DIGESTIVOS
Sexta-feira,
5/6/2009
Digestivo
nº 418
Julio
Daio Borges
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Imprensa
>>> Eles foram para Petrópolis, de Ivan Lessa e Mario Sergio Conti
Era o início do novo milênio e os amigos Ivan Lessa e Mario Sergio Conti, missivistas de longa data, foram convidados pelo UOL para trocar uma correspondência pública através da internet. Ainda se acreditava que grandes nomes do jornalismo poderiam atrair muita audiência, e patrocínios, logo a ideia era "replicar" o modelo, de correspondência, com outros autores, se desse certo - mas o projeto durou um ano, apenas. E, agora, quase dez anos depois, é publicado, em livro, pela Companhia das Letras. Além da correspondência oficial, ainda hoje no ar, o volume foi enriquecido com os e-mails, trocados "in private", pelos missivistas, comentando a própria correspondência e outros fatos da vida. Um ato de coragem, na verdade, porque Lessa e Conti não poupam comentários ferinos acerca de empregadores, colegas de trabalho e até amigos. Quanto ao estilo, é uma aula de Ivan Lessa, do começo ao fim, que, apesar do péssimo humor (bastante notório, aliás), tem imaginação de ficcionista e deixa desnorteado mesmo o sóbrio diretor da atualmente impecável Piauí. No fim, o próprio Lessa reconheceria que, fora do Pasquim, nunca tinha tido tamanha liberdade para escrever. Conti tenta se impor pela cultura, e pela capacidade analítica, mas não consegue ser tão divertido, obrigando o leitor, muitas vezes, a pular sua parte da dita correspondência. Diogo Mainardi, num de seus exageros, proclamou, certa vez, que Ivan Lessa era um dos maiores escritores brasileiros vivos. Como em tudo, não dá para levar ao pé da letra, mas Eles foram para Petrópolis, para os cultores da língua, revela-se imperdível - e Luiz Schwarcz vai encontrando maneiras de lançar Ivan Lessa entre capas o máximo possível...
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>>> Eles foram para Petrópolis
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Além do Mais
>>> Trauma, de Ana Maria Rudge
Dentro da coleção "Psicanálise Passo-a-Passo", da Jorge Zahar, Ana Maria Rudge lançou um volume inteiro dedicado ao trauma. "Trauma" vem do grego e, em sua língua de origem, significa "ferida". Conforme enuncia Ana Maria Rudge, o trauma designa "um acontecimento que rompe radicalmente com um estado de coisas", "provocando um desarranjo nas formas habituais de compreensão" e "impondo um árduo trabalho de construção de uma nova ordem do mundo". Ana Maria Rudge aproveita a oportunidade para fazer uma verdadeira "genealogia" do trauma, partindo de suas origens, em associação com a histeria, coincidindo, obviamente, com a gênese da psicoterapia, incluindo sua manifestação involuntária, ao lado do sentimento de angústia, e finalmente seu tratamento, através da lembrança deliberada e da plena expressão de emoções outrora reprimidas. O trauma é inevitável. Pois as emoções provocadas por acontecimentos potencialmente traumáticos nem sempre podem ser expressas adequadamente e na hora mais apropriada. Esses sentimentos reprimidos, por não terem se esgotado, podem voltar, a qualquer momento, provocando angústia e resultados até neuróticos. Esse sofrimento pode ser interpretado, inclusive, como castigo, proporcionando alívio momentâneo da culpa (no traumatizado) — mas a psicanálise quer romper com a chamada "compulsão à repetição" e libertar o indivíduo de sua dor, levando-o a outro estágio em sua evolução pessoal. Trauma, de Ana Maria Rudge, trata desse e de outros fenômenos, revelando como conhecemos pouco de nossos próprios comportamentos e como Freud abriu apenas a primeira porta nessa direção...
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>>> Trauma
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Internet
>>> SEM e SEO - Dominando o Marketing de Busca, de Martha Gabriel
Quem ainda não está na internet, vai, em algum momento, vir para a internet; e quem já está na internet, quer estar bem no Google. O Google é, há muito tempo, o portal, a porta principal, para quem começa a navegar — logo, estar corretamente posicionado em seus rankings não é uma escolha, é uma obrigação. E, apesar de ter criado a melhor busca de que se tem notícia, o Google não faz todo o trabalho para os donos de sites. Estar bem posicionado numa página de resultados do Google envolve saber como o Google funciona — como seus robôs fazem a varredura das páginas web, no que eles prestam atenção (quando passam) e o que eles priorizam. O posicionamento nas páginas de busca do Google pode se tornar tão crítico a ponto de definir se um empreendimento na Web obterá sucesso ou fracassará. Como há muito em jogo, surgiram especializações como o SEO (Search Engine Otimization ou "Otimização para Ferramentas de Busca") e o SEM (Search Engine Marketing ou "Marketing para Ferramentas de Busca"). É dessas duas "ciências" que trata o livro de Martha Gabriel, pela Novatec. De maneira bastante didática, parte da definição das buscas, da sua importância, chegando ao SEM e ao SEO, passando por atalhos como os "links patrocinados" e por conceitos como as "landing pages". Hoje já há quem afirme que SEO não é tudo, mas sem SEO, e SEM, não dá nem para começar a conversar...
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>>> SEM e SEO - Dominando o Marketing de Busca
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Julio Daio Borges
Editor
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