COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
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12/8/2008 | | |
09h04min | |
| É possível que o melhor candidato seja o nosso pai ou a nossa mãe. Por quê? Porque são - talvez - as pessoas mais confiáveis. Esquerda do povo, qual? Onde? Como em todo jogo, no político sempre haverá também mais de uma parte, e interesses opostos. E o marketing? Pobre dele, é sempre o culpado de tudo. Fala-se de vícios. Existiria um "sistema" político não-viciado? Voto conceituoso ou preconceituoso? Não muda nada? É possível que as mudanças não sejam as mesmas. Algumas para melhor, outras, para pior, mas sempre haverá. Retrocessos também são admissíveis.
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12/8/2008 | | |
13h49min | |
| Posso entender seu ponto, Diogo, se não fizer parte de certas pessoas que alimentaram por anos a esperança num candidato carismático, dito popular, fincado em flamejante discurso igualitário. Quando este herói subiu ao poder e traiu a nação, o idealismo deste romântico eleitor caiu por terra. Teve que engolir a evidência de ter sido ingênuo e manipulado durante anos, erro logo apontado por seu círculo de amizades, a quem ele atormentou no passado como entusiasta do político traidor. Quis morrer quando vieram lhe dizer: não falamos, bobo, acreditou num salvador da pátria. Não avisamos que nunca existiu um candidato muito bom, apenas um melhorzinho. Daí, tentando recolher os cacos de seu ego em frangalhos, em vez de recolher-se à sã humildade, acha uma resposta aos orgulhosos detratores. Passa a dizer, ainda presa de seu espírito radical e vaidoso, que nenhum candidato é bom, ninguém presta, e assume uma postura de completa desesperança diante de todo, e lento, avanço da humanidade.
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13/8/2008 | | |
17h13min | |
| A esperança é o tempero da vida. Sem ela, ficamos sem qualquer ânimo para enfrentar esta vida cheia de falcatruas e mentiras. Mas quem somos nós para consertar o mundo? O que nos resta é tentar ser cidadãos honestos, escolhendo nossos candidatos conforme nossas consciências. Minha filha não tirou o título neste ano em que completou dezessete, disse que iria pensar mais. Não questionei, simplesmente disse a ela que pensasse bem, pois voto é compromisso. O mar é feito de vários grãos de areia juntos e, mesmo sendo um grãozinho apenas, faço a diferença.
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19/8/2008 | | |
12h50min | |
| A despeito do tom de protesto, acredito que o voto nulo é inócuo. Em compensação sou a favor da não obrigatoriedade ao voto, pois dá a oportunidade de o eleitor simplesmente desistir do jogo político e não votar, como forma de protesto. Além disso, quebra o ciclo vicioso da compra de votos com políticas sociais tão em moda, como também levará a pessoas sem interesse político a deixar de votar (coincidentemente os maiores eleitores de políticos despreparados). A pergunta é: como mudar essa situação, já que esse sistema favorece tanto os políticos oportunistas atuais?!?
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20/8/2008 | | |
19h27min | |
| (1) Américo, como você mesmo disse, sempre haverá mais de uma parte e interesses opostos. Se você consegue escolher um dos lados, não precisa anular o voto, mas deixe-me acreditar nele, já que não me sobraram muitas opções. (2) Mauro, felizmente nunca acreditei em salvadores da pátria. E por isso mesmo nunca acreditei - e nem votei - nesse candidato "carismático" e "popular". (3) Solange, todo mundo tem que fazer a sua parte, mas não podemos esquecer que é exatamente dessa esperança do eleitorado que se alimentam os políticos mais oportunistas. (4) Daniel, boa pergunta. Vai ser muito difícil alguém mexer nessa lei, pois ela interessa tanto aos políticos quanto aos partidos. Quanto ao voto nulo, para mim ele não é inócuo exatamente pelo fato de eu não encará-lo como um "protesto".
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26/8/2008 | | |
09h25min | |
| Pessoal, talvez o Diogo, ao votar nulo (não faço isso nem estimulo nunca, por convicção) esteja somente se antecipando ao voto facultativo, que ainda não existe. Digo isso depois de ter lido com muita atenção o artigo, os comentários acima e a manifestação de interatividade do Diogo. Poucas vezes encontro um assunto cujos comentários são tão bons, e que engrandecem a matéria de tal modo, que fica difícil não externar a felicidade que isso nos proporciona. Faz a gente acreditar, novamente, que existe vida inteligente atrás do monitor. O que eu gostaria de dizer sobre o tema já foi dito pelos que me antecederam, apenas acrescento que sou, também, pelo voto facultativo, pelo mesmo motivo já apontado pelo leitor Daniel. Abraços a todos. J.P.
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28/8/2008 | | |
10h56min | |
| Sabia que existem centenas de pessoas em dezenas de comunidades do Orkut que defendem o "voto nulo consciente"? A galera se mobilizou nas últimas eleições se recusando a votar no "menos pior". Resultado: desde as últimas eleições o voto nulo tem o mesmo valor que o voto em branco. Como se a pessoa não tivesse opinião formada e concordasse com a maioria, tirando todo o valor do protesto. Moro numa cidade onde ainda existe o coronelismo (por causa disso, nem jornais impressos o município tem, onde há anos o menos pior é eleito e tudo continua na mesma). E ainda assim o pessoal aqui faz cara feia quando afirmo que já desconfio do cara só por ele ter escolhido ser um político! Vai entender!!!
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1/9/2008 | | |
10h17min | |
| Este debate eh muito importante para todos brasileiros, sempre achei que o voto facultativo deveria ser implantado em nosso pais, mas mudei de ideia ao saber que em cidades pequenas como a minha os candidados compram votos de seus cabos eletorais, contratam muita gente para participar da campanha oferecendo R$50,00, sendo que R$ 25,00 antes e mais R$25,00 se for eleito, contratam em sua maioria jovens de apartir dos 16 anos com titulo de eleitor. Acredito que esta pratica exista em todo o pais. Se o voto for facultativo só vota quem receber algo em troca, e de imediato, sem ver as consequencias de seu ato no futuro... Acho que não deve ser tão facil e barato comprar todo o eleitorado brasileiro, então o voto obrigatorio diminui esta safadeza.
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1/9/2008 | | |
10h41min | |
| Caros leitores, do meu ponto de vista, creio que a discussão sobre voto obrigatório ou nulo, na atual circunstância política, é de pouca valia diante da disseminação da politicagem local e mundial. Aprendi com Hannah Arendt que devemos refletir sobre as questões urgentes do nosso tempo. Atualmente, dentre elas, o próprio conceito de democracia que, desafortunadamente, no panorama político atual, se confunde com uma espécie de totalitarismo das próprias massas (?!), espúrias politicagens etc. etc. Abraços do Sílvio Medeiros.
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1/9/2008 | | |
14h10min | |
| Embora o voto nulo seja o efeito do descrédito, acho uma forma perigosa de expressão. Meu medo é que o nulo, juntamente com a desobrigatoriedade do voto, aqui no país em que (nem) todos os homens têm um preço, o povo se transforme em espectador de algum governo totalitário. (Onda que, ao que parece, tomou conta da América Latina.) Talvez eu seja a última crédula, mas acredito nos novos políticos. Digo, nos realmente novos, não os do círculo fechado das "velhas raposas", os dos velhos vícios, onde só entram "camaradas", e só saem aqueles "entregarem" o "esquema". Sinto até uma euforia, em pensar que as "velhas raposas" não viverão para sempre. E os novos políticos (?!)... os da geração que ouvem, desde criança, o conceito explícito, e até agora imutável, da políca suja, corrupta... esses não (não?) poderão permanecer inertes e aceitar o círculo, os vícios. Sim, sou sonhadora, acredito no voto e também que ainda existe(?) um político íntegro, fazendo o que deve ser feito!!!
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1/9/2008 | | |
15h55min | |
| Na Dinamarca, Noruega e Suécia, por exemplo, temos um excelente IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Todos sabemos que lá existe democracia há muitas décadas. Sendo assim, alguém poderia me mostrar um país sob outro regime político que tenha um grau ao menos razoável do conceituado índice? Ou devemos acreditar que a evolução da Escandinávia se deu pela circunstância de viver no local uma raça superior?
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1/9/2008 | | |
19h23min | |
| A demagogia política consegue aos poucos transformar jovens idealistas em adultos reacionários. O sonho se transforma "nisso que está aí e não vai mudar mesmo". E passamos a "arnaldojaborear" as coisas: aos muxoxos, num pessimismo cúmplice, sem nunca apresentar uma solução concreta. Acredito que há uma solução que aproveita a senilidade institucional ao nosso favor. Se um cidadão brasileiro quite com as suas obrigações pretende prestar concurso público, ele precisa passar num exame de conhecimentos que vão de Português a disciplinas mais específicas ao cargo escolhido. Ou seja, para ter um cargo público, É PRECISO MOSTRAR QUE ESTÁ APTO a EXERCÊ-LO. Aplicando essa forma de avaliação aos futuros candidatos políticos, só quem provasse alguma aptidão poderia concorrer. O que é bom, pois ele passou numa peneira que separa... o joio? Não. A brita do trigo; teríamos uma democracia à prova de idiotas, alguma administração pública de qualidade e quem sabe um pouco da dignidade como eleitores.
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1/9/2008 | | |
20h04min | |
| Caro Leo, a demagogia política está transformando jovens idealistas em adultos céticos, descrentes - e não reacionários, como você colocou. Reacionários são os ideólogos (tanto à esquerda quanto à direita) que se recusam a aceitar o mundo do jeito que é hoje, onde não há mais lugar para as polarizações de ontem. Quanto à "arnaldojaborear" sem apresentar uma solução concreta, acho que o voto livre - que propus nesta coluna - pode ser considerado uma das soluções palpáveis. Seria um novo início, pelo menos. Sua idéia de concursos públicos para candidatos é até bem intencionada, mas um tanto utópica. Você acha mesmo que um proposta dessas passaria pelo congresso? Fora isso, você ainda enfretaria a fúria dos politicamente corretos de plantão, seria taxado de "elitista" e "preconceituoso"... dariam o exemplo do Lula e blá, blá, blá... (todo mundo já conhece o discurso).
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2/9/2008 | | |
13h24min | |
| Você está defendendo o voto livre ou o voto nulo? Se está defendendo a liberdade de votar nulo, vale a pena escrever tanto só para dizer a obviedade de que todos deveriam respeitar sua escolha? Acho que todos estamos querendo saber o seguinte: afinal, você é um descrente e não acredita no voto ou acha que existe algum proveito em votar nulo? Sinceramente, não entendi seu ponto de vista.
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2/9/2008 | | |
15h22min | |
| Na hora do voto é que temos que ligar nosso "desconfiômetro" e tentar vislumbrar o que queremos para a nossa cidade. Temos realmente que nos imbuir do que será melhor para nós. Devemos parar com a aquela mentalidade de que melhor votar naquele candidato para que aquele outro não entre. Não faça isso. Vote em quem você acredita, em quem você confia. Se não, não vote por votar. O voto é obrigatório, mas isso não quer dizer que você é obrigado a votar errado, ou melhor, obrigado a votar em qualquer um para que outro candidato indesejado, e que tenha chance de vencer, seja declarado o eleito. A maior resposta que poderíamos dar a essa gente toda que acha que não estamos nem aí, que não nos importamos, que não estamos vendo o que está acontecendo ao nosso redor, com deputados sendo cassados, escândalos atrás de outros escândalos, competindo entre si para ver qual o mais escandaloso dos escândalos, seria o nosso voto verdadeiro, aquele que realmente queremos dar.
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2/9/2008 | | |
16h31min | |
| Mauro, me parece que você não está querendo entender. Defendo o voto livre e rejeito o voto "útil". Já o voto nulo deve ser uma opção do eleitor. O que escrevi sobre voto nulo é apenas o reflexo diante da nossa situação, de votar por obrigação, de ter que votar no "menos pior". E muita gente que anula o voto é questionada por isso, logo o respeito à essa escolha deixa de ser uma "obviedade". E não, não existe nenhum "proveito" em votar nulo (ele não serve nem como protesto). Quem vota em troca de favores é que está tirando proveito da situação. Apenas resolvi lançar um olhar sobre os diferentes caminhos que levam uma pessoa a anular o voto e enfoquei o meu caso... Se valeu a pena escrever tanto? Tenho certeza que sim.
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2/9/2008 | | |
21h48min | |
| Caro Diogo, se eu escrever dizendo que as mulheres são discriminadas, estarei escrevendo uma obviedade, ainda que as mulheres não deixem de ser diariamente discriminadas, certo? Mas longe de mim dizer que escreveu uma obviedade. Estava apenas querendo entender. Você fez um desabafo no texto contra as pessoas que o pressionam ao voto útil. Sim, sim, entendi. Mas a impressão que deu é que todas as pessoas que criticam seu voto nulo justificam-se pelo voto útil. Tenho certeza de que muita gente acredita em homens públicos melhores, embora não perfeitos. Além disso, fica a dúvida: será que uma pessoa que você toma por votante útil não é, na verdade, alguém que acredita na lenta (tíssima) evolução da democracia? A História não mostrou em todos os países desenvolvidos a secular evolução da democracia? Assim, ao candidato pior, sucede o menos pior, que será sucedido pelo razoável, que será sucedido pelo razoavelmente bom...
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3/9/2008 | | |
11h08min | |
| Exatamente, Mauro. As pessoas refratárias ao voto nulo ou são militantes de algum partido ou exigem que se escolha o "menos pior". Sobre a teoria da "lentíssima evolução" da democracia, acho que você tem razão - deve ser movida a isso, a idéia do voto útil, ainda que (na minha visão) seja um equívoco. De qualquer forma acho que chegamos num ponto onde o voto obrigatório não permite mais essa evolução. Quando um partido atravessa décadas pregando a ética na política (e olha que era o único que fazia isso), chega ao poder e faz o que faz, algo precisa ser repensado.
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3/9/2008 | | |
11h24min | |
| Falta o voto de qualidade. Voto de qualidade significa eleitor que lê, entende o que leu, pensa, avalia, critica, tem senso ético e moral, e valores tais como honestidade, retidão e compromisso. Analfabeto e garotos baderneiros não produzem congressos de qualidade. Candidatos de qualidade (hahaha) presupõem capacidade técnica para entender a adminstração e as leis do Estado. Presupõem candidatos que não tenham anotações degradantes em seu passado. Pressupõem gente eficaz, competente em suas atividades particulares e inteligência e sensibilidade para as reais necessidades da Nação, e não das suas familias, amantes, acólitos, baba-ovos, amigos, sócios e outros quejandos. Pressupõem gente que seja honesta, correta, digna, séria, competente e corajosa. Tal como está, é pura perda de tempo. São e serão os mesmos, repetindo as mesmas promessas, abraçando os mesmos idiotas e gastando o que não fizeram nada para ganhar...
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3/9/2008 | | |
12h41min | |
| Tanto Alemanha, quanto Inglaterra, que hoje têm uma qualidade de vida superior, tiveram dois estadistas que viveram e refletiram profundamente a política: Bismark e Churchill. O primeiro disse que a política é a arte do possível. O segundo afirmou que a democracia é o pior dos regimes, depois dos outros. Por estas frases, podemos imaginar a fragilidade da democracia de seus países, no período. Fica difícil acreditar que estes regimes não foram construídos passo a passo, ao longo de séculos. Fica difícil crer, ainda, que a melhora de uma gestão para outra não tenha se realizado na base do voto útil, quando os cidadãos se viam obrigados a escolher o menos pior, dando condições para uma evolução efetiva, a despeito de ser tão lenta, que mal podia ser divisada na época.
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10/11/2008 | | |
17h49min | |
| Boa tarde, Diogo. Eu li sua matéria e, antes de sugerir Protógenes como provável candidato, também escrevi um texto aconselhando o voto nulo e incentivando a população a rever os direitos, e avaliando o significado da palavra democracia, pedi o fim da lei de imunidade parlamentar, pois esta lei nada tem de democrática! Este é o primeiro passo para termos um país verdadeiramente democrático, com direitos iguais e justiça social! E quem quiser ser candidato, que seja, pode até mentir, mas, se roubar, será preso e terá que devolver aos cofres públicos os produtos de suas falcatruas! Pois a oportunidade e a impunidade é que estão fazendo o ladrão neste país. O resto é balela. Que adianta criticar generalizando, se os políticos desonestos continuam aprovando leis e emendas só visando seus benefícios? E se analisarmos corretamente, somos nós mesmos, "esta população inocente", que lhes da à chave do cofre e o poder de semideuses, deixando que desfrutem de imunidade parlamentar!
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