COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
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3/6/2008 | | |
09h23min | |
| Daniel, você critica a inclusão de escritores brasileiros, partindo do pressuposto de que, ao ler grandes clássicos universais, o estudante supostamente gostará da literatura, ao contrário do efeito produzido pela literatura nacional. Isso é uma falácia. O que move alguém a gostar da literatura não é algo assim tão simples. Essa fórmula mágica de que, para alguém gostar da literatura basta que seja apresentado aos livros certos, não existe. Defendo a inclusão da literatura nacional por causa de um ponto simples: já que o aluno passará o resto da vida sem ler nenhum livro, que pelo menos saia do ensino médio com um contato mínimo com clássicos da literatura nacional. Não se trata de "valorizar o que é nosso", apenas de um modo de ensinar um conteúdo relevante, afinal, ninguém cogitaria a hipótese de substituir em História textos sobre o descobrimento do Brasil por textos sobre a formação do império germânico por esses interessarem mais ao estudante... Dos males, o menor.
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3/6/2008 | | |
12h32min | |
| Caro Leandro, eu critico apenas a inclusão de livros que, certo como dois e dois, afastarão o aluno da literatura. Não é novidade essa crítica, eu estou apenas passando adiante. Acho que aos alunos deveria pelo menos ser dada a opção de gostar mais de Machado de Assis ou de Jonathan Swift, por exemplo. Não é verdade que, saindo do ensino médio sem traumas literários, a pessoa terá mais probabilidades de, no futuro, vir a gostar mesmo de José de Alencar ou Camilo Castelo Branco? De resto, permita-me discordar: trabalhar, digamos, Kafka em sala de aula não seria de maneira alguma como estudar a formação do império germânico em detrimento da história brasileira. Até porque temos duas matérias de história no colégio, uma para a brasileira e outra para a universal, enquanto que no espectro do ensino de literatura somos pobres ao extremo.
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3/6/2008 | | |
23h18min | |
| O intuito de incentivar a leitura de "clássicos" da literatura brasileira em detrimento da literatura universal seria justamente privar o povo de cultura de verdade e então preservar uma nação de medíocres...
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4/6/2008 | | |
10h11min | |
| Fazer alguém gostar de literatura é uma improbabilidade como qualquer outra, meu caro. Assim como fazer gostar de matemática, de história, de química. Não se sabe (nem jamais se saberá) o que, exatamente, que conjunções e redes de sentidos, faz com que um indivíduo goste de literatura (ou de qualquer coisa). O problema é que todos acham que podem e sabem se meter no trabalho dos professores de literatura ou de português. Em qualquer mesa de boteco, comentários como os seus são aventados até que todos estejam bêbados. O negócio é saber que nem todo aluno é igual (em lugar algum), o que pode aumentar a probabilidade de uns gostarem de Machado e outros de Zola. Vários estudantes não gostarão de nada. Muitos serão empresários bem-sucedidos, gostando ou não de Machado ou de equações de segundo grau. Outra coisa: muitas nações precisaram de heróis. A Itália, por exemplo, elegeu Dante. E assim foi com a maioria dos países que precisaram constituir uma literatura nacional. Mas... são europeus.
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4/6/2008 | | |
10h51min | |
| Sim, sim! O Machadão está em todas. O cara, já consumido pelos vermes, consegue extrapolar o seu tempo e assombrar os leitores do século XXI, sendo leitura obrigatória para todos que querem alcançar um lugar nas universidades e afins de nosso país. Sou professora de Português e Literatura e quase sou obrigada a fazer com que meus alunos (ensino médio) leiam o tal. Lógico que ele é bom, ainda mais se comparado ao J. Alencar; mas se eu falar, por exemplo, que não gosto tanto, é capaz de ser apedrejada. O leque deve ser mais amplo. Oferecer e mostrar as possibilidades da literatura e deixar a escolha ao leitor, acho que é minha função. O medo é que sempre escolham um Paulo Coelho, por exemplo. Beijo. PS: O artigo do Guga enriquece bem esse aspecto...
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4/6/2008 | | |
11h54min | |
| Daniel, permita-me discordar de você. Isso não é "certo como dois e dois". Quem acha que Machado afasta o aluno da literatura e Jonathan Swift aproxima é você. Esta é uma preferência sua. Eu fui "obrigada" a ler Machado na escola, aos 14 anos, e acabei gostando. Gosto muito do Machado, embora me irrite com essa coisa de "patrimônio nacional". Não sei se ele é o melhor autor brasileiro, como dizem. Sei que é bom. Fazer ranking é bobagem... Na minha sala do ensino médio (saudosos tempos!), algumas pessoas gostaram do Machado e outras não gostaram, mas ainda assim continuam a se interessar por literatura do mesmo jeito. Detestei o José de Alencar e nem por isso disse "meu, nunca mais quero ler literatura brasileira na vida!". Acho que você está sendo reducionista.
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4/6/2008 | | |
14h34min | |
| Já não me sinto mais um herege condenado à fogueira eterna pela casta sacerdotal impenetrável da ABL. Não cheguei também a gostar de Orwell, o que pode ser uma condenação também aqui. Ultimamente estou envolvido em livros que refletem meu interesse por uma virada na maneira que os nossos escritores deveria nos brindar com suas penas. Não me envergonho de ter meus três últimos Neve - Orhan Pamuk - Companhia das Letras, A Menina que Roubava Livros - Markus Zusak - Editora Intrínseca e O Caçador de Pipas - Khaled Hosseini - Editora Nova Fronteira. Me envergonho sim por ter gostado de Monteiro Lobato na minha infância (e a razão escrevi aqui)... Abdalan
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4/6/2008 | | |
14h50min | |
| É ridículo querer impor regras e gostos literários, ou seja: cada um com seus gostos e, se todos gostassem do Machado, essa troca de idéias não estava acontecendo... Parabéns, Daniel, pelo texto.
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4/6/2008 | | |
23h12min | |
| Dan, te digo que eu gosto do Machado, mas não me sinto evoluída intelectualmente por isso. Gosto, mas não o considero o melhor escritor brasileiro. Sou mais um Aluísio, um Augusto dos Anjos, um Dalton Trevisan, um Guimarães Rosa, dentre outros singularmente geniais para mim. Como educadora, vejo que é um erro curricular de nossas escolas privar culturalmente seus estudantes de terem acesso à literatura de outros países. Lembro que no 2º ano disse a minha professora de literatura que o Romantismo francês e alemão era muito mais vivo e empolgante; ou você não acha Vitor Hugo mil vezes melhor que o José de Alencar? E só um particular, aquele pequeno que te abordou com um livro do Alencar na mão com certeza devia ser um idiota, pois até onde eu sei, os grandes militantes do movimento estudantil devoram Orwell (conheci o autor através de discussões e debates promovidos pelo M.E), e de preferência em sua lingua materna, para evitar a dertupação das traduções.
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5/6/2008 | | |
00h47min | |
| Daniel! Apenas para finalizar, comentei sobre as generalizações, porque entristeceu-me ver você cometer esse peculiar erro! Primeiro, identificou alguém que te abordou de forma ingênua/babaca, nacionalista, como sendo alguém do ME (movimento estudantil); segundo, imaginou a leitura desses militantes. Digo-te, meu amigo, que ao entrar para o ME, coisa do Século Passado, fui, primeiramente, apresentado a uma pauta de leitura, que não era, de modo algum, nacionalista. Os grandes líderes, e alguns militantes de base, que conheci, à época, eram grandes intelectuais, com uma formação cultural universalista e humanista. Sempre me recomendaram a boa literatura, que, tirando um ou outro, sempre é formada por uma lista mais ou menos igual... De clássicos a populares... E, quem me fez gostar de literatura, dos nove aos doze anos, foi um cidadão chamado Samuel Langhorne Clemens, mais conhecido como Mark Twain! Abraços!
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5/6/2008 | | |
13h36min | |
| Daniel, simplesmente fantástico o fato de você levantar essa questão. Concordemos ou não, discutir isso abertamente já é um ganho! Concordo com você em vários pontos, mas vejo como culpada a má-formação literária do brasileiro, fruto de um currículo escolar obrigatório e muito pouco arejado. Num país em que o ensino se pauta voltado apenas para o Vestibular, não há margem para crescimento intelectual de verdade. Do antigo ginásio para o colegial, o aluno sobre uma "descompressão" literária: acostumado a ter prazer com textos didaticamente adequados (como a famosa "Coleção Vaga-lume", da Ática), se vê diante de estruturas complexas e temáticas adultas, cuja identificação é forçada e a apreciação pouco natural... A leitura, quando deixa de ser uma jornada prazerosa e se torna pura obrigação acadêmica, assina seu atestado de óbito.
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5/6/2008 | | |
16h03min | |
| Não sei o que faz um jovem do ensino médio gostar de literatura, seja nacional ou internacional, mas José de Alencar, com certeza vai fazer o estudante pular várias páginas e procurar um resumo para conseguir se dar bem na "ficha de leitura"! Também não sei se eu teria entendido (e gostado tanto de) George Orwell se o tivesse lido durante o ensino médio, mas tirem "Senhora" das mãos dos estudantes brasileiros e coloquem "A Revolução dos Bichos" ou "A Metamorfose" e a chance de eles se interessarem pela leitura aumentará muito! Quanto a Machado, eu gosto muito, mas concordo totalmente com o Daniel, quando ele diz que devemos evitar esse nacionalismo literário e valorizar o que é bom, seja da nossa cidade, seja de Marte!
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5/6/2008 | | |
18h05min | |
| É muito bom saber que existem outras pessoas que não amam Machado de Assis. O único livro dele que gostei realmente foi "Dom Casmurro". Recentemente disseram-se que seria interessante se eu lesse os contos de Machado de Assis (interessante para melhorar e amadurecer a minha escrita), mas não consegui ir em frente. "Uns braços" é extremamente desanimador, assim com "A cartomante". Houve um do qual gostei, mas não lembro o título, sei que a história é de uma solteirona que passa o tempo a relembrar antigos amores...
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6/6/2008 | | |
01h43min | |
| Não creio que exista alguém em Brasília tentando impor aos nossos infantes leituras goela a baixo. Falta discussão, e na falta, deixe-se tudo como está! É lógico que o estudo da literatura não deve ficar amordaçado aos nossos Machados e Josés! Caso contrário, vamos fazer nossas listinhas, pegar uma foice e partirmos para a briga. Não podemos, também, generalizar, achando que tudo é ruim. Temos ótimos escritores pátrios (escritores pátrios é ótimo) ou de outras plagas! Devemos é pensar no preparo dos professores, imagine "O mundo de Sofia", sendo apresentado por quem nada entende de filosofia, daria outro livro! A apresentação é necessária, mas o gosto pelos livros é algo individual, não pode-se obrigar ninguém a gostar. Abraços!
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6/6/2008 | | |
07h33min | |
| Daniel, adorei seu texto! Sempre odiei Machado de Assis (e também José de Alencar, claro) e sou sempre criticada por isso. E o pior é ser criticada por pessoas que nem sequer têm o hábito de ler (refiro-me à literatura, claro!). Aliás, em meu ensino médio, eu sempre me perguntava porque os autores estrangeiros eram melhores que os nacionais (e eu odiava essa idéia). Só depois eu descobri que existem autores nacionais ótimos. E eu não devo isso à escola...
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6/6/2008 | | |
09h44min | |
| Daniel, olha, na verdade não importa muito gostar ou não de Machado. Até porque o que se lê, se guarda no intelecto, se absorve, é uma diversão solitária. Praticamente uma masturbação intelectual. Ou seja, há quem se divirta e se enriqueça intelectualmente com Paulo Coelho, com Diogo Mainardi. E por aí vai. Eu também sou das ciências sociais e há quem leia Marx, Weber e Durkheim e ache maravilhoso. Vira Bíblia. E há quem ache uma porcaria. Ou seja, a leitura é um momento solitário entre você, leitor, e o autor em forma de livro. Às vezes há conexão, as vezes não há. Eu acho Machado de Assis o melhor escritor. Do Brasil e do mundo. Mas isso é uma conexão íntima com o autor. Minha com Machado. É rir das piadas sarcásticas que ele faz, é conhecer a história do Rio de Janeiro e do Brasil através de seus textos, é conhecer outras nuances da belíssima língua portuguesa. Ler Machado não é fácil...
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6/6/2008 | | |
12h46min | |
| No mundo hodierno fatos se sucedem em nanosegundos. A avalanche de informações gera o estresse, do qual todos, que pensam, são portadores... Concordo com Daniel e também não gosto do estilo H20 de Machado (incolor, insípido, inodoro, e adaptável ao continente). Melhor aprender sobre a vida dos rotifers por ex - pq, da vida deles, podemos inferir a história da sexualidade humana. Ou sobre os cantores de Tuva que nos impelem a conhecer o uso extenso do aparelho respiratório e das pregas vocais... Agora, escrever livros e teses para discutir a fidelidade sexual da heroina de olhos oblíquos de cigana dissimulada... Bem... "to each his/her own". Parabéns, Daniel (for having the guts - not to say something else..). Cylene
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7/6/2008 | | |
12h34min | |
| Li esse texto agora de manhã e fui buscar uma passagem do "Como e por que ler" do Harold Bloom que estava folheando ontem à noite e que cai como uma luva (acho) aqui: "Exorto o leitor a procurar algo que lhe diga respeito e que possa servir de base à avaliação, à reflexão. Leia plenamente, não para acreditar, nem para concordar, tampouco para refutar, mas para buscar empatia com a natureza que escreve e lê". E acho que há dois tipos de literatura, assim como há dois tipos de música, ou de qualquer expressão artística: a boa e a ruim, sem necessidade de se olhar para o "passaporte" delas. E discordo quanto ao fato de ser difícil fazer com que alunos gostem de literatura. Acho que o bom professor, aliado a um bom livro e a uma boa comunicação com os alunos, pode, sim, fazer com que esse pavor aos livros seja, se não eliminado, ao menos diminuído - e, certamente, farão aqueles que têm pendor para a leitura descobrirem de forma rápida e prazerosa.
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7/6/2008 | | |
17h04min | |
| Não gostar de Machado de Assis soa tão herético quanto criticar um livro de Jô Sares. Mas isso demonstra pelo menos três aspectos positivos: Machado e Soares foram lidos; qualquer unanimidade é burra; vivemos numa democracia... Talvez um quarto seria: gosto não se discute?
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8/6/2008 | | |
15h03min | |
| Olá, Daniel! Embora seja um apaixonado pelas obras de Machado de Assis, concordo, em parte, com tua crítica. No entanto, o passar dos anos nos faz mudar de idéia, sim. Odiava Machado de Assis nos tempos de escola; do mesmo modo que odiava Erico Verissimo, devido aos primeiros livros (aborrecidos) que li, chamados "Clarissa" e "Música ao longe". Sendo gaúcho, sou proibido, veementemente, de não gostar dos Verissimo (Tem também o Luis Fernando; filho de Erico). No entanto, talvez hoje, relendo, entenderia aquele exagero de detalhes, uma vez que os uso em meus contos e meus leitores adoram. Sendo professor de LEM Inglês, com Especialização na Literatura Inglesa, prefiro muito mais o reino da magia, introduzido em quase 90% das obras, as quais fizeram a fama da LI no mundo. Trabalhá-la em sala de aula é muito fácil devido à ajuda dos filmes e os alunos adoram; muito mais do que a Brasileira. Mesmo assim, desenvolvi técnicas que os fazem gostar da LB também. (Segue...)
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8/6/2008 | | |
15h06min | |
| No caso de Machado, até armar um júri de brincadeira para julgar Capitu serviu de incentivo para despertar neles o gosto pela LB. Dali saíram até advogados, depois. Um bom professor faz você gostar até de Paulo Coelho (eca!) e de física quântica. Pode estar certo disso! Te recomendo apenas que não fiques sisudo a esse respeito. Mesmo com tantas críticas ao teu texto; não as leve em consideração a ponto de nunca mais retirar um Machado da estante ou buscá-lo em uma biblioteca ou livraria e lê-lo, assim, descompromissadamente, sem reminiscências e recalques, se isso te der vontade um dia e depois sentires um prazer estranho, vindo de um lugar inexplicado e recôndito de teu cérebro. Aconteceu comigo recentemente; quase trinta anos depois de ter saído do ensino médio e com as obras de Machado mesmo! Livre de preconceitos naturais da juventude, aproveitei e senti muito prazer nisso. Um grande abraço e sucesso!
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9/6/2008 | | |
15h30min | |
| Gosto muito da literatura machadiana. Li no ensino médio, obrigada. Mas me encantei pelo seu jeito irônico e crítico. Concordo, claro, com a crítica à leitura obrigatória. No colegial, fui obrigada a ler obras literárias, de algumas gostei, outras me foram forçadas... Na verdade, amo ler e sou apaixonada por literatura; graças à formação que tive em casa... Por ver meu pai lendo jornal e por ter várias obras na "biblioteca" dele... Detestei também José de Alencar e, ainda, Guimarães Rosa. Isso não quer dizer que sou menos inteligente ou que isso me descalifica. Temos que formar um país de pessoas que leiam por prazer!
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12/6/2008 | | |
16h17min | |
| Machado... Alencar... Todos são bons. Já dizia Joseph Conrad, escritor inglês, que o autor escreve apenas a metade do livro. A outra metade é por conta do leitor. Assim, Alencar pode ser ótimo para "Serafim", como Machado excelente para "Wilson". Até Paulo Coelho é bom: tem seus livros em 160 paises... Quanto a mim, creio firmemente que apenas se escreveram no mundo três livros: o "Novo Testamento", "Dom Quixote" e "O processo". O primeiro é nossa relação com Deus; o segundo é nossa relação com a vida; o terceiro é nossa relação com o Poder. O resto são cópias.
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24/7/2008 | | |
11h21min | |
| Na boa, tente sair por aí dizendo que o Chico Buarque, de "Budapeste", é horroroso. Aí, sim, você vai ver o que é levar cascudo na cabeça. Abrs
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