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Segunda-feira, 29/12/2008
A dança que passa por Curitiba
Emanuella Kalil
+ de 5600 Acessos

2008 foi o ano da vinda de grupos já populares na cidade, como a Companhia Antonio Márquez e a Escola do Bolshoi no Brasil. E de bailarinos de vigor técnico, como os do Russian State Ballet, do American Ballet e da Parsons Dance Company. Vieram ainda as inéditas Diavolo Dance Theater e a São Paulo Cia. de Dança.

Mas alguém ouviu falar de artistas como o belga Win Vandekeybus, o norueguês Hooman Sharifi e a companhia francesa Maguy Marin? Ou mesmo dos brasileiros do Grupo de Rua de Niterói, dirigido por Bruno Beltrão, e da Cena 11 Cia. de Dança? Todos se apresentaram em turnês pelo Brasil, mas em terras paranaenses não houve notícia alguma. Algo parecido aconteceu com a companhia da alemã Pina Bausch, em 2006, que se apresentou em São Paulo e desceu direto para Porto Alegre.

Segundo a produtora curitibana Verinha Walflor, a vinda de espetáculos mais populares, como os balés russos, em vez de arte mais experimental, como a de Sharifi, se dá graças à exigência do público curitibano. "Quando vejo grandes companhias circulando pelo Brasil, como os balés, tento puxar para Curitiba, porque balé tem um público muito específico, mas ainda assim é mais atraente que dança moderna ou contemporânea", diz ela.

Verinha, no entanto, reconhece que seria bom trazer novos nomes para que o curitibano possa ter outras referências estéticas. "Se tivesse 30 anos certamente arriscaria, mas hoje preciso saber exatamente onde estou pisando. Ser produtor é uma profissão difícil, você pode perder muito dinheiro". Sobre os artistas nacionais ela diz que sempre tenta trazer o Grupo Corpo, mas que ultimamente os espetáculos não têm enchido, o que dificulta um próximo convite.

Bom e barato
Quem acompanhou os espetáculos dos balés russos ou da Parsons, sabe que um ingresso custa no mínimo R$ 50,00. Sobre esse aspecto Verinha diz que os preços salgados são compatíveis com as despesas que os produtores têm com hotéis, passagens, ECAD, publicidade e cachê dos artistas. Ela observa também que não trabalha com lei de incentivo à cultura, e que a atual lei da meia-entrada acaba encarecendo os preços. "Cerca de 70% do público paga meia. Enquanto essa lei não for revista é impossível baixar os ingressos", diz ela.

Entretanto, há boas opções de espetáculos a um custo baixo, como os apresentados pela Caixa Cultural, a R$ 10,00. Entre os trabalhos apresentados, todos selecionados por edital público, destacam-se Trapiche, da paulistana Cia. Oito Nova Dança, e Saudades em Terras d'água, do grupo Dos à Deux de Teatro Gestual.

A dança que é feita em Curitiba
A Fundação Cultural de Curitiba, FCC, é uma das instituições que incentiva a pesquisa, a produção e a difusão da dança feita por artistas locais. Foram apresentados na Casa Hoffmann ― Centro de Estudos do Movimento, e no Teatro Cleon Jacques 17 trabalhos. Todos selecionados por meio de editais públicos (Pesquisa de Linguagem, Produção e Difusão, e Pesquisa em Dança Contemporânea).

A PIP Cia. de Dança foi contemplada em dois deles, com os projetos LAB Simbioptico ― que reúne vídeo, dança, performance e instalação ― e o tecnolaboraterritorio, que, entre outras ações, previu em dezembro a realização da Oficina Miniclipes de Dança aberta à comunidade.

O edital de Pesquisa em Dança Contemporânea disponibilizou bolsas, no valor de R$ 2,4 mil e R$ 7 mil e cursos para artistas. A curadoria de workshops é da coordenadora da Pós-Graduação em Dança da UFBA, Fabiana Britto. Em 2008 trouxe nomes como, Paola Jacques (BA), Margô Assis (MG), Dora Leão (SP), Marta Soares (SP) e Alejandro Ahmed (SC). Os dois últimos, entretanto, não puderam retornar no segundo semestre devido a um corte de verba da FCC.

Corpos estáveis
Outro local lembrado ao se falar de dança na cidade é o Teatro Guaíra, que abriga o Balé Teatro Guaíra e a G2 Cia. de Dança. O BTG apresentou em 2008 sete espetáculos. Com exceção dos inéditos Romeu e Julieta e o projeto Ateliê Coreográfico, os outros cinco programas já foram apresentados. Alguns à exaustão, como é o caso de O Segundo Sopro (aquele que chove em cena), criado em 1999, mas que ainda hoje é reprisado.

Com a G2 ― que segundo definição do site do CCTG "atua dentro de uma filosofia de pesquisa e dedica-se à montagem de espetáculos que contemplam as atividades do 'intérprete criador'" ― não é muito diferente. Dois dos espetáculos apresentados esse ano, O Tombo (2002) e Solilóquio (2004), já contabilizam no mínimo dez temporadas cada.

No espetáculo de criação coletiva dos bailarinos, Tudo porque chorei, concebido este ano, houve uma situação curiosa. Embora a direção incentive a criação dos bailarinos, os bailarinos Peter Abudi e Inês Drumond tiveram uma cena de sua coreografia cortada, por ser considerada violenta demais. A cena, intitulada posteriormente como "Coisas Frágeis", desenvolve-se com Peter manipulando as tranças de Inês, usando para isso técnicas de improvisação de contato.

O mais incoerente disso tudo é que a cena foi apresentada antes da estréia do espetáculo por mais de dez dias no Projeto Vitrine. Nessa ocasião os bailarinos dançavam em frente às janelas de vidro, dos foyers dos teatros. Eram, então, compartilhados com todos que passavam ao redor do teatro, no meio da tarde, os processos criativos do grupo.

Saiba mais sobre dança
Para os interessados em estudar mais sobre dança, a Faculdade de Artes do Paraná inaugurou em outubro deste ano o Núcleo de Estudos em Dança "Lugar", com perfil mais teórico. Coordenado pelo professor Giancarlo Martins, toda semana o grupo se reúne para discutir textos relacionados à teoria da dança e debater sobre questões diversas. O professor foi responsável também pela curadoria do DeBate Papo ― Etapa Dança, ciclo de palestras realizado pelo Sesc Água Verde. Em 2009 o projeto deve continuar. Mais informações via e-mail.

Nota do Editor
Texto gentilmente cedido pela autora. Originalmente publicado no Jornal do Estado, em 17 de dezembro de 2008.


Emanuella Kalil
Curitiba, 29/12/2008
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