COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
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28/11/2005 | | |
22h21min | |
| Prezado Luis Antônio: simplemente estás blasfemando quando sugeres o Nobel para o bebedor, fumador e péssimo contador de "estorias" mediocres. Todos os grandes escritores brasileiros que vc menciona devem estar em qualquer lugar do Kosmos revoltados e indignados de só pensar numa "barbarie" dessas...
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29/11/2005 | | |
10h44min | |
| Prezado Giron. Parabéns pela audácia! Paulo Coelho é um dos autores que mais vende no mundo e nossa crítica não tem audácia suficiente para falar dele. Acho que você é o primeiro! Já li alguns livros dele e concordo com tudo o que você disse e ainda acrescento que em seus livros, ele consegue passar a idéia de que mesmo que a pessoa esteja na pior, há uma estrela que, se você souber acioná-la, sua vida pode se tornar maravilhosa. Indicá-lo para o Nobel seria mais uma audácia, mas acho que ele merece um estudo. Afinal o que o leitor está precisando? Será que não vale uma análise psicológica para desvendar as necessidades de uma humanidade tão carente de magos e parábolas consoladoras?
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29/11/2005 | | |
16h46min | |
| Olá, Giron. Paulo Coelho sempre me despertou reações contrárias: admiração, pela narrativa suave e envolvente, e indignação por dedicar a maioria dos feitos de nossa vida a causas místicas ou sobrenaturais. Mas eu convivo bem com esse paradoxo. Não quero resolvê-lo. Um livro que me ajudou a entender o fenômeno PC foi o do Prof. Mario Maestri, "Por que Paulo Coelho faz sucesso", se não me engano. Este livro ajudou-me a entender o público leitor de PC. Embora as críticas de Maestri sejam por vezes ácidas e amargas demais, há muita informação interesante ali. Um abraço.
| | [Leia outros Comentários de Jacques] |
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29/11/2005 | | |
17h52min | |
| Penso que o motivo pelo qual não há análises profundas sobre a obra do Paulo Coelho é que ela não se presta a isso. Li três livros dele (O Alquimista, Brida e As Valquírias) e considero-os assombrosamente mal escritos. Penso que se trata de alguém com boa dose de imaginação e, provavelmente, alguma experiência mística, mas não é capaz de produzir literatura com isso. Não há dúvida de que há preconceito contra essa sua aura de escritor, mas não creio que isso se deva tanto ao aspecto alucinante e nada verossímel de seu misticismo quanto ao fato de faltarem elaboração e dimensão poética aos seus relatos. Indicá-lo para o Nobel só pode ser piada.
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29/11/2005 | | |
19h22min | |
| Giron, você lembra que no romance “O alquimista”, Paulo Coelho tece uma homenagem a diversos autores que teriam “entrado na Alma Do Mundo”? Estou convicto de que ele, como Jorge Luis Borges e Oscar Wilde, entre outros homenageados, também adentrou a Alma do Mundo, belíssimo termo da Alta Mística. Nela estiveram os Beatles, Eliot, Chico Buarque, Magritte, Borges, Millôr Fernandes, e todos os que desejando ou não, deram toques e retoques no Surreal Triângulo do Amor, da Poesia e da Liberdade. A magia do complô chega a ponto do anti-metafísico Millôr ter promovido ainda mais o recente Zahir de Coelho, comentando (provocativamente, Millôr?) “O Zahir” de Borges, como exemplo de texto que não dá para ser melhorado. De Paulo Coelho li só os dois primeiros livros. Talvez por culpa de “O Zahir” e outros de Borges, que leio ad libitum. Não acredito que a Instituição Nobel tenha decaído a ponto de contemplar Paulo Coelho ou J. K. Rowling Potter. Ambos, como diria o místico Pessoa, são “Médias”.
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30/11/2005 | | |
04h10min | |
| Não sei, não. Se este é o único coelho na cartola, acho que teremos que comer guisado... Li Paulo Coelho quando tinha 14 anos de idade. Mais precisamente, no primeiro ano do segundo grau. Tive que ler, porque 3 livros dele foram leitura obrigatória... Ao mesmo tempo estava descobrindo os clássicos nacionais, de Amado a Machado, de Aluizio Azevedo a Mario de Andrade. E posso dizer, sem papas na lingua, Paulo Coelho escreve livros bem piores que estes. Suas estórias são superficiais e um tanto previsíveis, e o português básico. Talvez esteja aí o seu mérito. O brasileiro já não quer ler coisas sofisticadas... Não digo só o brasileiro, o cidadão médio do mundo não quer nada muito complexo. Nada melhor que livros que tenham sempre uma entonação positiva, envolvam uma magiazinha aqui e ali - a espiritualidade coca-cola que todos andam buscando - e voilà. Claro, tem seu mérito. Assim como Metallica tem seu mérito no rock: vender. E nem por isso vamos compara-los aos Rolling Stones..
| | [Leia outros Comentários de Ram] |
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30/11/2005 | | |
21h50min | |
| Deixo aqui minha indignação frente a tanta bobabem escrita sobre Paulo Coelho, subescritor que não merece uma linha que seja, de nossa consideração. Tão ruim quanto ele talvez Marcelo Mirisola. Que tempos, quanta mediocridade!
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1/12/2005 | | |
21h20min | |
| Dizer que Paulo Coelho é ruim porque vende muito, não é uma crítica construida racionalmente. Dizer que é ruim, mas que o mundo aceita como bom, porque ele tem a seu serviço os melhores tradutores... São como Reis Midas, que tocam na obra de Coelho, e ela virá algo valioso, digna de os olhos anelarem... Parto para um tese muito mais simples, clara, e racional. Qual o nível de cultura dos nossos dias? Não será que muitos profissionais de sucesso, e lideranças reconhecidas, esqueceram da cultura básica uniforme mundial e principalmente nacional e entendem dos seus livros técnicos? A era das comunicações, da internet, também não banalizou as informações? O pensamento capitalista, da era muitas vezes já chamada de pós-globalizada, e sim a era do risco, não nos expõe a cultura frente a um abismo sem volta?
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29/12/2005 | | |
14h07min | |
| Paulo Coelho ainda não merece o prêmio Nobel, pelo que escreveu até agora, e nem nós merecemos ser representados por um escritor tão medíocre. Por favor, não nos envergonhem. Já chega de tanta enganação, de tanta roubalheira, de tanta armação. Paulo Coelho é apenas uma jogada de marketing, e nada mais.
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24/4/2006 | | |
23h09min | |
| Li alguns livros do Paulo Coelho. Tirando as bem-feitas estratégias de marketing que fizeram dele um best-seller, acho que ele escreve muito mal. Falar em Nobel pro Paulo Coelho é uma piada. O Paulo Coelho apenas se deu bem, financeiramente falando, graças ao marketing que foi muito bem feito em cima de seus livros; esse negócio de lenda pessoal, me desculpem, só um imbecil acredita. O Paulo Coelho tem tudo pra virar um enganador como L. Ron Hubbard e um doido e mitomano como Samael Aun Weor.
| | [Leia outros Comentários de rogerio] |
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15/6/2007 | | |
15h35min | |
| Li de Paulo Coelho O Alquimista, surpreendi-me que um livro com este titulo pudesse ser tão valorizado. Tem um vai e vem de viagens que no final acaba remetendo o leitor às primeiras 3 ou 4 páginas do livro. A mim não acrescentou nada; até porque eu conhecia um outro Alienista, nada literário, mas reflexivo/informativo que realmwente merecia e ainda merece o renome do título. Chego até supor que muita gente aponta O Alquimista de Paulo Coelho como seu melhor livro por recordar e/ou lembrar a fama do outro (reflexivo). Ou seja, quem não leu nada do autor e pretende dar uma opinião se reporta ao título - O Alquimista.
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28/8/2007 | | |
18h01min | |
| O pior de tudo é que o próprio Paulo Coelho sabe que é realmente uma farsa. A gente percebe isso até mesmo quando ele fala.
O pouco que li, pois não dá para se perder tempo lendo seus livros, percebe-se que ele "copia" de algum lugar e muda algumas "coisinhas".
Ele é um sucesso sim, mas pq o mundo anda carente de Deus. E Paulo Coelho copia trechos da Bíblia e coloca sinônimos e se diz autor.
Qualquer um pode se "embriagar" com qualquer coisa e "alucinar".
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12/9/2007 | | |
23h15min | |
| Fico pensando: se Raul Seixas estivesse vivo, o que ele diria de Paulo Coelho? Não sei...mas provavelmente ele meteria o pau no Coelho. Dei uma olhadinha nos comentários (respirei) e li o texto. Já dizia Raul em uma das suas brilhantes letras: "Trabalha cego para receber, não é? Um prêmio Nobel de um freguês, daquilo tudo que você já fez...". Pois bem, se o Mago merece um prêmio Nobel pelo que vendeu, aí eu concordo! E se continuar assim, eu também concordo que Bruna Sufistinha entre para a Academia Brasileira de Letras com todos os seus escorpiões venenosos. "Veja que beleza, em diversas cores, em vários sabores, a BURRICE está na mesa..." até na Academia de Loucos e Letras! Como diz José Simão (o esculhambador geral da República): "Hoje só amanhã. Que eu vou pingar meu colírio alucinógeno!"
| | [Leia outros Comentários de Pablo] |
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18/9/2007 | | |
21h24min | |
| Só para o capitalismo "vender" é sinônimo de "bom". Paulo Coelho foi bem mal vendido, porque ele realmente merece aplausos, não o Nobel. A sua obra não exige uma leitura a fundo. Por que será que os leitores dele "não têm talento para demonstrar as virtudes profundas dos seus livros"? Melhor um Nobel qualquer do que nenhum? Já perdemos a dignidade em nosso país devido à corrupção, não devemos perder também a coerência. As pessoas geralmente gostam (são incentivadas a gostar?) do que é fácil, do que não angustia e do que as faz sentir que a vida é maravilhosa. Mas a vida não é sempre maravilhosa e a existência é angustiante, mais cedo ou mais tarde nos certificamos disso. Alguns livros e autores nos despertam pra coisas que muitas vezes não queremos ver, sentir, assumir, nos deixando angustiados em relação à vida, frente ao mundo. Pode doer, mas que é melhor enfrentar a angústia do que ler somente Paulo Coelho, isso é!
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6/8/2010 | | |
01h05min | |
| O que acontece com nossa literatura, em minha opinião, é que nossos autores são muito complexos para uma leitura fora do país. Mesmo a Salvador de Amado, ou o Sul de Verissimo pai, são lugares com características bem próprias - são exóticos até pra nós. Seria algo como Doutor Jivago - é um russo, e só poderia acontecer na Rússia. Paulo Coelho não tem o peso de um Eliot, mas tem a eloquência de um Deepak Chopra, "hot shoot" da autoajuda gringa. Porém, o indiano não é um forte concorrente para o Nobel. O escritor mais próximo de criar um estilo universal (como fez Hemingway ou Joyce) é Milton Hatoum. Seus livros são cada vez mais "Hatounianos". Se eu tivesse de colocar minhas fichas em alguém, seria ele.
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6/8/2010 | | |
01h19min | |
| P.S.: Quando falei universal, mas (Hatouniano), percebi, esqueci-me de falar mais claramente. O que eu quero dizer com Joyceano, Hemingwayano, Hatouniano é um estilo de personagem próprio do autor, mas que cabe perfeitamente em qualquer pessoa do mundo.
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