DIGESTIVOS
Sexta-feira,
17/2/2006
Digestivo
nº 266
Julio
Daio Borges
+ de 4500 Acessos
+ 1 Comentário(s)
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Imprensa
>>> Quem ri por último, ri melhor?
Nenhuma novidade na Exame com a palavra “blogs” estampada na capa. A não ser pelo fato de uma revista brasileira finalmente dar uma capa... aos famigerados blogs! Blogs corporativos, na verdade. A Exame empresta seu subtítulo (“sua empresa está nua”) ao livro Naked Conversations, recém-lançado nos Estados Unidos, cujo autor é o blogueiro honorário da Microsoft (que pode até ser um “furo” em papel, mas que você tinha visto aqui antes). Enfim, nada de novo sob o sol. Ah, a não ser também pelo “upgrade” – oficializado – de dois conhecidos blogueiros da cena tupiniquim. Upgrade mesmo? Difícil dizer... Um é Wagner Martins, vulgo MrMason, que se fez conhecido através do Cocadaboa – primeiro em site, depois em blog. Cansado de achincalhar com o mainstream, ser processado pela Coca-Cola, pelo escritório de advocacia do pai de Luciano Huck, e de fazer os jornalistas de tecnologia de bobos, no episódio Sexkut, Wagner Martins virou a mesa e foi trabalhar... pra operadora de celular Vivo! Segundo consta, é responsável agora por criar buchicho em torno de produtos da empresa de telefonia, dada a sua conhecida eficiência em espalhar boatos por aí. Vai funcionar? Boa pergunta. A Vivo deveria era patrocinar o Cocadaboa... Outro “agraciado” pelo sistema, de acordo com a Exame, é Antonio Pedro Tabet, do blog Kibe Loco. O destino não foi tão piedoso com o ilustrador que emplacava tiras, uma atrás da outra (boas sacadas sobre Lula e seus tropeços): Antonio Pedro Tabet foi fazer quadros agora no... Caldeirão do Huck! De novo: a Globo deveria era patrocinar o Kibe Loco. Seria muito mais interessante. Na realidade, todo mundo precisa viver e, após alguns anos soltando piadinhas pela internet, a decisão, tanto de Martins quanto de Tabet, deve ter passado pelo bolso. E claro: as ambições de mass media continuam maiores que as de mudar o mundo.
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>>> Exame
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Música
>>> Clarity
A musiquinha não compromete. É daquelas que você escuta antes de começar uma aula de spinning na academia. John Mayer emplacou nos Estados Unidos mas muita gente não esperava que seus discos fossem ser lançados no Brasil. Ele parece meio perdido no clipe (bonito), em alguma praia da Califórnia e, aparentemente, faria mais sentido para os havaianos (ou wannabes) que acompanham, por exemplo, Jack Johnson. Mas talvez por isso mesmo esteja aqui, entre nós – porque Jack Johnson, guardadas as devidas proporções, emplacou no Brasil. A voz, rouquinha, lembra a da Dave Matthews Band, mas a música é muito mais easy listening. Mayer empunha sua guitarra na capa dos dois álbuns, Room for squares (2001) e Heavier Things (2003), mas ela quase não soa. Tem mais uma função rítmica, e decorativa. Não há solos de qualquer tipo. Nos EUA, para que se tenha uma idéia, em lojas de CD onde só sobreviveram ícones de outras eras como Madonna, Paul McCartney e os Rolling Stones, ele estava lá ao lado do Coldplay. Não sei se a comparação, com o último, soa pertinente, mas é provável que John Mayer não agrade também os detratores de Chris Martin. Digamos que Mayer sussurra menos, não enfia teclados em toda e qualquer canção e suas letras não têm necessariamente a ver com auto-superação (auto-ajuda?). É um bem feito pop água-com-açúcar. O rapaz é jovem; estourou com pouco mais de 20 anos (vamos considerar). E se tivermos de escolher entre essa música de paisagem, que as gravadoras hoje têm nos empurrado – depois de karaokes com Emerson Nogueira e Danni Carlos, e depois de “versões” mela-cueca by Ana Carolina e agora Seu Jorge – parece uma boa opção. Pelo menos ele compõe o próprio material.
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>>> John Mayer
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Internet
>>> Let us protect you in the labyrinth
O site, como tantos outros, não inspira muita confiança. A apresentação, se você for ler, não diz nada com nada. Um montão de prêmios que, de tantos que são, perdem a validade. E a empresa é tcheca – os tchecos que me perdoem –, mas dá pra confiar? Pior que dá. Estamos falando do Avast, o antivírus totalmente gratuito, fabricado pela empresa ALWIL, na República Tcheca. Sabe aquele sujeito que vai até a sua casa, ou até o seu escritório, fazer aquela manutenção periódica nos seus computadores? Pois é, ele está usando e está, inclusive, proclamando que é melhor do que o Norton. De fato, o Avast não “pesa” no processamento, deixa a máquina mais rápida (linguajar de técnico em informática) e é atualizado três vezes por semana (o Norton é uma vez só – se aparecer um vírus no dia seguinte à atualização, você vai ter de arcar com as conseqüências até dali a quase uma semana...). Fora isso, o Avast está em português. Em um português razoável. Dá pra entender quando ele se “atualizou”, quando ele encontrou um vírus ou uma ameaça instantânea. Tudo bem que, por algum problema de configuração, a janelinha, com os avisos todos, às vezes aparece meio cortada no canto da tela; e tudo bem que às vezes até dá a impressão de que cai a conexão com o provedor (ele avisa), embora os outros programas sigam on-line e funcionando. Nada contra a Symantec, que fabrica o Norton, mas, na esteira de outras aplicações que funcionam bem e que nada custam – como o Gmail, o e-mail do Google –, foi-se o tempo de pagar por um antivírus, conseguir uma licença com duração de um ano para algumas máquinas, e ponto. O Avast pode ser uma moda passageira – entre técnicos, em geral – mas, em termos de antivírus para fazer download e instalar, é o melhor até agora.
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>>> Avast
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Julio Daio Borges
Editor
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COMENTÁRIO(S) DOS LEITORES
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15/2/2006
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19h05min
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Pequenos comentários meus: sobre o Cocadaboa.. excelente! E sobre o Avast, há tempos eu o utilizo e endosso as palavras do autor. É isso! Saudações.
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