nada ser humilde, achando que era tão ruim que qualquer um poderia ser melhor. Não é verdade! Por isso, amigos, cuidado com quem vai deixar seu dinheiro, que, embora seja feito de papel, "não nasce em árvores".
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7/1/2008 | | |
20h40min | |
| Olá, Pilar!
Gostei muito do texto e de todas as dicas, vão ser de grande valia.
Um abraço.
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31/1/2008 | | |
12h27min | |
| Pilar, adorei as dicas. No momento, estou preparando dois romances para começar a busca por editoras. Vou rever as minhas observações.
Continue dividido seus conhecimentos.
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19/2/2008 | | |
10h28min | |
| É... foi um tapa na cara dos que acham que escrevem. Ao mesmo tempo, mais um incentivo aos que sabem que sabem disso. Ainda assim, escritores-de-estante como eu (de-estante porque colecionamos originais por mil vezes recusados), não mais sabemos o que fazer quando, mesmo seguindo dicas como as suas, não somos relevados.
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25/8/2008 | | |
08h35min | |
| Ainda bem que o papel eletrônico, leia-se computador+monitor+teclado+editor de texto, está ajudando a preservar a madeira em pé! E na terra dos que não conseguem entender o que lêem, quando sabem ler, escrever um bilhete já é façanha. Teus conselhos e dicas, caríssima Mestra, são de enorme valia, principalmente, para os que conseguem exercitar um mínimo de autocrítica. A eles, o blog. Viva a escrita eletrônica! Não custa (quase) nada, a gente corrige ou apaga com facilidade, mostra para a família, infla o ego e não esperdiça dinheiro com "encalhes" garantidos. Do outro lado, os editores tambem estão precisando de um "upgrade". Fazem cada escolha... Tal como vc diz, Faculdades não formam nem produzem escritores, bons ou maus.
Acho que faltou mencionar a vocação, o dom, o "borogodó" especial, além do conhecimento técnico, sem o qual, nem com ajuda de gohst-writers, orientadores, mestres, etc., um deslumbrado vai virar a produzir literatura.
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25/8/2008 | | |
16h44min | |
| Cara Pilar, notei em seu artigo uma velada sugestão para que os candidatos a escritores façam o curso de Letras. Permita-me uma opinião: se alguém quiser ficar íntimo das palavras, leia. Leia tudo: histórias em quadrinhos, romances da Barbara Cotland, sacrifique-se com os textos de Guimarães Rosa, penetre no cipoal dos escritos de James Joyce - leia de bula de remédio aos blogueiros juvenis. Com o tempo será capaz de separar o joio do trigo. Se quiser ser um professor, faça a faculdade de Letras - quem sabe um dia possa ocupar a cadeira do mestre...
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16/9/2008 | | |
15h42min | |
| Inda bem, ou lamentável, que só tenha lido esse teu cometário sobre preservar as árvores agora. Publiquei 1 mil exemplares de uma novela (O dia do descanso de Deus) há ano e meio. Tenho menos de 100 exemplares em casa e em duas livrarias. Um programa em Pelotas dia 11/10 e outro em Livramento dia 6/11. Edição do autor, vendi uns 200 pela Internet, desde relações havidas em Overmundo, Recanto das Letras e Orkut. Tem em duas livrarias de Porto Alegre, a Nova Roma e a Palavraria. Vendi também em conversas com pessoas que lêem, um programa que faço em bairros sobre literatura. É meu primeiro livro. Miseravelmente, sou apenas jornalista. Não fiz Letras. Não paguei um tostão para qualquer profissional resenhar ou caitituar. E já plantei algumas centenas de árvores no meu meio século de existência.
Curioso: o primeiro texto meu que elogiaram em público foi uma composição escolar no primário sobre O Dia da Árvore, em 1964. Governava já o partido verde oliva. Viva a liberdade!
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18/12/2008 | | |
12h27min | |
| Achei um ótimo texto, parabéns. No entanto, gostaria de dizer que não concordo com sua opinião em relação ao pretérito-mais-que-perfeito. Sim, não é usado na linguagem coloquial; mas é necessário para descrever o passado do passado, coisa que o pretérito simples não faz direito. Se dizemos "O homem foi ao banco. Teve um pressentimento..." é uma coisa. Agora, "O homem foi ao banco. Tivera um pressentimento..." você já sabe que o pressentimento foi antes de ir ao banco. Há gramaticistas que defendem o uso do mais-que-perfeito apenas para a troca pelo "havia tido" ou "havia havido" (dada a relação pré-existente entre os verbos ter e haver), limitando seu uso para "tivera" e "houvera" apenas. Não concordo. Acho que este tempo verbal tem sua função e deve ser usado. Se não fosse útil, concordaria.
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26/9/2009 | | |
23h06min | |
| É por sermos em maioria humildes demais que poucos de nós enriquecem; não acreditamos sermos capazes de fazer algo suficientemente importante e criativo que mereça nos enriquecer de forma justa. O comentário de Paralaze contando a história de seu gato, apenas uma parte da vida de uma das "seis bilhões de pessoas no planeta que tem uma trajetória marcante. Ao menos para si mesma", me tocou. Fosse a orelha de um livro, eu o teria comprado... ou ao menos teria dado uma espiada na livraria. Cada um de nós tem algo especial a compartilhar, a menos que não acredite em si mesmo e não faça nada, não crie nada. Acreditem e criem, não sejam humildes e não se preocupem com os outros 6 bilhões de pessoas que pensam ter uma história de vida surpreendente mas simplesmente nunca farão disso inspiração para uma bela criação.
| | [Leia outros Comentários de Thais] |
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20/11/2009 | | |
16h44min | |
| Parabéns pelo material. Espero que esse seja norteador e revele os verdadeiros e anônimos escritores que existem por aí (risos)! Um abraço.
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24/1/2010 | | |
20h38min | |
| Apenas para atualizar a url do blogue meu. Minha opinião sobre o escrito continua sendo a mesma. Plantei mais algumas árvores. Vendi ou distribuí toda a edição impressa da minha primeira novela. Estou concluindo a segunda, um romance policial, também no perfil novela. E - pasme! - vou imprimir em papel, antes que o mundo acabe em 2012. Consultei um avatar e ele me disse que não serei eu a desequilibrar o planeta. Viva a liberdade de expressão, de impressão e as impressões sobre a liberdade.
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6/5/2012 | | |
13h42min | |
| Lembro que, na minha infância, no primário, ganhei um concurso de redação. E foi isso que, naquela época, numa cidade de pouco mais de 5 mil habitantes, me deu impulso para gostar de ler. Meu pai sempre incentivou a leitura e a estante de casa, repleta de obras literárias, sempre esteve ao alcance das minhas mãos. Não cursei Letras, não tenho o menor interesse em pagar editora para publicar um livro e acho que maioria delas publica obras apenas pelo retorno financeiro e não pela qualidade do trabalho. Acredito que, se o ensino público no Brasil fosse de melhor qualidade, a produção literária dos anônimos que se sentem poetas ou contistas também seria muito melhor. Num país em que alfabetizar significa apenas saber juntar letras para escrever o nome e em que inclusão digital é a mesma coisa que dar Ipad para todo mundo, a força de vontade daqueles que se empenham para aprender, por conta própria, sobre o (muitas vezes inacessível) mundo literário é de grande valor.
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