Digestivo nº 278 | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

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DIGESTIVOS

Sexta-feira, 12/5/2006
Digestivo nº 278
Julio Daio Borges
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Imprensa >>> Killing Yourself to Live
O que mais resta à velha mídia? Depois de muito combater a hegemonia da internet, no embalo pós-Bolha, estabelecida a vitória do Google em todos os setores, não há nada mais a fazer senão aderir... à Web. É o que está tentando, como tantos outros veículos no mundo, a melhor revista do planeta: The Economist. Último bastião do papel na Inglaterra, provavelmente a única semanal que teve aumento de tiragem, soltou um dossiê inteiro sobre “New Media” na última edição de abril. Depois de dar, na abertura da reportagem especial, crédito a blogueiros célebres dos Estados Unidos – sim, isso lá existe –, a Economist partiu para a explicação didática de fenômenos como podcasts, wikis, etc. Extrapolando alguma coisa sobre seu futuro, e atenuando a impressão de uma possível ameaça, no ar, ao status midiático... Quando se percebe que a considerada “melhor revista do mundo”, vale repetir, está atrasada, para dizer o mínimo, entende-se um pouco mais a desorientação de jornalistas tradicionais, de papel, em relação ao verdadeiramente novo jornalismo (o on-line). A Economist, a outrora indefectível revista, não traz praticamente nenhuma novidade para quem acompanha semanalmente, ou mensalmente, por exemplo, os blogueiros citados. É a tal encruzilhada em que a velha mídia se meteu: se efetivamente se dedicar a cobrir a internet comme il faut, admite a sua própria falência jornalística; e, se não cobrir, fica defasada e não interessa mais aos novos leitores. Está presa num beco sem saída; sem solução à vista. Para fazer uma analogia, é o mesmo dilema do fim da era do software como produto e início da era do software como serviço. A Microsoft não vai se adaptar; mas não tem outra opção senão tentar. Bill Gates e os chefões (ou chefinhos) da mídia estabelecida estão pagando muito caro por ter ignorado a internet tanto tempo. Talvez ainda tenham de pagar com a vida. [Comente esta Nota]
>>> A survey of new media: Among the audience | It's the links, stupid | Compose yourself | The wiki principle | Heard on the street | Wonders of the metaverse | The gazillion-dollar question | What sort of revolution? | Sources and acknowledgements
 



Música >>> Talento, mercado e futuro
É a mesma velha história do Mauro Dias... Nos anos 90, as majors acabaram com a música no Brasil. Criativamente falando, a situação já andava insustentável para os artistas. O primeiro passo, então, foi dado pela Velas, a gravadora brasileira símbolo dessa época, de Ivan Lins e Vitor Martins. A história da Velas é bem conhecida... veio à luz com uma missão: resgatar Ginga do ostracismo. Conseguiu. Não sobreviveu, porém. Não era o momento certo no Brasil. Nos anos 2000, com a explosão da internet e com o advento do pier-to-pier, da troca de arquivos, as gravadoras grandes reagiram ainda mais violentamente: reduziram ao extremo seu cast e colocaram na rua nomes como Maria Bethânia, Gal Costa e, mais recentemente, Chico Buarque de Hollanda. Veio, para oferecer abrigo, a Biscoito Fino. Qual a idéia? Devolver a dignidade perdida a grandes artistas que haviam sido emparedados pelas majors do disco. Dentro desse contexto, onde se esboça uma reação interessantíssima, com o surgimento de selos e iniciativas novamente criativas, vem à tona, agora, o Olho do Tempo. Agenor de Oliveira, parceiro de Nelson Sargento, Rogério Souza, integrante do Nó com Pingo D’Água, Eduardo Neves, titular da banda de Zeca Pagodinho, e Carlos Fuchs, produtor e dublê de engenheiro de som – os quatro pais fundadores – não têm outro objetivo senão fazer música. E precisa dizer que é sem apelar para o tal “mínimo denominador comum”, para a canibalização de gêneros, dos músicos e do gosto? O padrão, em termos de acabamento e de produção, é o da Biscoito Fino (sem exagero e dando, aqui, o devido crédito). São três os primeiros discos: É Banto, do próprio Agenor; Gafieira de Bolso, do mesmo Eduardo; e Fossa Nova, do já citado Carlos com Marcos Sacramento – o intérprete revelação dos últimos tempos. O Olho do Tempo não precisa de mais nada agora, a não ser acontecer. Chegou a hora dos apreciadores de música no Brasil fazerem a opção entre selos como esse e a eterna esterilidade das majors. [Comente esta Nota]
>>> Olho do Tempo
 



Literatura >>> Esfera
Plantar um árvore, ter um filho e escrever um livro... não é isso que dizem? E mais ilusões do que os autores de livros quem tem são os editores de livros. Apesar de todas as tentativas de se dessacralizar, desde o século XX, o livro continua despertando paixões, e sonhos, geralmente com base num ideal sem sustentação na realidade. Querendo ou não mostrar que o editor é, antes de mais nada, um empresário com qualquer outro, que, além da sobrevivência, visa o lucro, Gilberto Mariot ministrou, na Câmara Brasileira do Livro, o curso Como Montar e Gerenciar uma Editora. Igualmente editor, advogado e professor universitário, Mariot desconstruiu a imagem sacrossanta das editoras e, principalmente, do mercado editorial brasileiro – que é uma selva. Quem, por exemplo, escolhe a linha mais atraente, a do “interesse geral”, e não foca no maior comprador de livros do País – o governo –, depara-se com o dilema básico de todo editor brasileiro: não há leitores o suficiente. Gilberto ateve-se, justamente, ao realismo que quase ninguém enfrenta quando começa no business do livro: as leis, a constituição da empresa, a folha de pagamento, as exigências trabalhistas, os ativos fixos, as restrições orçamentárias, enfim, os custos. Como empreendedor no setor, ele é um pouco categórico e não vê chance de sobrevivência a não ser através das chamadas licitações e do monumental mercado de livros didáticos. É uma opção; mas será que a única? Ficou a pergunta no ar... Fora o balde de água fria nos potenciais editores com idéias mirabolantes, Gilberto Mariot divertiu a platéia com seus casos engraçados e erros do passado. Pois, segundo ele, a experiência é isso: o acúmulo do que não funcionou, que deve ser passado adiante, para não ser tentado novamente. A CBL promove sempre cursos sobre o assunto, e se a conclusão, desta vez, não é das mais otimistas, o enigma do livro no Brasil permanece interessante. [Comente esta Nota]
>>> Gilberto Mariot | Escola do Livro | CBL
 
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Julio Daio Borges
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