COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
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22/2/2003 | | |
00h34min | |
| Excelente. Foi pena que fizeram essa maldade com ele porque deixamos de ouvir um excelente cantor por muitos anos.
| | [Leia outros Comentários de Adilson] |
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22/2/2003 | | |
15h31min | |
| Um resgate desse teor deveria sair na imprensa todos os dias. Simona era a própria música encarnada, o encanto inocente de um povo brincalhão. Quanta alegria ofereceu aos atentos. Eram anos de dureza ideológica entre oriente e ocidente, disputando o quinhão dos despojos deixados ao longo dos rastros das lagartas de seus blindados. Aqui a elite pensante vivia seu bom momento histórico, tinha o braço armado legal para conter a represa já cheia de fraturas. O rompimento era uma questão de tempo. Rio abaixo já se construia a canalização das águas. E os "intelectuais" da imprensa escusa a desencarem o pau em cima de tudo. O negócio era a tiragem e a condição de arautos da liberdade que eles mesmos deixavam escapar por entre os dedos enquanto bolavam a mais nova figura de liguagem para a próxima edição, mesmo que fosse palavrão, regados, é claro, à cerveja ganha só pelo cachê da freqüência nos botecos da inconfidência. Compromisso com a lei, a verdade e o rigor da informação? nem pensar. O negócio era abrir e sacudir as penas do travesseiro. Foi isso o que ela irresponsavelmente fez a um dos maiores talentos musicais do Brasil. Com Wilson e com a família dele, que até hoje não lhe viu restabelecido o respeito devido.
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24/2/2003 | | |
20h59min | |
| 1 - A notícia de que Simonal seria informante do SNI não saiu somente n`O Pasquim. Vários outros jornais e revistas, de maior tiragem, inclusive, também noticiaram o tal envolvimento. A Veja, por exemplo, deu até a declaração de um militar de alta patente, confirmando a ligação entre Simonal e o SNI. Ao lado da matéria, uma foto do artista, com o indicador voltado para sua própria cabeça.
2 - De outra parte, Flávio Cavalcânti, que, na época, apresentava o programa de maior audiência na TV, deu todo o espaço possível para que Simonal se defendesse. Acontece que ele estava mergulhado até o pescoço em um episódio de seqüestro e tortura de seu ex-contador (segundo Simonal, o contador o teria roubado).
3 - Para pressionar seu contador, Simonal se socorreu da ajuda de policiais para lá de bandeirosos. E isto ele nem tentou negar.
4 - Não foi somente o Pasquim, que destruiu a carreira brilhante daquele cantor idem. Ele próprio contribuiu - e muito! - para isso. Assisti sua entrevista a Flávio Cavalcânti, e fiquei pasmo. Ou ele tinha muita confiança na impunidade, ou não tinha consciência de que esta se autodestruindo.
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8/4/2003 | | |
13h57min | |
| Waldemar Pavan meu caro
Não concordo com você sobre os bêbados do Pasquim, pois poderiam ser bêbados mas escreviam também coisas sensacionais.
Quanto ao espetacular cantor Wilson Simonal, o que a imprensa fez com ele na época, foi mais ou menos o que aconteceu com a Escola de Base em tempos recentes, só que esta com direito a defesa e ressarcimento. Simonal entre outras coisas maravilhosas que fez, influenciou a Elis Regina. Quer mais? Um abraço e parabéns pela brilhante matéria.
Aurélio - São Paulo - Capital
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18/4/2003 | | |
12h00min | |
| O lamentável episódio Simonal certamente foi um duro golpe com esse maravilhoso intérprete, capaz de comover até o mais estúpido dos ouvintes. Se ele de fato era inocente, os seus algozes um dia pagarão pelo que fizeram. Porém o mais interessante é a mesma opinião pública, que o condenou por atos infames, hoje em NADA contribuir para apontar as barbaridades cometidas contra a cultura no Brasil. Tão grave quanto "dedurar" colegas artistas (de moral e carreiras "irretocáveis" naquela época) é estar indiferente à verdadeira prostituição musical que a mídia conseguiu implantar no rádio e na televisão (com apoio, claro, do jornalismo impresso). A Zéla Duncan, a Cássia Eller, a Marisa Monte, o Zeca Baleiro, entre vários impostores, por exemplo, nunca foram "denunciados" pelo crime que cometem, ano apos ano: glamurizar o insosso, o vazio e o supérfluo. Acorda, Brasil!
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11/3/2005 | | |
22h14min | |
| Tenho 46 anos e era um aficcionado por Simona e a Turma da Pilantragem quando criança e só fiquei sabendo do ocorrido quando já pré-adolescente. Afinal, quem eram os PILANTRAS na verdade?
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7/1/2006 | | |
13h04min | |
| Nunca ninguém conseguiu fazer o Maracanãzinho cantar e também o Maracanã no jogo da eliminatória com o Paraguai. Eu era alienado na época mas acredito que ele foi bode expiatório. O que eu sei que nunca mais tivemos outro igual. Hoje se cultua a banalidade.
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8/4/2006 | | |
07h11min | |
| Sem dúvida, Simonal teve sua carreira arrasada. Fica difícil, para quem viveu essa época, acreditar (da mesma forma, atônitos, hoje, assistimos às aberrações praticadas, aos escândalos, às denúncias... quantas serão verdadeiras, quantas honestas, sérias? Como saber?) em documentos expedidos por tal órgão de repressão. O cantor era extraordinário. Tenhos os originais e, atualmente, em CD. Eu nunca acreditei muito nessa história. Esse "negro" incomodou um bocado. Pra quem não sabe, existe racismo. O "ídolo" incomodou um bocado. Qualquer liderança era malvista na época. Agora, em nome da ética, é necessário sair rotulando tais "jornalistas" como bêbados, tentando, de forma similar, invalidar as possíveis contribuições pela resistência e pela liberdade de imprensa?
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10/4/2006 | | |
12h44min | |
| Pelo que vemos, na cena cultural brasileira, meia idéia é o suficiente para uma hegemonia que dura mais até que a da URSS... Até hoje o Pasquim exerce fascinação e influência, apesar do modelo proposto já estar esgotado, por ser reproduzido continuamente desde então... Quanto ao autoritarismo da crítica, débeis são a nossa "crasse punsante", que forma opinião a partir de fonte única: se o Millôr disse, então é mais forte que os mandamentos de Moisés... O mesmo acontece com Chico, Caetano e um monte de outros artistas e veículos de imprensa que são tidos como infalíveis... Quando os leitores criarem uma cultura de não se prenderem a currais, aí sim poderemos ter relatos mais próximos da realidade vindo à tona, pois, ao invés da personalidade de um ou de outro ditar o que deve ser a verdade, serão os fatos e uma síntese de vários pontos de vista que farão cada UM concluir por si só o que é a realidade... Em vez de seguir a instrução de um idiota do Pasquim...
| | [Leia outros Comentários de Ram] |
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3/1/2007 | | |
19h32min | |
| Eles gostam mesmo de rotular. Por exemplo, quem contesta suas idéias e pretensa hegemonia da verdade é chamado de "reacionário". Gostaria só de saber o que eles fizeram ou disseram que tenha permanecido, como as músicas e a voz de Wilson Simonal, na lembrança dos brasileiros. Ah, sim!: sua campanha sórdida para destruir a carreira de um dos maiores patrimônios da cultura musical brasileira, hoje tão pobre de talentos.
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3/7/2007 | | |
23h58min | |
| O pasquim era um jornal que criticava a moralidade e não se importava em se auto-acusar de jornal bêbado, não vendo isso como um termo pejorativo, mas provocativo para que pessoas que não dão valor ao conteúdo e sim à representatividades morais o julguem. Era um jornal aberto, sobretudo, às idéias, claramente contra o regime, mas aberto a argumentos. Usava do humor, do scarcamso, da sátira e da ironia, pra burlar a burrice da censura. Quem julga os outros por serem bêbados ou não, realmente não deve entender, e nem precisa, o pasquim. Em relação ao Simonal, que dava valor a carrões e a mulheres, às representatividades do poder monetário, cantava muito bem, mas vacilou. Foi delatar e o pasquim simplesmente publicou. Se deram as costas pra ele, paciência. Ele que tivesse pensado bem antes de falar, porque num regime como aquele não se pode ficar em cima do muro ou fingir que não vê.
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21/8/2007 | | |
14h43min | |
| Jaguar? Quem é esse? A imprensa em geral e mundial é lixo puro. De Quarto Poder deveria ser chamada de O Quarto do Poder. É para isso que serve, proteger a elite do "Cansei". Por que que ninguém fala daquele gralha-barítona da Ivete Sangalo? Já está provado que o alcolismo é o que mais mata jovens à balas e no trânsito e ela é garota propaganda de marca de cerveja, baba na cara da Xuxa, por que quer o filão infantil. Simonal era 10, o unico que tinha fama igual ou maior que Roberto Carlos. Grande Matéria do WP.
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23/2/2008 | | |
22h36min | |
| Buscando algum disco de Regininha e a Turma da Pilantragem, encontrei sua matéria. Parabéns. Fui fã incondicional do Simona (aquele Maracanãzinho lotado, sob o seu comando, é algo indescritível!) e nunca engoli essa história de "informante-que-não-informa", ou será que sabe-se de alguém que tenha sido prejudicado por suas delações? Que descanse em paz. A mim, deixou saudades.
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8/7/2008 | | |
01h01min | |
| Era menino na boa época do Simonal e adolescente na época de sua derrocada. Lembro-me da Sá Marina, do País Tropical, do Meu Limão, meu limoeiro, mas não me atreverei a comentar abertamente o episódio de sua ruína por não haver acompanhado as reportagens de então, inclusive nunca tive interesse de ler o Pasquim. Há um trecho de uma música dos Fevers, baseada na "Let it Be" dos Beatles, que diz: "jornal que diz mentira, fala mal, não passa de um Pasquim..."
Acho que a única pisada na bola do Simonal foi a justiça feita com as mãos no seu contador; de resto pegaram uma carona no episódio e não perderam a oportunidade de arruiná-lo. A inveja falou mais alto.
Só não consegui entender o porquê de não haver prevalecido os ditados: "quem foi rei sempre será majestade", "a mentira tem pernas curtas", "a verdade sempre prevalece", "a justiça tarda, mas não falha".
Por que, rico, o Simonal não teve estrutura para suportar tudo e dar a volta por cima? Uma pena ele ter partido prematuramente por isso.
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