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Sexta-feira, 15/12/2006
Don’t be evil

Julio Daio Borges




Digestivo nº 307 >>> Muita discussão sobre a permissão que o Google concedeu à Polícia Federal do Brasil para acessar dados de usuários sob suspeita no Orkut. Não ficou muito claro, ainda, como a ferramenta funciona; afinal, fora a PF, ninguém tem acesso a ela. O furo foi da Folha e Pedro Doria, no No Mínimo, já saiu anunciando que todos, dentro do Orkut, poderiam ser automaticamente expostos. Levando o raciocínio mais adiante, todos, no Gmail (se for verdade) também estarão – porque, como os cadastros são unificados, dos scraps para os e-mails é um pulo. O Google anunciou que a ferramenta é uma novidade e que, além da PF do Brasil, outros órgãos, em outros países, em caso de crime ou de investigação, poderão utilizá-la. Outra fontes, que não a Folha, introduziram alguma burocracia no processo, querendo dizer que o Google não estava simplesmente escancarando a identidade dos usuários de seus serviços. Para começar que a tal ferramenta não daria acesso irrestrito a todas as contas do Orkut; depois, segundo a versão alternativa, a PF não teria acesso aos “perfis” do Orkut diretamente – sua requisição passaria, antes, pela sede da empresa nos EUA. Realmente, ceder a esse tipo de pressão não combina muito com o Google – e se o mundo souber que usando, por exemplo, o Gmail tem o Big Brother instalado na sua mesa, vai abandonar o serviço agora. Ou não? O “não” vale na seguinte situação: quem garante que os antigos provedores de acesso, pré-Google, já não abriam, para órgãos como a Polícia Federal, o sigilo de seus clientes? O UOL, o Terra, o iG, sob pressão, não cederiam também? Será que já não abrem e ninguém soube (porque não houve nenhuma resistência)? Alguém deveria reportar esse episódio à blogosfera dos EUA. O que eles iriam dizer?
>>> Privacidade no Orkut já era
 
>>> Julio Daio Borges
Editor
 

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