COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
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1/5/2006 | | |
06h43min | |
| Enfim, a gente descobre que não precisa dizer "Será que sou só eu que acho isso?" - ou obtém a resposta: não. Muito bom.
| | [Leia outros Comentários de Claire] |
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2/5/2006 | | |
12h38min | |
| Jesus, excelente texto. E mais necessário hoje do que nunca.
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7/5/2006 | | |
18h32min | |
| Como o povo pode saber o que é bom se a própria mídia não lhe dá oportunidade? E, ainda por cima, querem confundir coisa ruim com cultura popular... Como já foi escrito, essa visão é totalmente preconceituosa, e essa situação não tem nada de democrática. É, antes de tudo, mais um sistema opressor que pretende manter a população nos cárceres da ignorância.
| | [Leia outros Comentários de Joyce] |
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10/5/2006 | | |
09h04min | |
| Jaime, muito bem escrito o seu texto, mas frases de efeito podem fazer é um efeito contrário. Há que se tomar cuidado com a forma com que as coisas são ditas pra não cairmos na esparrela de fazer exatamente o que condenamos: impor nossos gostos só porque os consideramos melhores. Chamar de idiotas os que não gostam da música erudita, ou os que não gostam de ler e preferem jogar um buraquinho, ou assistir novela, é meio demais, né não? Eu detesto novela, troco um livro por um filme com a maior tranquilidade, mas daí a ficar policiando quem gosta de quê... me desculpe, mas achei o seu tom meio exagerado e desrespeitoso. Saber autêntico? O que é isso? Quem autentica o saber? Eu? Você? A sua amiga que prefere ler a jogar buraco? Isso é um perigo... é assim que nascem as piores ditaduras.
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10/5/2006 | | |
09h37min | |
| Um texto contundente e real. Resta apenas a reflexão, com resultado amargo, que isto não vai melhorar no curto, médio e talvez nem no longo prazo, pois não há nada realmente sério que esteja sendo feito neste sentido.
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10/5/2006 | | |
10h20min | |
| Eu era crianca e estava no antigo primario la' pelos idos anos sessenta; a frase soa hoje como obvia, mas eu a carrego para sempre comigo. Explico: a diretora do colegio nos recepcionou em nosso primeiro dia de aula e, num breve discurso, disse: "aprendam com afinco; a bagagem cultural de uma pessoa e' algo que permanecera' para sempre com ela; estudem; o conhecimento e' algo que ninguem podera' tirar da gente, enquanto vivermos e e' um grande tesouro". Sei que muitos dizem isso, mas quem leva essas palavras a serio? Eu levei; adoro minha vida cultural, meus livros, discos, dvds, o cinema, os museus. Sao a minha vida. Aquela diretora de colegio sabia o que dizia -- para mim nao foi frase de efeito. Foi frase para meus feitos e reconheco nessa materia o espelhamento do que tambem penso e acredito. Parabens pela materia! Abraco!
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11/5/2006 | | |
12h02min | |
| Para Ana Claudia: Acho que você não entendeu o texto. Cuidado com a defesa da ignorância como modelo cultural. Se uma pessoa lê muitos livros mas prefere ir jogar baralho, se ela assiste a muitos filmes mas gosta mesmo é de novela e se gosta mais de escutar axé do que ópera, ela fez uma escolha e a escolha deve ser respeitada. Totalitarismo cultural não é preferir uma determinada coisa, independente do que é essa preferência. Totalitarismo cultural é NÃO PERMITIR que as pessoas conheçam os livros, a ópera ou o cinema e fazer com que essas pessoas se vejam limitadas a escolher um baralho de cartas, a música axé ou a novela porque não conhecem nada mais. Aplaudo o autor, pelo texto magnífico e o Digestivo, por ter escolhido publicá-lo.
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14/5/2006 | | |
10h52min | |
| Ótimo o texto do Jaime. Provocativo e necessário... Porque "opção" é diferente de "alternativa única", e todos nós merecemos conhecer as várias possibilidades de escrita, de música... de tudo que existe ao nosso redor. Conhecer e compreender, para poder optar.
| | [Leia outros Comentários de Eveline] |
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16/5/2006 | | |
16h48min | |
| Não concordo com a opinião do autor. Para mim -- na visão que tenho de escolha e liberdade -- cada pessoa ouve ou lê aquilo que lhe dá prazer. Com certeza um indivíduo que adora axé, pagode ou sertanejo, já ouviu pelo menos um trecho de ópera ou música erudita e achou muito chato mesmo. As obras musicais clássicas que tanto agradam certas pessoas não surtem os mesmos efeitos em pessoas que não gostam desse tipo de música. Isso é óbvio. E muitas vezes não se trata de oportunidade, trata-se de afinidade. Em alguns momentos a maior importância de uma música está no fato de proporcionar algum momento de compreensão e felicidade pra quem está ouvindo; se a música, seja ela boa ou ruim -- tá aí uma coisa mais do que subjetiva --, está fazendo com que alguém sinta-se bem já está mais do que cumprida a intenção do compositor. O mesmo se dá com os livros.
Não é apologia a nada, apenas quero que entendam e respeitem as dificuldades, interesses e diferenças das pessoas.
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25/5/2006 | | |
12h22min | |
| Concordo em gênero, número e grau. Senti-me com a alma lavada, disse tudo, esgotou o assunto. Maravilhoso! a expressão "bovinamente" foi redentora.
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29/5/2006 | | |
14h48min | |
| O Capucho e a Ana Cláudia podem dar as mãos! Sim, porque achar que quem adora axé, pagode ou sertanejo já ouviu alguma música clássica!? Só se foi em alguma formatura ou em baile de debutantes... Parabéns pelo texto. Os seus comentários e opiniões estão corretíssimos. Prova disso é uma apresentação que uma vez assisti da Sinfônica de Campinas para um público carente e necessitado, além de comida, emprego e saúde, de cultura, música para os ouvidos, momentos de paz, harmonia e beleza. Vi, durante a execução de várias peças, um público emocionado chorando, com a beleza com que nunca teve de contato. Novamente, parabéns a você, Jayme, e ao Digestivo.
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30/5/2006 | | |
17h19min | |
| Há, tanto no texto como nos comentários, posições radicais e diametralmente opostas. Tudo em nossas vidas é circunstancial: alguém pode gostar de Pagode, Rock e Música Clássica. Meu Deus, por que não? Esse alguém pode afirmar peremptoriamente que seu estado de espírito determinará a música apropriada. Similarmente, na leitura: José de Alencar ou Paulo Coelho; Olavo Bilac ou Manuel Bandeira... Olha a racionalidade!!!
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3/6/2006 | | |
17h03min | |
| Adorei o texto, a expressão "bovinamente" é, mesmo, ótima, como achou a Carla, também gostei das ilustrações, com os óleos de Carlos Ramos e concordo que a cultura não deve ser exibida em salas fechadas, como o foi no Festival de Choro realizado em 2003 na Pedra da Cebola na cidade de Vitória, em que, somente após a manifestação popular, a entrada foi liberada e ainda tive que escutar de uma donzela: "Abriram a porta do curral". No entanto, os bovinos eram eles, os convidados do então prefeito Luis Paulo Lucas, que falavam (alto) ao celular, enquanto a população que entrara, aproveitava em silêncio a música verdadeira e essencialmente popular que é o choro. Não tenho a mínima paciência para novelas, nem para a facilidade do axé, nem para as patológicas Wanessa Camargo e Kelly Key (é assim que se escreve?), porém, quando toca música clássica na hora do almoço, eu troco de rádio e sintonizo no som de Luiz Gonzaga, no Lenine, no Luis Melodia, no Guilherme Arantes, na Céu...
| | [Leia outros Comentários de juliana] |
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7/6/2006 | | |
11h07min | |
| É duro para muitos o esforço de pensar, calcular e entender. Há pouco, estive num workshop do mítico baixista Arthur Maia, grande músico brasileiro (mundial, por que não?), que nos brindou com sua presença e dicas técnicas. O local era habitado por músicos em sua maioria, mas aberto a qualquer um que preferisse a qualidade. Pois bem, em certo momento, sua banda executou um originalíssimo "brazillian jazz" de "entortar" ouvidos, tamanha a beleza e complexidade harmonica, rítmica e melódica. Matemática e arte numa mescla perfeita, quase tangível. Pensei: "Isso não é pra qualquer um. Há requisitos mínimos para entender tudo isso e encontrar a proposta do artista. Estou feliz.". Vi (ou melhor, "ouvi") que, se não há uma apurada auto-exigência, pessoal, primária, não há objetivo: absorver algo, ligar-se à linguagem do autor, seja qual for sua ferramenta, e formar uma crítica opiniao a respeito. Essa exigência não existe nas massas, que seguem caminhos já pavimentados pelos que pensam por elas.
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12/6/2006 | | |
23h52min | |
| Ah, as massas! Principalmente as italianas, com molho aos domingos... Falando mais ou menos sério, os nazistas pensavam da mesma forma. Quando se pensa que uma elite pensante é superior, que somente ela é dona do poder de percepção e análise, a coisa fica perigosa. Sou melhor que você, mais inteligente, mais bem nascido, portanto, você é um reles boi que caminha para o matadouro, sem consciência disso. Devo domina-lo, então. Sei não, acho meio esquisito isso. Tipo, a musica caipira é uma merda, bom mesmo é o Jazz (absurdo que ouvi da boca do Sr. Luis Fernando Verissimo, um americano que chegou no Brasil aos vinte anos e até hoje, apesar de escritor famoso, não encara muito o fato de morar por aqui). Acho que todas as coisas têm sua beleza. A superioridade está em entender isso, em ver a beleza nas pequenas e simples coisas. Há beleza nas cantigas das lavadeiras, assim como há beleza em Miles Davis. Acho que ficar num gueto, seja ele qual for, é sempre perigoso e preconceituoso.
| | [Leia outros Comentários de Phylos] |
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13/6/2006 | | |
09h15min | |
| Deve haver mesmo alguma beleza num assalto à mão armada, ou na Lei de Gérson, nos votos trocados por remédios e dentaduras... Talvez eu não esteja sabendo olhar direito.
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31/8/2006 | | |
21h27min | |
| Pardon my writing in English. Perhaps someone can translate. Though able to read Portuguese with fair understanding, my writing is not so good. Though I agree with much of what is written here, particularly regarding the evil of corporate censorship of the arts and literature so prevalent these days, let me point out that education is not very helpful. There is a test given in the USA to determine how well readers comprehend the content of their reading. In the 1970s, over 70% of college graduates were able to read and understand relatively difficult material. In 2004, this number was 30%. That is to say, only 30% of college graduates in the US can read with comprehension (in other words, 70% of US college graduates cannot read). 20% of these quasi-literates are unable to understand the text in newspapers. I personally have witnessed this as teacher, as editor, and as researcher in the high technology industry.
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