COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
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21/9/2004 | | |
08h33min | |
| Está claro que a midia incentiva os jovens para uma maldita massificação. Essa tarefa se torna ainda mais facil num ambiente em que é raro para alguns jovens terem a capacidade de questionar as informações que recebem. E isso principalmente devido ao histórico educacional a que foram expostos, já que só foram ensinados a decorar fórmulas e ganhar pontos em detrimento do raciocinio lógico e prático voltado a vida. Mas nem tudo está perdido. Pois há muito a ser piorado.
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21/9/2004 | | |
12h56min | |
| Os "rebeldes" de hoje são uniformizados. No meu tempo (não gosto desta expressão, mas é a mais reveladora), isso se chamava "punk de boutique". Existe uma expressão que deve ser usada pelos militantes da "Missão MTV", que é "gente bonita". Tradução mais fiel para engajamento social? Não! Daí vc é gente feia...
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22/9/2004 | | |
00h24min | |
| Concordo -e lamento- sobre o processo de idiotização e padronização (aparentemente irreversível) que ataca nossos filhos. Levada pela infindável e fantasiosa esperança materna me esforço por "salvar" desta sina minhas filhas, ainda pré-adolescentes. Mas, ao mesmo tempo, essa matéria me faz refletir sobre nós, os quarentões. Até que ponto ficamos ilesos de uma padronização, ainda que de outro tipo? Até que ponto não carregamos e amargamos, também, padrões há muito em nós incutidos? Quantos de nós não vivemos sufocados numa carga de trabalho diária de 12 hrs., na busca sem fim de uma conta bancária melhorzinha, iludidos ainda que aí é que reside a felicidade de um ser humano? E quantos de nós, em nossa aparente maturidade, não abrimos mão de um amor, encaixotados ainda no velho e pasteurizado conceito de que liberdade e amor são incompatíveis? E quantos de nós, do alto de nossa cega petulância, estamos criando e educando nossos jovens filhos mas, ao nos olharmos no espelho, nos sabemos tão ou mais imaturos e perdidos do que eles? Será a idiotização um ciclo impossível de se quebrar?!
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22/9/2004 | | |
17h50min | |
| Como autêntico outsider - pior ainda, outsider individualista e um tanto arrogante - observo que essa carência toda que compele as pessoas a se esforçarem por ser aceitas parece-me uma lamentável fraqueza. Mais do que patética, considero desprezível essa atitude da pessoa que não busca sua própria afirmação individual, seu próprio crescimento peculiar e único, mas, pelo contrário, busca amoldar-se passivamente às regras, aos conceitos e às modas que lhe abram as portas da aceitação e do convívio fácil proporcionado pelo corte de asas. Nada me convém seguir as opiniões ou as posições de qualquer grupo, por maior ou por mais influente que seja. Primeiro porque não expressam a minha individualidade, a minha idiossincrasia, a minha experiência. Segundo porque acredito que devo prosseguir a minha aventura pessoal, intransferível, muito mais fascinante do que qualquer filiação a aventuras coletivas despidas do senso e do mérito da individualidade. Terceiro porque quanto mais representativa for a opinião ou o conceito de qualquer maioria, mais certamente essa opinião ou conceito se afirma como a expressão da mediocridade. Todo consenso é medíocre. As grandes correntes que transformaram o mundo nasceram na cabeça de homens privilegiados, únicos, geniais, outsiders. Aquele que segue a onda é um fraco, é um pusilânime, é um medíocre, é um descerebrado, é uma ovelha, é gado. Aquele que busca seu próprio caminho pode cometer erros terríveis, mas sua atitude sempre será a de um desbravador. E os grandes caminhos, as grandes descobertas, as grandes intuições... somente podem ser atingidas pelos aventureiros solitários. O exercício de sua própria individualidade é uma conquista para a qual poucos estão preparados. A falta de auto-apreço e de coragem física e intelectual conduz a maioria das pessoas a levar vidas sem sentido, sem identidade, sem conquistas, sem mérito. O medo da solidão parece ser forte demais. Eu afirmo: "Diz-me que segues atrás de muitos, e te direi que ninguém és. Diz-me que segues atrás de poucos, e te direi que algo és. Diz-me que a ninguém segues, e te direi que alguém és".
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23/9/2004 | | |
10h39min | |
| Parabéns ao autor do texto. Realmente vc conseguiu expressar num texto claro, tudo o que considero de extremo mau gosto e que a tv toma como ideal. A juventude mudou e esta mudança (pra pior é claro) reflete em vários aspectos da nossa sociedade. Ser virgem aos 14 anos é coisa de menina idiota, o negócio agora é dar (pois todas as meninas do grupo já deram). No meu tempo, 14 anos, ainda éramos crianças e brincadeiras de roda eram nossas baladas. Posso estar sendo muito moralista, mas a banalização da juventude, o consumismo e a ignorância imposta aos nossos jovens é muito triste! Acho que fugi um pouco do tema, mas precisava desabafar. Parabéns, repito, ao autor Mário Bortolotto.
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23/9/2004 | | |
12h04min | |
| não discordo do texto, tampouco concordo com ele. a diversidade é tão necessária quanto a padronização. para que haja outsiders, é necessário haver "insiders" e a necessidade de se travestir para pertencer a algum grupo é tão antiga quanto a existência humana, só variando a forma de manifestação, e ninguém está mais certo ou mais errado por optar por uma coisa ou outra. acaso regozijar-se por não estar massificado difere em algo de regozijar-se por assim estar?
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25/9/2004 | | |
17h21min | |
| Para que a gente sempre possa ler artigos excelentes assim! Vou conhecer rapidinho seu blog... Um abraço.
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17/11/2004 | | |
13h56min | |
| Me identifiquei de imediato, entre outros motivos, porque sempre sentei na última fila nas salas de aula e não fazia o menor esforço para ser "aceito" em qualquer grupelho de acéfalos. Eu também sinto ânsias de vômito ao ouvir o palavreado da geração malhação, sempre padronizado e sem a menor criatividade - ao contrário do que alguns apregoam. Ninguém passa impunemente pela adolescência, e eu também cometi minha cota de insanidades. A grande diferença é que eu lia muito (Victor Hugo, Kafka, Graciliano, Fernando Pessoa, Paulo Leminski, Torquato Neto), e tinha, na maioria das vezes, o discernimento necessário para distinguir o certo do errado, o bom do ruim. Hoje, neguinho perdeu essa noção e faz as merdas simplesmente porque todos estão fazendo e pronto. Não dá mesmo para esperar muita coisa de quem perde seu precioso tempo lendo calhamaços de Harry Potter.
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21/5/2007 | | |
10h36min | |
| Acredito que o posicionamento do Carl está mais adequado com a realidade. Ele é aqui o Outsider (quando deveria ser o oposto) e a partir do momento que me junto a ele, se torna menos diferente. Bom exemplo, acho. Existem muitos grupos por aí, as patricinhas, os punks, os rappers, os agroboys. Talvez o autor se tenha apegado demais ao próprio universo, que reconheço real e largo. Odeio boy, mas confesso que já tentei ser um; odeio maluco, mas sempre me senti em paz com eles; odeio quem odeia, mas um pouco de preconceito às vezes ajuda, pois é a muleta em que nos apegamos para manter a sanidade. Tudo muda com o amadurecimento, e os diferentes nos parecem tão iguais quanto todo mundo. Individualidade não é bom, também. Safado e corrupto é o exemplo mais plausível que existe dessa prática. Ser igual à força também é péssimo e então sigo o raciocínio da maioria, até aqui. Mas tudo isso vem da criação, da educação. Pais presentes na educação dos filhos são uma ajuda incomensurável nessa hora...
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21/5/2007 | | |
23h43min | |
| Cara, você arrasou. Parece que fui eu que escrevi isso, se tivesse tal competência. Tudo isso que escreveu faz tanto sentido para mim, que acho que sou igual a você (rá, rá). Valeu. Adriana
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24/5/2007 | | |
20h02min | |
| Adorei o texto.
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12/8/2007 | | |
01h32min | |
| Adorei o texto. Só não me encaixei na parte de me sentar na última cadeira da sala, porque sempre fui popular, mas eu não me enquadro nesse "tunning" que as pessoas vivem hoje em dia. Acho que a gente pode ser contemporâneo sem ter que seguir regras, somente sendo autêntico. Eu já fui "inside" até ver que estava sendo um babaca irreal, sendo alheio a coisas que eu não compactuava. Hoje eu ligo o foda-se para o que os outros pensam e sou muito mais feliz, possuindo aquilo que eu gosto, escutando as músicas que me deixam feliz, em resumo, sendo EU.
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4/1/2008 | | |
10h58min | |
| Nossa, Mário, você deu um "pé na bunda" dessa sociedade hipócrita com a sua opinião. Parece até que era eu que estava "chutando". Sempre estive longe dos ideais, do estilo, das opiniões desses hipócritas. Me sentia excluída durante os tempos de escola, mas hoje sinto alívio por não ter sido uma idiota como eles.
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6/10/2008 | | |
17h45min | |
| Realmente, meu caro, concordo com tudo... Infelizmente, é isso que temos vivenciado todos os dias em nossa sociedade! Eu não quero ser diferente, só não quero me contaminar!
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7/1/2009 | | |
13h48min | |
| Parabéns pelo texto, muito bom.
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23/2/2009 | | |
07h56min | |
| O seu texto é realmente muito bom, mas não despreze Dorian Gray, ele faz parte de um dos romances mais lindos que já tive a oportunidade de ler até agora. Sobre o seu texto, comento com a frase de um cantor italiano, Caparezza: "trovo molto interessante la mia parte intolerante che mi rende rivoltante tutta questa bella gente", que traduzido significa "acho muito interessante a minha parte intolerante, que me rende lamentável toda essa bela gente".
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8/1/2011 | | |
00h47min | |
| Arárá! Adorei! Toda essa estupidez tem um endereço certo: padronização de jovens da classe mérdia. Ah, e todos estão tuitando!
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8/1/2011 | | |
10h06min | |
| Acho que o motivo mais forte é o mercado, ele precisa de um público padronizado e com interesse em consumir o que está disponível. Sobre as cirurgias plásticas, acredito que a MTV quer ter uma forcinha de audiência com esta moda, e não o contrário...
| | [Leia outros Comentários de Rodrigo] |
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4/5/2013 | | |
15h12min | |
| Opa, usei a definição de Outsider em um dos meus textos.
http://bangbangescrevi.blogspot.com.br/2013/05/o-lobo-da-estepe.html
Espero que não se incomode.
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