COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
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3/4/2002 | | |
08h47min | |
| Caríssimo Alexandre, você não imagina a emoção que me varreu ao ler seu texto, pois, como bom leitor de histórias em quadrinhos, sempre me considerei do 'Exército de Pedro' -- e me lembrei imediatamente de uma frase da sábia macróbia Tia Zulmira, uma das muitas encarnações de Sérgio Porto, outro do exército (ou seria general da banda?), a qual cito de memóriaa: "Triste do adulto que não guardou consigo um pouco da infância". Um abraço caloroso pra ti.
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3/4/2002 | | |
16h20min | |
| Rafael, bem vindo, as armas estão naquele baú ali, as HQs estão naquele outro...Já leu As Aventuras da Liga Extraordinária, do Alan Moore? Está aqui. O bom de fazer parte deste exército é que, enquanto se espera pela batalha, a leitura é mais interessante do que a do inimigo...Eles na certa estão lendo Lukács por lá. Obrigado pelas palavras. Um abraço também caloroso- Alexandre
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3/4/2002 | | |
16h56min | |
| Ah, Alexandre... Nessa eu estava voltando com o pirão pronto. Até já escrevi sobre a Liga Extraordinária, saca só: http://www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp?codigo=47
E depois me diz o que achou.
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5/4/2002 | | |
04h02min | |
| Já li, Rafael. Como também li o seu texto sobre o Recruta Zero (50 anos de Preguiça e Insubmissão). Quem estiver lendo isto, faça um favor a si mesmo e dê uma passadinha nesses dois textos do Rafael. Depois pode checar o link da King Features Syndicate: http://www.kingfeatures.com/features/comics/bbailey/about.htm . Mas, faça o que fizer, não leia Lukács. Nem Adorno. Nem Lacan. Não entre para o Lado Chato da Força. Porque a Chatice causa o Medo. O Medo causa o Ódio. O Ódio causa a Dor. A Dor...
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5/4/2002 | | |
09h41min | |
| Alexandre, as MULHERES são extremamente chatas e sérias, mas também tem muita mulher-menina andando por aí querendo brincar...
Que seria do Peter Pan se ele não pudesse mexer com as sereias, ou se não tivesse a Sininho para dar bronca, ou a Wendy para cuidar e contar estórias?
Vou certamente olhar o texto do Rafael sobre o Recruta Zero, e adorei o seu! Se houver um lugarzinho para as "Narizinho" no seu exército, estou dentro!
Uma beijoca
Sue
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5/4/2002 | | |
10h10min | |
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Caro Alexandre,
Seu texto é muito interessante,mas tenho cá minhas ressalvas e principal dela e respeito dos adultos secos. Não sei até que ponto esse exemplar de ser humano é tão chato quanto você nos mostra em sua palavras. Quando criança passei tardes rindos com figuras secas e percebi que muito ainda continuavam crianças. Talvez o maior probelams que muitos desses adultos sejam eternos adolescentes, ou seja se passando por adultos, mas sendo uma criança chata, daquela nunca brincava com suas fantasias.
Abraços, Otávio
| | [Leia outros Comentários de Otavio] |
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5/4/2002 | | |
14h34min | |
| Mas, Sue, o que seria do Sítio do Picapau Amarelo sem a Narizinho? Sem a Emília, a Dona Benta e a Tia Nastácia já seria ruim o suficiente, mas sem a Narizinho seria impossível. O Pedrinho ficaria matando passarinhos com o bodoque, e o Visconde de Sabugosa ficaria lendo num canto. Presença feminina é necessária (desde que não seja a Cuca). Venha, venha. Eu e o Rafael vamos tratar você como uma deusa! Beijos- Alexandre
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5/4/2002 | | |
14h40min | |
| Ah, Otavio, mas você há de concordar comigo que chato mesmo é o Adulto de Profissão- o Sujeito Que Faz Questão de Ser Muito Adulto- o sujeito do tipo Não Tenho Tempo para Essas Bobagens, Rapaz! E você tem razão- esse tipo de gente sofre é de adolescência. Um abraço- Alexandre
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8/4/2002 | | |
16h11min | |
| É muito raro e estranho só gostar de "Música Clássica ". Alguns poucos declaram, mas não estão sendo sinceros. Toda música clássica nasce simplismente música. Na literatura, Monteiro Lobato não é Grego, tão pouco nasceu em Roma, mas é Clássico, um exemplo da melhor qualidade.Quanto as mulheres opressoras, ou serão as mães..." Amor de Mãe É Diferente " Confesso que já fui mais saudável, entretanto após o seu texto, viva as bobagens ! resolvi rodar a cadeira...
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8/4/2002 | | |
18h17min | |
| Alexandre, uma beijoca da sua recruta Narizinho... Rafael, quero conhecer mais textos seus... Otávio, tem razão... Sérgio Tadeu, se sua mamãe é opressora eu sinto muito, mas eu tive uma mãe-Dona-Benta... não generalize.
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8/4/2002 | | |
19h39min | |
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Caro Alexandre,
Sua comparação mais que sadía entre adultos secos e molhados me fez recordar da coisa que eu mais gostava de fazer na minha infância, se é que ela passou totalmente. Era brincar na chuva, de chegar em casa cheio de barro, com os pés verdes da grama do quintal e da minha revoltada com meu estado e das minhas roupas. Ainda adoro o cherio da chuva quando estou no interior. O cheiro parece o um tocar de trombentas do exercito de Narizinho e que ainda faço parte dele. Talvez como um reservita esperando novas batalhas.
O cheiro também lembra que perto da minha casa tinha um garoto que não podia brincar na chuva. Naõ sei ao certo se porque ele não podia ou também porque nunca ninguém o chamava.
Abraços ao companheiros de batalha
| | [Leia outros Comentários de Otavio] |
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9/4/2002 | | |
00h50min | |
| Ah, mas cheiro da chuva, Otavio, quem é que não gosta? Cheiro de grama cortada. Cheiro de mar quando ainda não se consegue ver o mar. O cheiro específico de alguns livros- não de qualquer livro, mas de um livro específico...O cheiro de certos armários na infância, o cheiro de um determinado pijama, o cheiro característico da casa de alguém- naftalina? pó? umidade?
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9/4/2002 | | |
01h13min | |
| Vocês dois, Alexandre e Otávio, me enviaram direto de volta à minha infância... cheiro de chuva, que coisa boa! Cheiro de mar, cheiro de pipoca, de bolo assando, cheirinho de banho tomado, pois como mocinha que era eu adorava o cheirinho de lavanda e shampoo johnson's... Ah, o cheiro da minha mãe! Tem coisa melhor que cheiro de colo de mãe, quando a gente ainda é pequenininho o suficiente para caber nele bem acomodado, quentinho, seguro?
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9/4/2002 | | |
14h36min | |
| Parabens pelo texto Alexandre! Simples e que diz uma verdade muito grande.
Sabe o que eu acho engraçado, é que este texto está num site "tipo adulto", intelectual. É engraçado isso.
Mas concordo plenamente com você. Neste século XX o homem "inteligente" achou que devia ser triste para ser alguém, caso contrário ele seria boçal e apenas mais um na massa. Fazer a pose tipo personagem do Dostoiévisk, agoniado com a existência, dava razão para existir. Os intelectuais declararam guerra a felicidade, se divertir ou era coisas de burro, de classe média americana ou pertencia ao mundo infantil, se divertir virou coisa de gente burra, e o máximo que um adulto inteligente podia fazer era se reunir para discutir os relacionamentos do ser humano, com outros adultos intelectuais mais agoniados ainda. Woddy Allen virou herói com suas olheiras urbanas. O suicídio virou a glória!
Eu estudo na FFLCH/USP e vejo esse povo "adulto" de perto, e vejo como eles estão perdidos na sua adultice. Viva o Guerra nas Estrelas! Viva o Indiana Jones! Viva o Falcon! Viva fazer guerra de lama! Jogar futebol! Subir em árvore e correr no jardim.
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10/4/2002 | | |
02h26min | |
| É isso mesmo, Pedro. Viva o Falcon: nunca vou me recusar a dizer isso. Os dois que eu tinha foram se desmembrando com o tempo, mas na minha mente ainda estão inteiros. O mais velho se lembra bem das históricas batalhas com Torak, entre 81 e 84 (não sei bem porquê nenhum livro de história toca no assunto). Obrigado e um abraço- Alexandre
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10/4/2002 | | |
03h10min | |
| Eu tenho uma teoria a respeito do Falcon: ele é o amante secreto da Barbie! Não é possível que com aqueles peitões, andando sempre na ponta do pé, com aquela cara de satisfeita, ela seja fiel ao Ken! Aquele Falcon barbudo e musculoso nunca me enganou! No intervalo das batalhas bem que ele pegava a Barbie na casa cor-de-rosa dela! É a única explicação! Os meninos não concordam? :o)
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10/4/2002 | | |
08h59min | |
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Muitos ingressam na vida " adulta" sem lembrar que existe pouco tempo para curtirmos a infância. É ela a geradora de sorrisos que desenferrujam a cara.
Parabéns, Alexandre, e vamos conquistando novos espaços para divulgar a " desenferrujação de sorrisos através do espírito infantil" :<)))
Otávio, moro no interior de Minas Gerais, e graças a Deus, esse cheiro fantástico de chuva é coisa diária por aqui.
A vida no Brasil pode ser melhor se ela se interiozar.
Porque ter um monstro de capital como São Paulo, se podemos ter zilhões de cidades pequeninas e infantis, com cheirinho de chuva?
Abraço forte de moleque,
Fred Neumann.
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10/4/2002 | | |
11h09min | |
| A semana passada quando recebi o digestivo cultural eu estava muito ocupada, mas não deletei... guardei prá ler depois quando desse um tempinho e como foi bom... adorei teu texto Alexandre, é tão leve que nos transporta de volta à infância, com cheiro de refrigerante guardado na lancheira prá a hora do recreio. Li também as mensagens e vou ler o textos do Rafael. Beijocas
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10/4/2002 | | |
22h54min | |
| Fred, concordo completamente quanto às "cidades pequeninas e infantis com cheiro de chuva". Se Deus quisesse que vivêssemos em cidades como São Paulo, nos teria feito como gigantes, para que a cidade parecesse menor. Não parece lógico? Obrigado e um abraço. E ah, Tânia- qual era o refrigerante? Fanta Laranja? Fanta Uva? Obrigado mesmo por ter gostado do meu texto, e um beijo- Alexandre
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11/4/2002 | | |
06h53min | |
| Nãããããoooo Fanta Uva nunca!!!! A laranja tudo bem, tinha fanta guaraná e Crush também, guaraná Antártica... mas o cheirinho deixado na garrafa plástica da lancheira era o mesmo sempre... Beijos
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14/4/2002 | | |
13h18min | |
| Restrinjo-me apenas aos primeiros parágrafos. Entedi perfeitamente o que foi dito sobre música clássica e popular. E acho que hoje podemos fazer uma terceira distinção. Ouço apenas a música clássica, tenho atenção com a música popular, mas desconsidero plenamente a música VULGAR. Béla Bartok e Villa Lobos são dois exemplos de compositores que buscaram na música popular, nas cantigas, etc, recursos para suas obras. O que quero dizer -por isso minha terceira distinção- é que duvido que "É o Tchan", por exemplo, venha a ser um dia, base para a composição de um "Concerto nº5 para Piano e Orquestra" de algum compositor. Se vierem a cometer uma atrocidade musical destas, você tem mais um exemplo para aquele seu texto sobre vulgaridades. Não tenho nada contra a música popular, gosto de muitas peças, mas sinto um envolvimento muito maior com a "clássica".
| | [Leia outros Comentários de Ricardo] |
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14/4/2002 | | |
20h16min | |
| Ah, mas você tem razão, é claro, e é bom que essa distinção seja feita. Também dúvido que "É o Tchan" (ainda existe?) vá servir de base para um concerto, etc. É por isso que eu frisei "o melhor da música simples". O melhor, o melhor. Depois que você mandou o seu exemplo, Ricardo, tentei imaginar como seria esse concerto n5, e tive vertigens...Um abraço- Alexandre
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15/4/2002 | | |
21h47min | |
| Li e reli esse texto mais de dez vezes e queria te dar os parabéns: você o escreveu com um bom senso que não é brincadeira.
Vou confessar que nunca fui leal ao "exército de Pedro", ou seja, sempre prezei pela adultice. Aos dez anos já achava que brincar era inútil, que HQ era para imaturos e só gostava de escritores melancólicos. Minha mãe já dizia: "Menino, aproveite sua infância, porque quando você se tornar adulto vai ver o que perdeu".
Só queria dizer que você me deu um cutucão com essa coluna, pois mostrou o que muitos de nós estamos perdendo por não brincar.
| | [Leia outros Comentários de Golsen] |
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16/4/2002 | | |
00h33min | |
| Golsen, uma prática militar muito antiga sempre foi bombardear os soldados inimigos (cansados, esfarrapados, desesperados) com folhetos do tipo: "Venha para o nosso lado! Você será bem tratado! Receberá comida, bebida, roupas quentes!" Esse texto foi a minha tentativa de fazer isso. Você será bem tratado. E, se deixou de ler HQ (pense nisso), você tem todas estas HQs para ler pela primeira vez. (E livros, e brinquedos)Mas seja de que lado for que você decidir ficar, foi um grande prazer receber a sua mensagem, Golsen- e votos de uma boa luta. Um abraço, Alexandre.
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