Digestivo nº 306 | Julio Daio Borges | Digestivo Cultural

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DIGESTIVOS

Sexta-feira, 8/12/2006
Digestivo nº 306
Julio Daio Borges
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Imprensa >>> Fa-tal
E até que enfim a nova Bizz deu uma capa que realmente interessa. Conforme seu próprio editorial, abdicou de qualquer ídolo pop – pois, de acordo com o subtítulo, ídolos são coisa do passado – e deu uma capa inteira para o futuro da música: “sem CDs, sem gravadoras e sem rádios”. Antes de analisar a matéria em si, o gesto é de uma coragem quase suicida – e tem a assinatura de Alexandre Matias (o último crítico musical da velha escola do jornalismo?). Basta dizer que a antiga Bizz dos anos 80 – amarrada que estava com, justamente, gravadoras, rádios, ídolos e afins – jamais daria. (Seria, aliás, suicídio.) Matias, numa matéria finalmente digna de capa (hoje as “matérias de capa” não passam de uma ou duas pagininhas), monta um histórico desde o surgimento do conceito de álbum, com o LP, até a morte (e novamente a morte, sempre anunciada) do CD. Sua grande sacada é amarrar a decadência do conceito de álbum com a trajetória do Radiohead – afinal, OK Computer (1997), segundo Matias, profetizava a presença inescapável do computador em nossas vidas e Kid A (2000) seria o primeiro disco a vazar por completo na internet e a ser conhecido antes de seu lançamento. Outro mérito desta Bizz é não partir – como sempre, na imprensa – para o tom apocalíptico, estudar casos de sucesso neste “admirável mundo novo” e tentar entender para onde estamos caminhando. Criativamente, Matias alterna sua longa matéria com as conversas que teve, por MSN, com o editor ao fechar cada detalhe da pauta. É reportagem embutida de making-off. Completa o dossiê, além de curiosidades diversas, um revelador depoimento de Lúcio Ribeiro (o último colunista de música da velha escola do jornalismo?). Lúcio é o primeiro jornalista “open source” e segue 100% as dicas dos leitores. A Bizz está fazendo a aposta que toda a imprensa-impressa deveria fazer antes de morrer. [Comente esta Nota]
>>> Bizz
 



Música >>> Sons para ver e ouvir
Juarez Maciel vai estourar qualquer hora; todo mundo atento. Lançando quase um CD por ano desde 1999, conseguiu manter consistência em matéria de qualidade – e vem acumulando um reconhecimento da crítica raro hoje em dia (tempo de MPB semimorta, de cantorinhas sem personalidade e de letristas de arrepiar – de ruins). No reino da música instrumental, Juarez lançou Casa (1999), Desenho (2000) e Objeto Sonoro (2005), sempre com o Grupo Muda. Agora, em 2006, lança Planos, com participações de dois dos músicos do Uakti – a fina flor do minimalismo à brasileira, até fora do País –; enquanto que anuncia um próximo projeto inteiro, em parceria, com o grupo preferido do compositor Philip Glass. Em resumo: Juarez demorou pouco mais de meia década, para, na seara instrumental, atingir simplesmente o topo. Atualmente, ele e o Grupo Muda saem em turnê, com formação expandida para octeto, e, em 2007, ganham DVD. (Ah, e, em 2005, viraram vinheta da Cultura FM.) Já no reino da música com letra, Juarez teve as portas abertas por seu irmão poeta, Pedro Maciel. Depois de uma recepção discreta mas bem-sucedida à sua estréia como cantor, em Nove Cores (2004), Juarez anuncia Subsolo, em fase de gravação, com a benção de Fabrício Carpinejar (ainda inédito como “letrista”), Alice Ruiz e Arnaldo Antunes. De novo, Juarez Maciel “mal começou” e, já no segundo disco (de MPB?), circula alto. Numa época em que os lançamentos das multinacionais do disco estão vendendo até 10 mil cópias, Juarez, instrumental e cantado, já vendeu, de maneira independente, mais de 9 mil CDs. Alguém poderia sugerir que as gravadoras deveriam ficar de olho nele – mas será que Juarez Maciel precisa? Embora tenha bancado do próprio bolso, depois de vir de uma temporada na Alemanha, seus três primeiros discos, os outros três (mais o DVD) saem do forno com patrocínio via Lei Rouanet. E a qualquer momento... virá o reconhecimento do público. Foi dado o aviso. [Comente esta Nota]
>>> Juarez Maciel
 



Internet >>> Poeira, pra que te quero?
André Garcia trabalhou dez anos com marketing antes de montar o portal de sebos Estante Virtual. André notava como ainda era complicado encontrar (e comprar) livros usados, mesmo na era da internet. Se houvesse uma maneira de interligar todos os sebos do Brasil e, ao mesmo tempo, oferecer esse acervo completo aos internautas do País... Assim começou a Estante Virtual de André Garcia. Cada dono de sebo ia lá e montava sua própria "estante", com a lista de livros que tinha à disposição; em contrapartida, cada internauta que chegava podia pesquisar não só naquela "estante" mas em todas as outras já cadastradas. Em poucos meses, o portal Estante Virtual conseguiu reunir o maior acervo de livros usados do Brasil. Com um detalhe: quase metade das "estantes" não são de sebos estabelecidos, mas de internautas que querem vender também alguns de seus livros. André Garcia talvez não tenha percebido, mas montou um projeto 100% Web 2.0 — onde os visitantes do seu portal fazem quase metade do trabalho. Hoje, são mais de 3 milhões de livros cadastrados, de mais de 300 "estantes" ou sebos, mais de 1 milhão de páginas visitadas por mês e mais de uma busca por segundo. Até um determinado número de livros, André não cobra nada de quem disponibilizar sua "estante" no portal. Quando o movimento chega na casa dos milhares, paga-se para manter a estante lá e, dependendo do caso, paga-se também, por venda, uma comissão. Ao contrário do modelo do eBay e do Mercado Livre, as transações entre "vendedores" e "compradores" não passam diretamente pelo portal de André Garcia — ou seja: os valores não circulam pela conta corrente da Estante Virtual, embora cada etapa do processo seja registrada lá. É mais uma pequena revolução no mercado editorial brasileiro, que pouca gente ainda parou pra ver. (Prefere, claro, ficar repetindo aqueles velhos chavões...) [Comente esta Nota]
>>> Estante Virtual
 
>>> EVENTOS QUE O DIGESTIVO RECOMENDA



>>> Palestras
* Missão: Impossível em DVD
David Piraino e Maurício Viel
(Qua., 13/12, 19h30, MP)
* A Roma do Cinema nos anos de 1960 por Pier Paolo Pasolini
Ignacio de Loyola Brandão
(Qui., 14/12, 19h00, CN)

>>> Autógrafos
* 45 - Bettina Lenci
(Sex., 8/12, 18h30, CN)
* A milenária presença de judeus na Itália
Anna Rosa Campagnano e Sema Petragnani
(Seg., 11/12, 18h30, CN)
* Maravilhas do Brasil - Festas Populares
Gabriel Boeiras, Luciana Cattani, Marco Antônio Sá e Luciana Cattani
(Ter., 12/12, 18h30, CN)
* Anita Malfatti no tempo e no espaço - Marta Rossetti
(Ter., 12/12, 18h30, CN)
* Cárcere Privado - Valdir Rocha
(Qui., 14/12, 18h30, CN)

>>> Shows
* Viajando - Coral Artmanhas do som
(Sáb., 9/12, 18h30, VL)
* Aguaceiro - Graça Cunha
(Dom., 10/12, 18h00, VL)
* Jazz com bossa-nova - Mario Armstrong Jr.
(Dom., 14/12, 19h30, MP)

* Livraria Cultura Shopping Villa-Lobos (VL): Av. Nações Unidas, nº 4777
** Livraria Cultura Conjunto Nacional (CN): Av. Paulista, nº 2073
*** Livraria Cultura Market Place Shopping Center (MP): Av. Chucri Zaidan, nº 902
**** a Livraria Cultura é parceira do Digestivo Cultural

 
Julio Daio Borges
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O Que é o Casamento
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Resumo de Direito Administrativo
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American Foreign Policy: Past, Present, Future
Glenn Hastedt
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La Filosofía moral analítica de Wittgenstein a Tugendhat
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