Segunda-feira,
16/1/2006
O Conselheiro também come fast-food
Julio
Daio Borges
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Digestivo nº 262 >>>
O hambúrguer sobreviveu a Super Size Me, o documentário de Morgan Spurlock? Parece que não incólume. O McDonalds, principal alvo do documentarista norte-americano, diz que não, que nada mudou, mas lançou logo um cardápio de saladas e divulgou a tão exigida tabela de calorias nas lojas. Algumas andaram fechando, por exemplo, em São Paulo e algumas outras do Burger King andaram abrindo. (Na Itália, o Mac perdeu a guerra para uma... padaria.) É antiga a disputa entre as duas cadeias de sanduíche, nos Estados Unidos, por menos calorias e por uma dieta mais saudável. Saudável? Já por estas bandas, Sergio Arno, o chef que virou franquia, andou colocando sua assinatura no General Prime Burger. Não deixa de ser hambúrguer, mas entra na categoria luxo pelo exotismo e só. Ou nem isso: qualquer coisa que queria ser tendência hoje em dia, no Brasil, deixa de lado a outrora na moda palavra trend e adota rapidamente o termo prime. Já reparou? All you need is love... (A propaganda: no rádio e na televisão.) Mas... na contracorrente do sanduíche de mainstream, está o (ou a) Engenharia do Hambúrguer. O nome assusta um pouco. O que pensar? Cheeseburger com ISO 9000? Alfaces recolhidas, para o cheese-salada, na base da ISO 14000, a certificação ambiental? Fordismo? Taylorismo? Linha de montagem de sanduíches? Nada disso. Apenas uma lanchonete singela, como nos velhos tempos, no bairro do Campo Belo. Lembrando, talvez antes da consagração , a incipiente rede Stop Dog (que de dog não tinha nada), nos anos 90. Ou o Chicohamburguer, na avenida Ibirapuera, nos anos 80 e antes. A Engenharia do Hambúrguer está lá, low-profile. O dono deve ser engenheiro... Soa como uma boa justificativa. Que o engenheiro hamburguês, então, mantenha a mesma discrição, acertando no marketing tanto quanto acerta no nome da hamburgueria.
>>> Engenharia do Hambúrguer - Rua Pascal, nΊ 968 - Campo Belo - Tel. 5042-0307
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Julio Daio Borges
Editor |
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