COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
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13/9/2010 | | |
08h57min | |
| Discordo de você. A culpa não é nossa, mas sim das editoras. Não há melhor remédio para engordar o boi que o olho do dono. Um livro de produção independente vende incomparavelmente mais do que aquele que entregamos aos cuidados de uma "editora convencional".
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13/9/2010 | | |
13h20min | |
| Discordo de você, em certas partes. Temas como sem-terras e trabalhadores do campo são interessantes, e acredito que, se o grande público conhecesse a sua narrativa, iria comprar e recomendar. No entanto, o que dita a regra de consumo é a grande mídia, então, se não virou minissérie, nem filme, e o autor não é celebridade ou esteve envolvido em nenhum escândalo, fica difícil o livro ganhar espaço de divulgação, não ganha nem vitrine na livraria que pegou o exemplar consignado. Outra forma de vender é se o mercado educativo adotar, porém, temos a barreira do catedrático se dispor em conhecer autores e obras novas, eles quase não têm tempo ou interesse, é mais fácil ater-se aos cânones. Eu preferi montar a minha editora, não sei como será ter que dividir a atenção entre escrever, produzir, vender e lançar, o tempo dirá!
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14/9/2010 | | |
05h44min | |
| Sim, temos muito mais escritores no mercado, mas continuamos a ter consumo. Não se vende milhões de exemplares dos estrangeiros, se não tiver alguém querendo comprar. O que falta é o povo conhecer seus próprios escritores.
A mídia precisa abrir mais espaço.
Um sonho em três partes: (1) imagine, nos principais cadernos, uma seção aos sábados e domingos, com matérias somente de escritores brasileiros. Falando da sua carreira, das suas obras, dos últimos lançamentos. Falando dos antigos e novos escritores, espaço para todos.
(2) imagine as livrarias reservando uma bancada em destaque somente para lançamentos de autores nacionais.
(3) imagine que os nossos escritores valorizem seus pares. Que eles separem 1/3 de suas compras para autores contemporâneos.
Quando um livro cai no gosto do leitor comum, ele mesmo faz o boca-a-boca.
Se esse sonho fosse realidade, duvido que só vendesse 1 exemplar por mês.
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14/9/2010 | | |
11h35min | |
| Concordo com os dois. Como autora independente, coloco meus livros em livrarias, mas escolhidas a dedo. Fujo das livrarias de "xópin" que como "chupins", sugam meus ganhos em 50%. Meu último livro, "A Bahia de Outrora", um livro memorialista, portanto, de pouca visibilidade, vendeu 300 exemplares em um mês. Mas eu vou semanalmente às livrarias, faço palestras, visito escolas e não perco festas literárias. Como sou três vezes acadêmica, faço tardes de autógrafos nas Academias às quais pertenço. Amigos, o menor trabalho do escritor é escrever seu livro. Em tempo: quero passar para o livro digital. Logo! O e-book que lancei em 2009 na Bienal de Salvador já vendeu 1000 cópias. Eliana, a ideia da editora própria é excelente. Ou então aluga-se uma, como faço. Ela é gráfica e editora, trabalha muito bem, pago após negociar preço e vendo meu livro onde, como e quanto quero.
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14/9/2010 | | |
12h13min | |
| O "fabricante-autor-escritor" de conteúdos escreve o que o mercado quer ler. Manuais de mea culpa ou autoajuda, receitas para o sucesso, pornografia travestida de erotismo - que não encalha nunca - têm engordado muitas contas de "escritores" magos, conferencistas e até "celebridades". Falar de mazelas sociais saiu de moda? A ficção não está correspondendo? Bem, os contos de fadas tomaram novo formato. "Coração de Tinta", "Harry Potter" etc. vendem feito água. Sempre haverá um chinelo velho para um pé cansado. Os leitores mudaram, têm outro perfil. Descubra e escreva o querem ler. Pode ser que não exijam tanta qualidade ou seriedade, tal como você sempre fez. É um sinal dos tempos. E o livro eletrônico está aí, paga direitos e já tem leitores precisando de bons autores para os seus Kindles, iPads, e similares.
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23/9/2010 | | |
12h13min | |
| Uma das dificuldades para os "jovens" e "novos" escritores é ver nas resenhas que os "críticos" lançam laudas e laudas de autores dos séculos passados, por se tratar de "clássicos", poucas linhas para a edição nacional dos que serão no ano de dois mil duzentos e vinte e cinco, mas que precisam vender agora, nesse ano de dois mil e dez. Assim, é mesmo impossível sobreviver da escrita. Ana Cristina Melo, concordo com os três itens. Assim será. Amem.
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6/10/2010 | | |
11h18min | |
| O número de escritores cresce geometricamente, enquanto o de leitores, aritmeticamente. E os escritores novos, ao mesmo tempo que reclamam de suas parcas vendas, esquecem de dizer que não leem ninguém. Não compram um único livro e reclamam do mercado editorial.
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