Digestivo nº 301 | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

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>>> Quem Vai Salvar a Vida de Ruth Rocha pela Salamandra (2015)
>>> Ás de Espadas Volume 2 de Juan Gimenez Ricardo Barreiro pela Futura (1986)
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DIGESTIVOS

Sexta-feira, 27/10/2006
Digestivo nº 301
Julio Daio Borges
+ de 2900 Acessos




Imprensa >>> Estilo radical
A Piauí conseguiu ser uma das revistas mais aguardadas e mais comentadas dos últimos tempos. Lá se vão quase dez anos do lançamento da Bravo!, que também provocou alguma comoção quando saiu mas que gerou certa desconfiança por ser excessivamente “plástica”. Em 1998, a internet comercial ainda engatinhava e ninguém acreditava que o texto pudesse ter, novamente, mais importância do que a imagem. Uma revista tinha de ser acintosamente bonita, como a Bravo!; e a Caros Amigos, então um hit menos engajado, era vista como de projeto gráfico ultrapassado. Tudo bem que, em 2006, a Piauí não é exatamente a última moda em matéria de design, mas seu texto vem se impondo gradativamente. Também, pudera: conseguiu o feito de trazer Ivan Lessa de volta ao Rio, quase trinta anos depois da sua partida – e ele produziu um texto que justifica a afirmativa de Diogo Mainardi de que seja um dos maiores escritores do Brasil... Rubem Fonseca é outro; é, ainda, um dos nossos maiores contistas vivos, junto com Dalton Trevisan – e está na Piauí com “Miriam”. A revista de João Moreira Salles, com direção de Mario Sergio Conti, quer ser nada mais nada menos que a New Yorker brasileira. O primeiro número é igualmente auspicioso graças a reportagens como a de Vanessa Barbara, sobre os amaldiçoados atendentes de telemarketing. A missão da Piauí, portanto, é civilizatória. Resta saber se vai haver ressonância por parte do público; se os anunciantes vão literalmente comprar a idéia; e se a redação vai manter esse nível depois de três décadas em que a tradição do bom texto foi deixada para trás. São pelo menos uma trinca de enigmas para a Piauí resolver. A isso, junte-se inevitavelmente o tema do “suporte” papel. A revista não se posicionou com relação à internet – e qualquer profissional de mídia sabe que, independente da qualidade da publicação, esse posicionamento hoje é fundamental. [Comente esta Nota]
>>> Piauí
 



Música >>> Sarabande
São Paulo vive uma espécie de apoteose das suas temporadas de concertos, e até a Veja em São Paulo já reconheceu que, antes de 2006, nunca houve calendário igual. A capital paulista não tem mais por que invejar a Buenos Aires do Teatro Colón e nem tem por que ficar no saudosismo do tempo de Maria Callas... Ainda que a Veja pare um minuto para refletir sobre isso, normalmente a imprensa dá pouca atenção ao fato – e menos atenção ainda, aparentemente, a apresentações antológicas como o virtuose Ilya Gringolts, na semana passada, encerrando a Temporada 2006 dos Concertos Itaú Personnalité. Gringolts, ao violino, levou o Prêmio Paganini aos 16 anos e agora, aos 24, está dando o ar da graça em nosso País. Como se não bastasse, encarou a celestial obra de Bach – que compunha sempre “para a glória de Deus” (aliás, se Deus não existisse, Bach o teria inventado). Enfim, Gringolts deu uma performance digna da expressão “arena sangrenta”, que é como Glenn Gould classificava suas apresentações. O violonista russo executou as três primeiras sonatas (BWV 1001, 1003 e 1005) e as três primeiras partitas (BWV 1002, 1004 e 1006), incluindo a monumental Chacona, de dezessete minutos. A platéia, meio embasbacada, não sabia se prestava atenção na ausência de partitura, na agilidade sobre-humana do performer ou se na grandeza da obra de Bach. Ilya Gringolts, em princípio inabalável, dava conta do programa como se o encarasse diariamente numa espécie de “aquecimento”. Lembrou, de novo, o Gould do livro de Thomas Bernhardt, que tinha na cabeça as obras completas para piano de muitos dos grandes compositores – começava, “na brincadeira”, ao meio-dia e só parava às duas da manhã. Ilya Gringolts, para usar outra expressão do escritor austríaco, é uma dessas “máquinas de fazer arte”. Quem viu, viu; quem não viu, talvez, só na próxima encarnação. [Comente esta Nota]
>>> Concertos Itaú Personnalité
 



Além do Mais >>> Dentro da Floresta
Em tempos em que o jornalismo anda tão desacreditado, com o eterno encolhimento das redações, com a concorrência crescente das novas tecnologias e com a decorrente crise de identidade das empresas de mídia, o jornalista, quando abordado, não se mostra naturalmente a pessoa mais animada do mundo. Portanto, é no mínimo surpreendente encontrar alguém como Matinas Suzuki Jr., que acredita ainda no bom jornalismo e na sua prevalência, quando o que vende bem (quando vende) é sensacionalismo, “celebridismo” e até desinformação. Matinas está à frente do curso de Jornalismo Literário da Casa do Saber. Além de acumular a experiência de professor em cursos universitários de graduação, coordena a coleção de mesmo nome pela editora Companhia das Letras e, sobretudo, prega que o jornalismo é capaz de produzir heróis como George Orwell, Joseph Mitchell e o nosso Euclides da Cunha. Os Sertões, para Matinas, é a maior obra de jornalismo literário de todos os tempos; Mitchell é um monumento que a New Yorker se deu ao luxo de sustentar; e Orwell, aposta, será no futuro mais lembrando por seu jornalismo – existencial? – do que por sua ficção. Com uma platéia seletíssima, que inclui nomes como Marcos Caetano e Gisela Rao, a Casa do Saber tem encampado, às quartas-feiras, debates apaixonados num momento em que teóricos, nos Estados Unidos, já calculam até o ano de extinção dos jornais em papel... No Brasil, o próprio Matinas, apesar de sua coleção, se surpreende com o boom editorial do jornalismo literário em livro: Janet Flanner, A.J. Liebling, e E.B. White – são apenas alguns dos nomes nos últimos anos. Embora tenha feito parte do establishment jornalístico, Matinas afirma que o jornalismo brasileiro não poderá fugir para sempre da qualidade; pena que ele seja, justamente, uma exceção à regra. [Comente esta Nota]
>>> Casa do Saber
 
>>> EVENTOS QUE O DIGESTIVO RECOMENDA

O Viandier, Casa de Gastronomia, convida, nesta semana, os Leitores do Digestivo Cultural para o workshop de "Panificação e Confeitaria", com Juan Bertoni, ex-chef patissier do Copacabana Palace, que virá do Rio especialmente, nesta quarta e quinta-feiras, dias 25 e 26, às 19h30. (O Viandier fica na alameda Lorena, nº 558, nos Jardins e o telefone, para reservas, é: 11 3057-2987 ou 3887-2943 – ou pelo e-mail).



>>> Palestras
* Sarau Lítero-Musical do Instituto de Avanços em Medicina
Dra. Nise Yamaguchi
(Sáb., 28/10, 17h00, VL)

>>> Autógrafos
* Política e Psicanálise - Ricardo Goldenberg
(Seg., 30/10, 19h00, CN)
* Destino Transilvânia - Regina Drummond
(Ter., 31/10, 18h30, CN)
* O Nome da Morte - Klester Cavalcanti
(Ter., 31/10, 18h30, VL)

>>> Shows
* Grooves - Alexandre Grooves
(Sáb., 28/10, 17h00, MP)
* Espaço Aberto - Rogério Maudonnet
(Dom., 29/10, 18h00, VL)

* Livraria Cultura Shopping Villa-Lobos (VL): Av. Nações Unidas, nº 4777
** Livraria Cultura Conjunto Nacional (CN): Av. Paulista, nº 2073
*** Livraria Cultura Market Place Shopping Center (MP): Av. Chucri Zaidan, nº 902
**** a Livraria Cultura é parceira do Digestivo Cultural

 
Julio Daio Borges
Editor
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