COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
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9/2/2010 | | |
14h35min | |
| Excelente artigo. Quero acrescentar mais uma recente desculpa, para ser adicionada à multitude de tantas outras já existentes, para não se ler. Tenho um amigo que, quando perguntado se já leu "tal livro", se apressa em responder: "Ler? Eu não leio! Só ouço audio-books". Triste, não? Como se ler fosse apenas abrir livros. Existe algo por trás da atividade de ler em si. Gosto de chamar de devoção ao saber. E não se desenvolve isso numa viagem de 15 minutos de carro, ou quando desempenhando multi-tarefas. Outras pessoas dizem que já leem muito no computador. Volto ao lance da devoção ao saber. Nenhum leitor sério se daria o direito de ver sua leitura interrompida por um e-mail que chega ou um amigo que entra no messenger. Essa é a minha modesta opinião. "Um país se faz com homens e livros" (Monteiro Lobato).
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19/2/2010 | | |
22h29min | |
| Quando quero comprar qualquer livro novo, recém-lançado, aguardo três meses e procuro no sebo. SEMPRE o encontro, em vários exemplares, com dedicatórias ou sem. E pela metade do preço original ou menos. Compro-o misturando alegria (de o encontrar) e tristeza (de ver quão desvalorizado anda o ato de ler e de ter um livro).
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21/2/2010 | | |
19h00min | |
| A matéria de Miriam Mambrini é um verdadeiro grito de alerta aos jovens de hoje, governantes do mundo amanhã... Sou pai de duas crianças (11 e 12 anos), e tenho o orgulho de dizer que, aqui em casa, existem dois leitores assíduos. Monteiro Lobato, Marcos Rey, Alexandre Dumas, Charles Dickens entre muitos outros autores são ídolos bem presentes na formação dos dois garotos.
O que estou querendo dizer é o seguinte: o bom hábito de leitura deve partir dos pais, do seio familiar. É a partir de deliciosos diálogos a respeito das aventuras, dos mundos fantásticos que se desenrolam nas histórias que nossas crianças se deleitam na leitura. Devemos partir dessa premissa. Não devemos jogar a culpa no preço dos livros. Devemos, sim, dar um exemplo vivo aos nossos filhos. Dessa forma, estaremos evitando transformá-los em verdadeiros "zumbis" tão comuns hoje em dia, vítimas dos bombardeios diários de informações vazias que rolam na TV e na internet.
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25/2/2010 | | |
16h31min | |
| Há 75 anos, quando minha tia avó se formou na primeira turma da USP, ninguém lia nada. Quase não havia bibliotecas públicas e livrarias eram para os poucos relativamente endinheirados. Hoje as crianças leem muito mais, qualquer shopping de bairro de classe trabalhadora tem uma livraria maior que as da Barão de Itapetininga de antigamente. Livros nacionais, estrangeiros, traduzidos, ficção, não-ficção, clássicos, e modernos. Vende-se muito mais livros e lê-se muito mais.
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31/3/2010 | | |
17h28min | |
| Um dia uma professora de português emprestou um livro de 80 páginas a um aluno, um mês depois ela perguntou, gostou? Ele nem leu... E ela então falou: quem gosta de ler devora um livro desses em 1 ou 2 dias. Tenho uma amiga que toda semana recomenda um livro para a sua turma de ensino médio, é um sucesso; já nas escolas públicas, tenho cá minhas dúvidas. Agora, escritor que não lê, essa não dá para engolir. Conheço uma família que a criança só brinca no computador nos fins de semana, desse jeito a TV e outros aparelhos eletrônicos não atrapalham. Eu sempre aconselhei meus filhos a lerem tudo, revistas infantis, fotonovelas e depois livros. Com a leitura se constrói um homem sensível e com extremo senso crítico; sem leitura, não dá.
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5/12/2011 | | |
16h29min | |
| sou bibliotecário e meu trabalho de conclusão de curso foi justamente sobre leitor e leitura. Trabalho com organização de bibliotecas particulares e noto que as pessoas que dão valor ao meu trabalho são apenas as de classe alta e média alta. Estas me contratam para organizar seus 3000 livros dos quais já leram uma boa parte. Uma verdade sobre a leitura e os leitores no Brasil é que alunos das escolas estaduais lêem muito pouco ou nada.(falo de leitura de lazer). Isto é um problema cultural. Pais na sua maioria não são leitores, professores também em sua maioria não lêem nada mais do que o necessário para exercer a sua profissão. Como disse daniel Penac em seu livro "como um romance", o verbo ler é como o verbo amar, é intransitivo. Nao se pode obrigar ninguém a amar outra pessoa, assim como não se pode obrigar ninguém a ler. O hábito da leitura é algo que deve florescer naturalmente nas crianças através do adubo do exemplo de leitura dos pais e da água do exemplo dos professores.
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23/12/2011 | | |
07h43min | |
| Gostei do artigo - simples, objetivo. Há nele grandes verdades, e creio que uma parte se destaca: o isolamento (muito deliberado,por vezes) em que ficam os escritores que não querem chegar ao público ou achariam subserviência vil agradar ao leitor, "fazer o jogo do mercado", como dizem. Há nisso um elitismo obtuso, porque grandes autores sempre procuraram o diálogo com o público. Não o procuram aqueles mais obstinados em viver num círculo limitadíssimo, que, claro, têm direito a isso, mas pouco contribuem para o universo da leitura em geral. Sem leitores num número razoável, nenhum autor cresce, e, com a certeza de ser lido, um autor se torna mais leal, menos individualista e árido em suas perspectivas, depura seu estilo, procura maior clareza, melhor comunicação, sem perder suas características; pode-se dizer que o leitor é a grande medida viva do escritor.
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20/1/2012 | | |
18h19min | |
| Ótimo artigo!!! E me atrevo a responder a uma de suas perguntas: "Será que editoras, livrarias e formadores de opinião estão se engajando suficientemente nesse esforço?" Tenho certeza que não. E creio que ainda levará algum tempo para que isso aconteça. Infelizmente.
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