COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
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10/5/2002 | | |
02h45min | |
| Caro Alexandre: lembra-se do Flautista de Hamelim, aquele que usou sua música para atrair ratos e ratazanas, levando-os ao afogamento no Rio Weser? Pois essa gente que brinca de libélula é a reencarnação grupal dos mesmíssimos ratos pestilentos que o flautista exterminou. Estão de volta para a grande vingança: empestear o mundo! Essa gente parece emergir daqueles vaudevilles do século XIX, onde aristocratas comiam marrons glacés em penicos, para fazer o populacho gargalhar. Tudo, nesses novos-ricos e novos-famosos, é repulsivo, insultuoso e vergonhoso. Aliás, eles não têm qualquer consciência dos limites entre a frivolidade e o grotesco. Por isso vivem a dizer asneiras e a fazer ridículas poses para os fotógrafos de Caras.
Alexandre, você já pensou como devem ser “gratificantes” os finais de semana na Ilha de Caras? Se nós pisássemos naquele chão, teríamos um imediato bloqueio no fluxo dos nossos neurotransmissores. Depois... nem choques eletroquímicos nos redevolveriam a razão e a sensibilidade. Seriamos neutralizados pelas asinhas enlouquecidas das libélulas de Giorgia Flemming. Que fim triste, hein? Melhor seria morrermos atropelados por um Fiat 147. Seria mais digno e mil vezes mais discreto.
Abraço.
| | [Leia outros Comentários de Dennis] |
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10/5/2002 | | |
10h35min | |
| Alexandre,
se não me engano, o colunismo social, essa inequívoca, mas não única, manifestação da estupidez humana, só existe na Terra dos Papagaios.
Aqui em Fortaleza (ainda morro de orgulho por essa terra!) a coisa ganha tons picarescos, pois essa provinciazinha esburacada e medonha (que possui concomitantemente a segunda maior frota de carros importados e um dos maiores índices de pobreza do país) tem uma elitezinha econômica analfabeta e meia-boca que mal sabe assinar o nome e que além de casamentos e festinhas de 15 anos, faz fila para receber, em mega-solenidades nos clubes sociais, o autógrafo dos "grandes poetas" da terra, cujas "obras" (haja aspas para descrever as coisas dessa terrinha), quase sempre financiadas pela editora da Universidade Federal do Ceará, fazem somente um percurso na vida: das axilas para a estante.
P.S. Aqui no Ceará nós temos (ah! a vaidade) o Príncipe dos Poetas Cearenses! Todo mundo que, por algum motivo, vê coluna social nos jornais daqui, sabe quem é o tal Príncipe. Mas duvido que meio por cento desse pessoal que vai ao lançamento dos livros do tal Príncipe saiba "o que esse cara anda a escrever". Deixando de lado um pouco da compostura: Príncipe dos Poetas é a puta que os pariu, cambada de "bestas sadias"!
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Dennis, que você acharia se a ilha de Caras fosse escolhida para ser o modelo de teste para o lançamento de bombas atômicas em áreas habitadas?
Rogério (http://pradomacedo.blogspot.com)
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10/5/2002 | | |
10h44min | |
| Caro Alexandre,
As vezes me pergunto porque a nossa pseudo-elite sempre quando apresantada a reles mortais em falar prazer meu nome é João, diz eu sou João, neto do José, filho do Godofredo e da Janaina e primo distante de alguem muito importante no cenário politico nacional e não mexa comigo porque você não sabe com quem está falando!
Será vegonha do primeiro nome ?
| | [Leia outros Comentários de Otavio] |
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10/5/2002 | | |
11h15min | |
| Depois de ler o comentário do Otávio, lembrei-me de um caso que se passou comigo:
Quem lê meu blog (http://pradomacedo.blogspot.com) sabe que sou um suburbano fresco, pois não gosto de zoada e nem tolero desrespeito à privacidade, atributos caros à maioria dos suburbanos. Apareceu em minha rua, a freqüentar o boteco da esquina (nada contra os botecos) um sujeitinho forjado nas academias de ginástica e munido de uma S-10 acoplada a imensas caixas de som (note que o carro é que estava acoplado às caixas, e não o contrário).
Depois de alguns meses, eu achei que não era interessante para minha saúde estar sempre atualizado em relação ao último CD do É o Tcham.
Fui ao bar e reclamei com o proprietário. Pedi que ele falasse com seu cliente, pois aquele incômodo já tinha alguns meses, e um incômodo de alguns meses é um senhor incômodo. O dono do bar, que não admitia perder a galinha dos ovos de ouro (sim, pois o canelau da vizinhança, que mal tinha o que vestir, se deslumbrava quando o sujeito chegava e corria para o bar, formando a autêntica festa suburbana de rua, que não seria de todo mal vinda se não tivesse que invadir as casas que estivessem num raio de 200 metros), me respondeu impávido: "se eu fosse você não brincaria com ele, pois o último que reclamou teve que suportar o som na porta de casa... ele é sobrinho de uma juiza do interior"!
Sou mesmo um Quixote, Alexandre. Achava que podia algo contra a horda. Mas antes de sair dei ao menos um pontapé na canela do gigante. Disse ao dono do bar: "sobrinho de juíza do interior, hein? Hmmm... se ela tivesse estudado mais um pouquinho talvez viesse a ser juíza na capital". E voltei prá casa.
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10/5/2002 | | |
14h22min | |
| Caro Rogério, você sempre tem idéias gentis e oportunas. Sim! A Ilha de Caras deveria ser utilizada como local de testes, não necessariamente testes atômicos. Estive pensando em algo mais cruel e mais exemplar, como: obrigar Giorgia Flemming, Narcisa Tamborindeguy (que nome mais surreal, deve originar de um ancestral artezão de tamborins), Nando Sphinx, Vera Loyola e demais emergentes a dar banhos completos em leprosos africanos. Depois de cada banho dado, seria servida uma deliciosa mousse de châtaignes, cerca de 12 porções para cada um deles. Após toda a mousse ser consumida, novos banhos em leprosos, e novas porções de mousse servidas... Seria uma chance efetiva desse pessoal tomar contato com os piores pesadelos de Dante! Terei exagerado? Terei sido pouco compassivo? Hummm.... acho que não!
| | [Leia outros Comentários de Dennis] |
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10/5/2002 | | |
16h21min | |
| Você fica provocando, perguntando que livro essa gente escreve, ou que música compôs. Depois reclama porque eles responderam e você precisou correr para a privada! AO ROGÉRIO: Se você visse o que é que se julga elite na minha cidade, já teria pedido asilo em algum consulado.
| | [Leia outros Comentários de Ricardo] |
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10/5/2002 | | |
21h17min | |
| Meninos, essa gente deve pensar que elite é a marca apagada de uma privada antiga, sem o "C"... Não sejam cruéis com os animais, chega de falar em experimentos desumanos. Dennis, basta que as "pessoas maravilhosas" com seus nomes escalafabéticos sejam forçadas a arrumar a casa depois de uma de suas festas, arrumar a casa TODA. A maioria ia baixar hospital, tenha certeza. Vamos deixar essa gente de lado, general, e voltar para sua varanda, para ler Blake... Beijos da Sue
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11/5/2002 | | |
00h35min | |
| Ah, Blake...Mas o espírito de Blake nos ordena sair de vez em quando da varanda para castigar os ímpios: "I will not cease from mental fight/Nor shall my sword sleep in my hand/ Till we have built Jerusalem", etc. E só vamos conseguir construir Jerusalem nos campos verdes e agradáveis do Brasil se dermos repetidas tundas nessa gente- até que lhes caiam os cascões e eles se revelem anjos por debaixo. Sue: beijos. Não se preocupe, assim que o meu braço se canse, a gente volta para a varanda...- Alexandre.
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11/5/2002 | | |
00h45min | |
| Dennis, Rogério, Otavio, Ricardo e Sue: as sugestões foram aceitas. Não vou mais perguntar que livros essa gente escreveu, porque bem pode ser que tenham escrito livros mesmo (influência literária: early Adriane Galisteu e late Antônio Ermírio de Moraes). Não: vamos condená-los a dar banhos nos leprosos no Castelo de Caras, como disse o Dennis. Trancados naquele castelo para sempre: políticos e juízes e "famosos". Com um boombox do lado de fora tocando É o Tcham. Essas fotos, sim, eu queria ver. Ou talvez não. Depende, realmente, do momento...Um abraço, Alexandre. PS: Uma dúvida: será que Dante fala do Castelo de Caras? Alguém lembra? Não será aquele nobre castelo do canto quarto, será? Aquele, onde "Cesare armato con li occhi grifagni" espera pela chegada de Narcisa Tamborindeguy? Unheimlich!
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12/5/2002 | | |
14h10min | |
| Marchemos então, meu general! Sem trégua nem piedade. Somos nós ou eles! "Prepare, prepare the iron helm of war,/Bring forth the lots, cast in the spacious orb;/Th'Angel of Fate turns them with mighty hands,/And casts them out upon the darken'd earth!/ Prepare, prepare!/(...) Soldiers, prepare! Our cause is Heaven's cause;/Soldiers, prepare! Be worthy of our cause:/ Prepare to meet our fathers in the sky:/ Prepare, O troops, that are tofall to-day! /Prepare, prepare!
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13/5/2002 | | |
05h35min | |
| Sim, eu sempre gostei de "...And Lion Heart, and black-brow'd Edward with
His loyal queen shall rise, and welcome us!" Se prepare, Sue, se prepare! Prepare your arms for glorious victory!
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13/5/2002 | | |
16h40min | |
| Essa gente é muito escolada, mas não são as pessoas mais cultas do Brasil.
Creio que os encontros na ABL devem ser mais atraentes.
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15/5/2002 | | |
01h26min | |
| Alexandre,
Arrisco aqui um palpite sobre a origem dessa escalógica profissão: O colunista social. O cara não estudou e nâo tem grana e nem poder. Então,em vez de estudar ele vai puxar o saco de que tem poder e de quem ele acha de que tem grana, para ver ser ele, o colunista, cria algum poder e descola alguma grana. Ele poderia simplesmente puxar o saco de quem estudou, mas aí não teria graça... e nem assunto. Por outro lado, os que se deixam "colunizar" - ou aqueles que correm atrás disso- querem passar a idéia de que têm poder - ou de que têm grana - para aqueles que não têm poder nem grana ficarem com inveja deles. Interessante, não? No fundo, é o nosso velho conhecido pecado capital, a VAIDADE, pai/mãe de tantos desacertos em nossa (des)humanidade. Um abraço.
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15/5/2002 | | |
02h39min | |
| leia-se "escatalógica" , tá?
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15/5/2002 | | |
08h59min | |
| Bernardo,
acertou na mosca. Dizem por aqui (Fortaleza) que o colunista social mais badalado, Lúcio Brasileiro, no dia seguinte à publicação das fotos de importantes "eventos sociais", só tem o trabalho de passar nas lojas de grife da cidade para recolher as ecomendas que alguns bons samaritanos deixaram pagas prá ele.
Mas essa informação é de ouvir falar. Por favor, se quiserem ter a verdade investiguem. Não vamos ser irresponsáveis ao ponto de acusar alguém de gigolô de madame sem termos qualquer prova, né?
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15/5/2002 | | |
13h15min | |
| Caro Rogério, não obstante eu ter escolhido viver em Goiânia (há 3 anos), sou de Fortaleza e sei bem do que você fala. Essa praga do agrupamento simbiótico colunista/madame/gigolô/colunáveis/aspirantes a colunáveis não para de crescer. Tem uma cidadezinha no interior de Minas, na fronteira com a Bahia, onde há 2 jornalecos. Acreditem: 40% da "metragem" é ocupada por colunas sociais. Cada um tem somente duas folhas duplas, mas entupidas de dessa babaquice. A maioria das "matérias" refere-se a festas da alta sociedade local. Uma cidade paupérrima! Análoga a essa cidade, que conheço bem, deve haver um sem número no Brasil. São Paulo, Paris e Nova Iorque, infeizmente, não são diferentes, guardadas as proporções dos colunista e colunáveis. Ou seja, o problema não é onde, mas quem. E o "quem" humano anda cada vez mais superficial e preso a valores meramente relacionados ao ego. Um abraço. Bernardo
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