ESPECIAIS
Quarta-feira,
6/6/2001
Gastronomia
Colunistas
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Confissão da miserabilidade gastronômica
>>> Eu estava de viagem pela Europa, o paraíso gastronômico. Na França - logo lá! - estava na rua às duas da manhã, morrendo de fome. Na minha mochila, restos de um Big Mac e algumas batatas fritas espalhadas. Já perto do hotel, sentei-me numa esquina e chorei de raiva por estar naquele país, longe do meu feijão-com-arroz. Quis fazer uma ligação para casa, para a Embaixada, para qualquer lugar que me proporcionasse um simples arroz-com-feijão àquela hora.
por Paulo Polzonoff Jr
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Kerouac era viciado em burritos
>>> Você gosta de comida mexicana? Lembro a primeira vez em que fui
apresentado. Estava de partida para viver aqui na Inglaterra e um
amigo me levou no La Botequila - um finado restaurante-bar-clube que
funcionava na região da nova Faria Lima, em São Paulo. O lugar era bem alto
astral e a comida... O burrito nem era bom, mesmo assim eu falei: "Tenho que
experimentar esse treco". O treco: uma tortilha grande de trigo - um pão bem
fino em forma de panqueca. O recheio da panqueca é de carne de vaca bem
temperada, cozida e desfiada, misturada com feijão meio como a gente come em
forma de tutu. Mas esse recheio pode variar, tem burritos de frango, de
carne de porco, com salada, com arroz... Depois de enrolado, o burrito (que
nos lugares quentes tem uns 20 centímetros de comprimento) é colocado no
prato e acompanhado de guacamole fresca e aquele molho de tomate com
tabasco. Alguns restaurantes também apresentam o burrito com acompanhamento
de arroz, ou com aquele queijo derretido por cima, mas... bem.... estou indo
depressa demais.
por Arcano9
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Asas de morcego empanadas
>>> Coisa que sempre me intrigou foram as receitas culinárias. Havia algo de oculto, impalpável, entre o que diziam aqueles textos aparentemente tão lógicos, e a seu resultado final, concreto, que degustamos, com sabor, aroma, cores e formas inexplicáveis. Uma arte, com um quê de mágica, mística, proveniente de um conhecimento iniciático, transmitido de boca para ouvido, qual segredos de druidas, e aperfeiçoada na prática cotidiana.
por Rafael Lima
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Fome de ler
>>> Uma biblioteca tem o poder de exercer um fascínio muito singular sobre as pessoas. Mesmo quem não tem o hábito de ler, se encanta com uma bela biblioteca. Depois de crescida, e com o interesse pela cozinha em franca evolução, conheci a minha primeira biblioteca de gastronomia. Até hoje tenho gravado na memória o impacto que me causou, como se eu tivesse entrado lá ontem.
por Vera Moreira
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A língua da comida
>>> Pus o paladar norte-americano à prova com comidas brasileiras um par de vezes. Primeiro foram as apostas seguras: pão-de-queijo e brigadeiro. Depois fiz caipirinha - nem preciso dizer que foi um hit. Por fim, o maior desafio: fiz moqueca de peixe. Com todos os acompanhamentos: pirão, farofa e arroz à brasileira (refogado). O pessoal está até hoje falando nos pratos brasileiros.
por Daniela Sandler
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Eu só quero chocolate
>>> Como qualquer grande realização humana, o chocolate não foi invenção
de uma pessoa, mas de gerações e gerações de pesquisadores que, "se
enxergaram mais longe, foi porque subiram nos ombros de gigantes que os
antecederam". No chocolate, podemos começar com Cortés que levou a
amarga bebida Azteca chamada tchocolatl para as cortes européias. Em 1850,
Henri Nestlé inventou o leite condensado e resolveu o problema de como
misturar o cacau com leite sem destruir a textura do confeito. Um pouco
depois, Philipp Suchard criou a primeira barra de chocolate ao leite. A
famosa Milka. Quase simulatâneamente, Rodolphe Lindt construiu uma máquina
capaz de arear o chocolate, tornando-o mais maleável e destacando seu sabor.
Além disso, o chocolate de Lindt derretia na boca! O duque de Praslin
descobriu o pralinê. Evocando os alpes suiços, Jean Tobler fez um chocolate
triangular chamado Toblerone. A Itália inventou a Gianduja e a Nutella. Na
Bélgica, Jean Neuhaus criou a "casca" de chocolate. Resistente o bastante
para comportar líquidos e cremes no seu interior, ela deu origem aos bombons
recheados. Não há como voltar atrás. O mundo nunca mais será o mesmo.
por Marcelo Brisac
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Julio Daio Borges
Editor
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